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A DEUSA, O GÂNGSTER E O REI: RACISMO, ESTEREÓTIPOS E A VISÃO DO NEGRO NO MUNDO DA MARVEL COMICS

Por:   •  28/11/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.207 Palavras (13 Páginas)  •  373 Visualizações

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A DEUSA, O GÂNGSTER E O REI: RACISMO, ESTEREÓTIPOS E A VISÃO DO NEGRO NO MUNDO DA MARVEL COMICS.

Ícaro Rodrigues da Silva Pereira


Ícaro Rodrigues da Silva Pereira

A DEUSA, O GANGSTER E O REI: RACISMO, ESTEREÓTIPOS E A VISÃO DO NEGRO NO MUNDO DA MARVEL COMICS.

Pré-projeto de trabalho de conclusão de curso apresentado na Universidade Católica do Salvador como requisito básico para a conclusão do curso de Letras/Inglês.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        4

2. JUSTIFICATIVA        5

3. OBJETIVO        6

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS        6

6. METODOLOGIA        7

7. CRONOGRAMA        7

8. REFERENCIAL TEÓRICO        8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        12


1. INTRODUÇÃO

As primeiras histórias em quadrinhos nascem com o objetivo histórico principal de “preencher lacunas” e alavancar as vendas de jornais, com as famosas tirinhas dominicais, consistem em imagens capturadas (em forma de desenhos ou fotos), dentro de espaços quadrados ou retangulares, com diálogos capturados dentro de balões. A relação de complementaridade entre uma vinheta e a outra controla a narrativa do texto em quadrinhos. Durante muito tempo, os comics foram relegados a condição de subgênero, mas aos poucos foram ganhando força e reconhecimento como gênero textual e literário independente.

Existindo como embriões desde antes da escrita, as histórias em quadrinhos só puderam se tornar meio cultural de massa graças a industrialização tecnológica humana. Mas o preço foi alto: suas imagens, que contavam ficções e realidades, tornaram – se bode expiatório de delinquência no pós guerra e só voltaram a ser reconhecida como linguagem plena e exclusiva a fins do século XX. (Andraus, 2006. Pág. 181)  

Ao falar de histórias em quadrinhos, ou HQ’s, é inevitável não pensar nas histórias de (super)-heróis, gênero que veio se consolidando e ganhando adeptos ao longo do século XX. Os relatos de pessoas com habilidades especiais, como superforça, velocidade, voo e/ou trajes superpoderosos atraíram a atenção e o afeto de crianças e adolescentes para um mundo de ficção onde as mais diversas possibilidades científicas eram testadas e comprovadas, onde existe vida inteligente em outros planetas, e constantes da vida e sociedade humana, como a morte e as desigualdades eram aparentemente esquecidas.

A Casa das ideias, nome carinhoso da Marvel Comics, fundada com o nome de Timely Comics em 1939, é um dos grandes nomes dos super-heróis e quadrinhos de ação de maneira geral. Lar de grandes artistas, como Steve Ditko, Stan Lee e Jack Kirby, a editora de Martin Goodman foi a responsável por trazer ao mundo personagens como Ororo Munroe, também conhecida como Tempestade e T’Challa, o Pantera Negra, rei do fictício país de Wakanda.

O herói, por conseguinte, é o homem ou mulher que conseguiu vencer suas limitações históricas pessoais e locais e alcançou formas normalmente válidas, humanas. As visões, ideias e inspirações dessas pessoas vêm diretamente das fontes primárias da vida e do pensamento humanos. Eis por que falam com eloquência, não da sociedade e da psique atuais, em estado de desintegração, mas da fonte inesgotável por intermédio da qual a sociedade renasce. O herói morreu como homem moderno; mas, como homem eterno aperfeiçoado, não específico e universal, renasceu. (Campbell, 1992).

A ideia de uma revista em quadrinhos onde os personagens agiam fora ou acima da lei foi instantaneamente considerada como uma má influência para as crianças e adolescentes, quase uma porta de entrada para delinquência, mas o seu sucesso era tanto que, com o passar dos anos, tais histórias vão quebrando as “paredes” das revistas em quadrinhos para adentrar os universos mais variados, como o cinema, a televisão e até mesmo a literatura de massas.

À diferença do herói mitológico estudado por Campbell, muitos desses personagens são provenientes de ambientes reais, ou próximos da realidade. Podemos encontrá-los em ambientes que variam desde as selvas e savanas africanas até o mundo de becos e arranha-céus das grandes cidades, principalmente Nova York, onde devem lidar e conviver com problemas reais, como a criminalidade, racismo, guerras e outros conflitos políticos que obrigam os mesmos a usar seus poderes para fazer a coisa certa, seja pelo bem de outros, do seu povo, honrar a memória de um ente querido ou pura e simplesmente pela sua idealização de justiça, o que faz da sua jornada algo mais palpável e de fácil identificação para o leitor moderno.   

2. JUSTIFICATIVA 

As Histórias em quadrinhos, ou HQ’s, começaram como uma forma de entretenimento para crianças e adolescentes e vão adquirindo um caráter mais adulto e maduro à medida que seus leitores vão crescendo e amadurecendo, “forçando” os heróis a encaixarem no mundo e na sociedade moderna. Suas histórias de origem precisam ser adaptadas e recontadas, para satisfazer as expectativas de um público cada vez mais exigente, que acompanha tais histórias ao longo dos anos e também para chamar a atenção do público de leitores jovens. Dada a importância deste fenômeno na sociedade moderna, as histórias em quadrinhos passam a abordar temáticas sociais pesadas e profundas, como a homofobia, o machismo e o racismo, criando pautas de discussão modernas e interessantes que permitem analisar de maneira mais ampla as relações e construções sociais envolvidas na narrativa das HQ’s, comparando-as com a nossa sociedade.

3. OBJETIVO

Analisar as representações etnicorraciais dentro da história de origem do Pantera Negra, de 1973, de Luke Cage, 1972,  e da saga Ororo: Before the Storm, de 2005, que narra a trajetória da heroína tempestade nos anos 70, todos da editora Marvel Comics.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Analisar os estigmas e estereótipos impostos aos super-heróis negros ao longo dos anos;
  • Explorar suas histórias de origem ou histórias que falem sobre suas vidas pré heroicas;
  • Analisar a visão estabelecida sobre o continente africano e sua história pelos artistas;
  • Observar a relação dos personagens com os espaços geográficos que eles ocupam, assim como a sua relação com outros personagens, sejam eles negros ou brancos.

5. PROBLEMAS

  • Quais são os preconceitos, estereótipos e estigmas envolvidos na criação de um personagem negro?
  • Qual é a ótica utilizada e o verdadeiro grau de estudo sobre a comunidade negra dentro desse processo?
  • Até que ponto a leitura de histórias em quadrinhos pode nos ajudar a formar um pensamento crítico? 

6. METODOLOGIA

Apresentação dos personagens com suas histórias de origem e problemas diários, embasada na leitura de Clyde W. Ford, Joseph Campbell, Ellis Cashmore, Sean Howe, Gazy Andraus, Stuart Hall, Frantz Fanon e Nobuyoshi Chinen, as histórias oficiais na Enciclopédia Marvel e na Avengers Encyclopedia e as sagas que relatam o passado desses heróis (Marvel Masterworks: Black Panther volume 1, Marvel Masterworks: Luke Cage volume 1 e Ororo: Before the Stom volumes 1 ao 5), para ampliar a análise do tema escolhido.

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