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ATPS Fonética E Fonologia

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Por:   •  13/4/2013  •  1.995 Palavras (8 Páginas)  •  1.077 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Para introduzirmos nossos estudos em Fonética e Fonologia, faz-se necessário compreender o que essa ciência estuda e para que iremos utilizá-la enquanto professores. Nos capítulos que seguem, descreveremos suas particularidades e sua importância para a compreensão de sons e o conhecimento de como eles ocorrem. Sem a fala, seria impossível transmitir a linguagem e as palavras não teriam o menor sentido. Como não pensar no som delas enquanto se lê? O leitor nesse momento já está lendo, mesmo que sem reproduzir som, de acordo com o modo com que aprendeu a falar.

Podemos observar que Fonética e Fonologia são objetos de estudo distintos,segundo a citação de Trask (2004):

Fonologia (phonology) – Os sistemas de sons das línguas, ou o ramo da Linguística que os estuda. Enquanto a Fonética se interessa primordialmente pela natureza física dos sons da fala e, portanto, em termos estritos, não faze parte da Linguística, a Fonologia trata da maneira como os sons funcionamnas línguas, e é uma parte central da Linguística (TRASK,2004,p.177).

Porém para nosso estudo será necessária a integração de ambos os estudos. Os termos Fonética e Fonologia referem-se a modelos que tratam do estudo da composição sonora da fala, enquanto a Fonética trabalha com os sons propriamente ditos, como são produzidos, apreendidos e que aspectos estão envolvidos em sua produção e a Fonologia estuda as diferenças de combinação da linguagem. Quando nos deparamos com um texto em um idioma desconhecido, já lemos as palavras de acordo com o conhecimento que nos foi transmitido anteriormente, sem o conhecimento das variações de som que ocorrem particularmente naquela língua, quanto à organização da estrutura silábica e até sequências sonoras possíveis que podem ser excluídas em nossa linguagem habitual. Exemplo: a palavra “helicopter”(Xeliko’pteɻ), a letra “h” emite som, enquanto em nosso idioma, a palavra “helicóptero” (eliko’pteſo), o H não emite som algum, ou seja, é uma palavra desvozeada. Também em palavras como “iron” (iãn – “ferro” em português), onde a letra r não emite som.

A fonética pode ser dividida em:aleatória – que compreende o estudo da produção da fala no ponto de vista fisiológico e articulatório; auditiva – que compreende o estudo da percepção da fala; acústica – que estuda as propriedades físicas dos sons através de sua transmissão e instrumental – que estuda as propriedades físicas dos sons com o auxílio de instrumentos laboratoriais.

Estudaremos o aparelho fonador e então compreenderemos como os sistemas da fala emitem os sons; onde a corrente de ar passa; a importância de cada um dos articuladores, segmentos consonantais e vocálicos. Também estudaremos termos como fonema: a representação sonora de uma letra e como se distingue a representação sonora da representação escrita.

O som, citado também como fone, é o som discreto e concreto – discreto por ser divisível; concreto por ser a realização concreta, material de um segmento, que pode ser medido fisicamente. Além disso, são unidades constituintes da linguagem humana que se caracterizam por ser as mínimas unidades discretas constituintes do sistema linguístico e organizar-se linearmente nas diversas línguas. Os fones são formados por traços que se combinam.

Nesse ensaio o objetivo é que o leitor compreenda esse aspecto da Linguística, afim de aprimorar seus conhecimentos enquanto professores e compreender as variações e os motivos pelos quais as mesmas ocorrem. Esperamos que o leitor desfrute do mesmo para crescimento profissional e maior entendimento da língua enquanto bem pronunciada e compreendida.

Etapa 2:

 Descrição dos segmentos vocálicos; Tabela Fonética Vocálica; Sistema vocálico do português brasileiro; Vogais tônicas orais; Vogais pretonicas, postonicas e nasais. Ditongo crescente e decrescente

As variações lingüísticas em diferentes contextos

No Brasil, o vocalismo sempre mostrou-se bastante complexo por causa da diversidade de interpretação do papel do timbre, da articulação e da nasalidade para a classificação dos fones.

(Massini-Cagliari, 38:1992) “Se, do ponto de vista fonético, o ritmo das línguas naturais pode ser percebido como uma repetição de padrões em que elementos fônicos proeminentes ocorrem em alternância com elementos não-proeminentes, do ponto de vista fonológico é mais adequado caracterizar o ritmo lingüístico em termos de um esquema regulador abstrato que contém esse fluxo fônico, a ele impondo firmeza e limites” (cf. Allen, 1968)

De acordo com Issler (1983) a vogal é um som propagado pelo ar que sai dos pulmões, num fluxo sem interrupção até a laringe, onde ocorre a vibração das pregas vocais. Quando esta corrente de ar chega na cavidade bucal não encontra obstrução, ao contrário do que acontece na maior parte dos segmentos consonantais, e também não produz fricção. Segundo Cristófaro (1998), segmentos vocálicos são descritos de acordo com os seguintes parâmetros: altura da língua, posição anterior/posterior da língua e arredondamento ou não dos lábios. As vogais, em semelhança às consonantes também possuem características secundárias de articulação, que serão apenas citadas. São elas: Duração ([a:] duração longa, [a.] duração média e [a] duração breve), Desvozeamento (que normalmente são vozeados, contudo, em finais de palavra pode se omitir a voz na vogal não acentuada, como por exemplo, em "sapo" = sap e "bote" = bot) Os sons vocálicos dependerão da altura do corpo da língua, da posição anterior ou posterior da língua e do grau de arredondamento dos lábios nos exemplos demonstrados a seguir: |

[[a] | Como em "água"; produzido com a língua numa posição de repouso e sem elevação do seu dorso, sem arredondamento dos lábios e boca ligeiramente aberta. |

[[α] | Como em "cana"; produzido com a língua numa posição de repouso e com o seu dorso um pouco elevado, em comparação ao [a], sem arredondamento dos lábios e boca ligeiramente fechada. |

[[ε] | Como em "pé"; produzido com a língua elevada em direcção ao palato duro (céu da boca) e com o seu dorso ligeiramente elevado, sem arredondamento dos lábios e boca ligeiramente aberta. |

[[e] | Como em "medo"; produzido com a língua elevada em direcção ao palato duro (céu

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