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A ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Por:   •  29/4/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.798 Palavras (12 Páginas)  •  1.454 Visualizações

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO-MEC

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE-UFRN

PRÓ-REITURIA DE PÓS-GRADUAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS-PROFLETRAS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ-UESPI

IVÂNIA SAILA PESSOA DOS SANTOS

TERESINA

2015

1 TEMA

        Acentuação gráfica.

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

        Análise de erros ortográficos decorrentes do não uso e/ou uso indevido e omissões de acento gráfico nas palavras nas produções textuais dos alunos do 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola da Rede Estadual de Educação do município de Parnaíba-PI.

3 PROBLEMA

        Que motivos levam os alunos a não utilizarem e/ou usarem indevidamente e omitirem os acentos gráficos nas produções textuais?

4 HIPÓTESES

  • Os alunos, na medida em que avança a escolarização, apresentam melhor/pior desempenho referente à utilização do acento gráfico?
  • O aluno não reconhece a importância do uso de diacríticos para a atribuição de acento gráfico?
  • Que relações se estabelecem entre o acento gráfico e o funcionamento prosódico do português brasileiro?
  • De que forma essas relações podem ser observadas nos textos produzidos pelos alunos?

5 OBJETIVOS

5.1 Geral

  • Analisar as ocorrências do não uso e/ou uso indevido e omissão de acento gráfico nas palavras das produções textuais dos alunos do 8º ano do Ensino Fundamental e, a partir dos resultados, elaborar estratégias que minimizem a incidência das mesmas.

5.2 Específicos

  • Identificar as principais ocorrências de uso e/ou uso indevido e omissão de acento gráfico na produção textual dos alunos;
  • Descrever o modo como os alunos utilizam a acentuação gráfica nas produções textuais;
  • Discutir, a partir de indícios extraídos dos dados das produções textuais dos alunos, a relação entre a aquisição do acento gráfico e o funcionamento do acento prosódico do português;
  • Realizar atividades que minimizem a incidência de erros de acentuação gráfica.

6 JUSTIFICATIVA

Observando a ocorrência de erros de acentuação gráfica nas produções textuais de alunos de 8ª série do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Parnaíba-PI, o projeto que hora se apresenta pretende buscar metodologias para minimizar os recorrentes desvios de acentuação. Para tanto o referido projeto se organiza, primeiramente, na coleta de dados dos erros de acentuação gráfica presentes nas produções escritas dos alunos.

Diante do quadro que se apresentou após a coleta de dados para análise e fundamentação teórica, constata-se um imenso despreparo dos alunos quanto à apreensão do uso de acentuação gráfica no português brasileiro e, com um grau de desconforto maior, por se tratarem de aprendizagens definidas para os anos iniciais do ensino fundamental na Educação Básica e que se manifestam fracassadas quando se percebe a quantidade de alunos que seguiram para a 8ª série sem atingirem o nível de aprendizado pretendido.

Supõe-se que o fracasso apresentado com relação ao uso do acento gráfico nas produções dos alunos se deva, em grande parte, pelo inconsistente processo de aquisição deste conhecimento, por conta da precariedade da formação linguística dos professores em sala de aula das séries iniciais, despreparados/não orientados na percepção e busca de caminhos pedagógicos para intervenção de forma produtiva no desenvolvimento da aprendizagem de seus alunos.

Para utilização correta do acento nas palavras o aluno deve conhecer e dominar as regras de acentuação e o uso de diacríticos, sendo necessário ainda, possuir a habilidade de dividir as sílabas das palavras, reconhecendo a sílaba tônica, identificando encontros vocálicos e analisando a terminação das palavras, bem como entendendo a função dupla do acento agudo e do acento circunflexo: que indicam ora a sílaba tônica, ora a abertura da vogal.

Percebe-se que uma deficiência no ensino e apreensão das normas prescritas com relação à acentuação gráfica favorece o aspecto negativo que se mostra no quadro em análise. Há, certamente, um problema no desenvolvimento da compreensão das funções dos acentos e a necessidade de conhecimento da estrutura da língua portuguesa no que diz respeito à oralidade e escrita, como por exemplo, a presença de sílabas átonas e tônicas, sendo que a marcação da tonicidade depende do modo como se pronunciam as palavras e não como as palavras são escritas. E, por não dominarem as regras de acentuação e não conseguirem localizar a tonicidade das palavras, o aluno troca ou omite os acentos gráficos nas suas produções textuais.

Diante do que pode ser notado nas produções textuais dos alunos de 8ª série, os conhecimentos básicos e o desenvolvimento das habilidades no uso dos acentos gráficos tem se tornado um enorme desafio, e porque não dizer, um enorme vazio de significação, de não valor, quando se trata da língua escrita.

O objetivo do ensino de língua materna conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais pretende levar o aluno a um conhecimento reflexivo, desenvolvendo sua capacidade discursiva sobre o funcionamento do sistema oral e escrito de sua língua, partindo da língua em uso, visto que

na prática de reflexão sobre a língua e a linguagem que pode se dar a construção de instrumentos que permitirão ao sujeito o desenvolvimento da competência discursiva para falar, escutar, ler e escrever nas diversas situações de interação.

Em decorrência disso, os conteúdos de Língua Portuguesa articulam-se em dois eixos básicos: uso da língua oral e escrita, e a reflexão sobre a língua e a linguagem...(PCNs terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental, p. 34)

A construção de uma aprendizagem que parte da reflexão do aluno necessita de um trabalho pedagógico que se preocupe em explicitar os princípios do funcionamento da língua, a fim de que os alunos possam realizar uma reflexão sobre as sistemáticas e arbitrariedades que norteiam o sistema de escrita ortográfica no português brasileiro. Tal concepção de ensino não pode ser centrada nos erros ortográficos, comumente utilizados somente como conteúdo de correção/avaliação, mas que esses erros façam parte do processo de construção do conhecimento pelos quais os alunos passam ao adquirir conhecimentos orais e escritos.

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