Análise Do Mini Conto

PCC – Prática como componente curricular

Análise do conto: Ah! É? (Dalton Trevisan)

O miniconto, antes de tudo é um conto, uma história com poucos

personagens . Apesar de pequeno o leitor é levado a imaginar o contexto

em que aquele momento acontece.

Fazendo a análise do texto de Dalton Trevisan, encontramos como

personagens a mulher ( grávida de 3 meses), o esposo violento e as cinco

filhas ( como o texto deixa subentendido “as cinco pestinhas “ ). Verificamos

algumas figuras de linguagem usadas no decorrer do texto, como na frase:

”Ele a cobre de soco e pontapé, é usada a hipérbole, na intenção de criar

um exagero, para tornar mais expressiva a ideia, e na frase : E agora? Está

se divertindo?- é usada a ironia para a inversão dos sentidos, para afirmar o

contrário do que se pensa.

Podemos perceber, ao fazermos uma análise mais social, uma família

inserida num contexto de falta de planejamento familiar e de violência

doméstica, um problema comum hoje em dia na sociedade. A vítima de

violência doméstica, geralmente, tem pouca auto estima e se encontra

atada na relação com quem agride, seja por dependência emocional ou

material. O agressor geralmente acusa a vítima de ser responsável pela

agressão, a qual acaba sofrendo uma grande culpa e vergonha. A vítima

também se sente violada e traída, já que o agressor promete, depois do ato

agressor, que nunca mais vai repetir este tipo de comportamento, para

depois repeti-lo.(fonte: http://www.psiqweb.med.br/).

No início do texto, a mulher reclama de sua vida, não há um motivo

explícito, não sabemos se ela reclama por desânimo, por desgosto, por

tristeza, por medo... o contexto é criado por nosso cérebro, pela nossa

imaginação , e após a reclamação, acontece a agressão. Isso nos leva a

fazer uma análise no campo da sociologia, como quaisquer outros animais,

os indivíduos humanos nascem dotados de impulsos, instintos e desejos

herdados da natureza. É o social que determina nosso comportamento

individual, atuando como uma verdadeira camisa de força sobre nossas

individualidades. É o que vemos no caso do texto, a situação social da

família que levou ao contexto da agressão.

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