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URBANIZAÇÃO NO BRASIL NO SÉCULO XIX

Por:   •  5/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  883 Palavras (4 Páginas)  •  382 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA[pic 1]

PROGRAMA DARCY RIBEIRO – PDR

CURSO LICENCIATURA EM HISTÓRIA

LUCIANA SOUSA DA SILVA

URBANIZAÇÃO NO BRASIL NO SÉCULO XIX

Profª. Ariadne Costa

Orientadora

Pedreiras-MA

2014

COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: momentos decisivos. 8. ed. rev. e ampl. São Paulo: Fundação Editora Unesp, 2007, p. 235-271.

“O sistema colonial no Brasil contribuiu para o desenvolvimento de uma economia essencialmente agrária, na qual os núcleos urbanos tiveram escasso significado, com exceção dos portos onde se concentrou a maioria das funções urbanas” (COSTA, 2007, p. 236).

No período colonial, o Brasil sofria uma grande dependência econômica, social e cultural em relação a sua metrópole (Portugal), principalmente quanto ao modelo econômico adotado – a exportação agrícola –, segmentada em todo território da colônia. Os núcleos urbanos fundados no período colonial se caracterizam apenas em sentido político de domínio territorial e controle fiscal sobre o escoamento de mercadorias e ficavam localizados em pontos estratégicos como o litoral. Os núcleos urbanos cumpriam a função de servir de entrepostos para as mercadorias que eram levadas a Portugal e para a distribuição das mercadorias trazidas de lá

“A inexpressividade da rede urbana e a peculiaridade de sua distribuição derivam da política colonial e do sistema de produção que se instituiu no país durante o período colonial” (COSTA, 2007, p. 236).

 “Dentro dos quadros de uma sociedade essencialmente agrária e escravista, onde eram escassas as possibilidades do trabalho livre, havia pouco lugar para instrução e cultura, exceção feita da obra catequética que se encerrava dentro dos seus próprios limites” (COSTA, 2007, p. 240).

Em relação ao período colonial, a vida cultura e social dos núcleos urbanos estava vinculada à presença dos religiosos, uma vez que cada ordem dominava uma parcela do território, sendo esta dominação de base econômica (agrária, pastoril e serviços), imobiliária (acúmulo de propriedades) e ideológica (exercida pela religião católica). A Igreja era responsável pela difusão cultural-ideológica e práticas de catequização. A principal função da Igreja era a difusão da fé cristã, porém outra importante função era a manutenção da ordem social da colônia atuando como difusora dos valores e normas ditadas pelo governo português. Ou seja, cabia a ela controlar a população mediante sacramentos que eram obrigatórios e estavam regidos pelas leis canônicas.

“Uma das funções urbanas mais importantes no período colonial foi a função religiosa, sendo a Igreja não somente o centro das práticas religiosas, como da sociabilidade e da vida cultural” (COSTA, 2007, p. 241).

“A especialização das áreas de mineração que tendiam a se dedicar quase exclusivamente à indústria extrativa motivou o desenvolvimento das regiões periféricas, que passaram a cultivar gêneros de primeira necessidade e a criar gado com o objetivo de abastecer as minas. O mercado interno cresceu, estimulando o comércio e a urbanização” (COSTA, 2007, p. 242).

O ciclo da mineração promoveu o processo de urbanização deslocando o eixo de desenvolvimento da colônia para o centro-sul, ou seja, transferindo a economia produtiva do açúcar produzido na região Nordeste para o Sudeste aurífero impulsionando a interiorização da economia e a colonização do sertão. A mineração de ouro e diamantes provocou uma extensa emigração de portugueses para a colônia favorecendo a criação de novos assentamentos urbanos, pois os chamados caminhos do ouro e da prata, cujo transporte era realizado com animais pelos tropeiros, vão criando entrepostos de serviço dando origem a futuros núcleos urbanos. O ciclo do ouro em um curto espaço de tempo exerceu intensas modificações, principalmente em Minas Gerais, que vivenciou a criação de um número elevadíssimo de vilas e cidades, que se sustentavam neste ciclo ou em atividades nele relacionadas.

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