A ATUAÇÃO PEDAGÓGICA INCLUSIVA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA

DESENVOLVIMENTO

Quebrar o paradigma da exclusão tem sido um dos maiores desafios da educação. Paradigma este que sempre esteve ligado a padrões impostos pela sociedade, caracterizado principalmente pela falta de oportunidades iguais a todos os indivíduos, sendo muitos destes eliminados do ambiente social por causa das características que possuem.

A humanidade sempre relutou em aceitar as diferenças. Contudo ao longo dos anos começou-se a perceber a necessidade de aceitação dos “diferentes”.

Um dos grandes marcos dessa luta ocorreu em 1981, quando a ONU (Organização das Nações Unidas) decretou o ano como Ano Internacional das Pessoas Portadoras de Deficiências (AIPPD). A partir daí percebeu-se enfim, que as pessoas com necessidades especiais merecem os mesmos direitos de qualquer outro cidadão.

Desde então, muitas foram as conquistas em prol do desenvolvimento do processo de inclusão, mais ainda há muito que se fazer. Pois infelizmente milhares de pessoas ainda são privadas de seus direitos, tudo por causa daqueles que se recusam a cooperar por uma sociedade mais justa.

O acesso à educação de qualidade é um desses direitos. A própria Constituição Federal brasileira promulgada em 1988 afirma que “a educação é um direito social, essencial para a dignidade da pessoa humana”. Portanto ter acesso a uma educação de qualidade é direito de todos e possibilitá-lo é um dos objetivos da Educação Inclusiva, para que o ato de educar, além de repassar conhecimentos, forme cidadãos que reflitam sobre suas ações e tragam mudanças em nossa sociedade.

É importante lembrar que incluir é acolher toda uma coletividade, respeitando e aceitando as pessoas como elas realmente são sem lhes impor determinados padrões, dispondo possibilidades iguais aos indivíduos que a compõem.

Segundo Fábio Adiron em seu artigo Educando na diversidade:

Quando falamos de uma sociedade inclusiva, pensamos naquela que valoriza a diversidade humana e fortalece a aceitação das diferenças individuais. É dentro dela que aprendemos a conviver, contribuir e construir juntos um mundo de oportunidades reais. (ADIRON, 2013)

Esta é a verdadeira essência da inclusão, pois incluir não implica pressupor que os sujeitos inclusos neste processo tenham que possuir alguma semelhança.

Segundo Adriana Vieira no artigo A Educação Como Meio de Inclusão Social:

As diferenças se fazem iguais quando essas pessoas são colocadas em um grupo que as aceite, pois nos acrescentam valores morais e de respeito ao próximo, com todos tendo os mesmos direitos e recebendo as mesmas oportunidades diante da vida. (VIEIRA,2013).

Assim, a exemplo do que aconteceu no Colégio Estadual Joaquim Maria de Godoi, quando as relações entre os indivíduos se dão pautadas na inclusão, cada um se torna peça fundamental do processo, ou seja, cada um tem como compromisso zelar pelo bem-estar do outro.

É como um quebra-cabeça, onde encaixe ideal de todas as suas peças são fundamentais para finalização do jogo com sucesso. No princípio de um jogo como este já se tem as partes de que necessita, porém será a organização destas que irá torná-lo bem-sucedido.

Enfim,

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