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A Linguística E O Estruturalismo

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Por:   •  1/10/2013  •  828 Palavras (4 Páginas)  •  595 Visualizações

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A LINGUISTICA E O ESTRUTURALISMO

No século XX, na França, encontravam-se os mais brilhantes pensadores. Nomes como o de Althusser, Foucault, Deleuze, Pêcheux, Lacan, Lévi-Strauss, Barthes, Derrida, Todorov entre tantos outros compunham o cenário intelectual francês. Seus debates abrangiam os mais diversos assuntos, especialmente aqueles que diziam respeito ao marxismo e ao estruturalismo, que foram fundamentais para a constituição da Análise do Discurso, conforme ressalta Gregolin, “Duas grades de leitura sem as quais é impossível entender os caminhos percorridos pela análise do discurso francesa.”

Saussure foi o precursor do estruturalismo na lingüística (1960-1975). Em seu Curso de Lingüística Geral , define quais os aspectos do fenômeno da linguagem a lingüística deveria privilegiar para conquistar status de ciência. Segundo Teixeira, ele precisou conceber um objeto propriamente lingüístico, identificável no conjunto dos fenômenos que constituem a linguagem, extremamente heterogêneos para serem contemplados por um empreendimento que se pretendia científico. Saussure promoveu uma distinção, no todo que é a linguagem, entre a língua e a fala, separando o que é social do que é individual, o que é essencial do que é acessório e mais ou menos acidental. A língua tornou-se, então, o único objeto que poderia dar lugar a uma racionalização científica, por isso ele a definiu como algo adquirido e convencional, social em sua essência e independente do indivíduo. A partir disso, Saussure relegou a fala, por considerá-la como individual, para fora da lingüística que propunha e também concebeu tanto o signo de modo especial no que se refere ao princípio da arbitrariedade – como a teoria do valor.

A lingüística constitui-se então como ciência respeitada a partir do momento que estabeleceu um método – descrição do sistema em termos de oposições relacionais regidas pelo princípio do valor - e um objeto - a língua, sistema de signos lingüísticos, concebida por oposição à fala – próprios.

Com relação ao histórico da lingüística estruturalista, , em Praga é criado o Círculo Lingüístico de Praga (C.L.P.) cujo trabalho, segundo Pêcheux & Gadet, é essencialmente considerável nos domínios da fonologia e da poética. O C.L.P. é marcado pelo encontro de personalidades bem diferentes e sua contribuição pode ser considerada como essencialmente contraditória. Por um lado, será uma tentativa de aplicação prática do que havia ficado no plano teórico com Saussure e, por outro, ele será uma primeira etapa para a instalação da ordem do sério na lingüística, uma retomada da ideologia da comunicação, à qual ele traz uma garantia científica.

Na verdade, o que os membros do C.L.P. fizeram não foi um estudo aprofundado do Curso de Lingüística Geral, ao contrário, aparentemente eles apenas o utilizaram como um meio de oposição aos neogramáticos, uma vez que o “sistema de signos, de construção teórica que há em Saussure, torna-se um dado da língua; a oposição língua/fala não é reconhecida nos seus efeitos; o arbitrário do signo só é evocado por Jakobson, e para ser refutado; a oposição sincronia/diacronia é questionada pelo conceito jakobsoniano de ‘sincronia dinâmica’, a linearidade do significante é afastada.

O C.L.P. voltou-se para a oposição

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