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Análise da obra “O filho eterno”, de Cristóvão Tezza

Por:   •  26/5/2017  •  Resenha  •  1.439 Palavras (6 Páginas)  •  1.409 Visualizações

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COLÉGIO NOTRE DAME

Análise da obra “O filho eterno”, de Cristóvão Tezza

Jonas Telles Zanatta

Literatura

3ª série B

Prof. Jocilei Dalbosco

Passo Fundo, julho de 2014

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo a análise e a discussão de obras da terceira fase do modernismo e de romances contemporâneos, para, a partir da obra “O filho eterno”, de Cristóvão Tezza, compreender e aprofundar o estudo desse período da literatura brasileira que durou de 1945 a 1975, no caso da terceira fase do modernismo, e os romances contemporâneos que são mais atuais à nossa época, conhecendo as suas características, ideias, opiniões e inovações.


  1. Biografia

Cristóvão Tezza nasceu em 1952, na cidade de Lages, Santa Catarina. Aos 8 anos se mudou para Curitiba, que é o cenário de boa parte dos seus livros. Quando jovem fez teatro, foi da marinha, trabalhador ilegal na Europa e relojoeiro. Gostava muito dessa última profissão, porém por ela não ser muito lucrativa e ele também gostar da literatura, decidiu ser escritor. Já publicou cerca de dez livros, sendo os principais “Trapo”, “Uma noite em Curitiba”, “O fotógrafo” e “O filho eterno”. É doutor em Literatura Brasileira, professor de Linguística na Universidade Federal do Paraná, colunista quinzenal da Folha de S. Paulo e cronista da Gazeta do Povo, de Curitiba.

  1. Enredo

A obra “O filho eterno” começa com os pais indo para o hospital para a mãe dar a luz ao primeiro filho. O pai, um estudante de Letras que sonha em ser escritor, considera o filho uma das provas do seu sucesso, o qual não era tão evidente devido à maioria dos livros que escreveu não terem sido aceitos pelas editoras. Em certo momento que toda a família está no quarto do hospital vem a notícia de que o filho é portador da síndrome de Down, mais conhecida como mongolismo nos anos 80. Isso deixa o pai abalado em diversos sentidos, porém logo supera pensando que crianças com tal problema não vivem por muito tempo devido a doença.

Vai à São Paulo com a esposa para fazer testes para comprovar a trissomia no cromossomo 21 e fazer exames para o caso de um problema no coração, porém ele realmente é portador de síndrome de Down e não possui nenhum problema no coração. Decidem ir ao Rio de Janeiro por verem o anúncio de uma clínica que oferece um programa de estimulação para crianças com síndrome de Down. Lá ele e a sua esposa aprendem diversas técnicas de acelerar o aprendizado dele para que a síndrome não seja tão impactante, o que o deixa motivado de que seu filho pode ser uma pessoa normal.

Fazem os exercícios de estímulo com Felipe todos os dias, como ouvir música, treinar movimentos de caminhar, etc. Depois de certo tempo se mudam para um sobrado na periferia da cidade, onde a prestação é mais barata que o aluguel. Surge uma segunda gravidez, porém eles fazem exames e veem que é uma menina normal. Felipe começa a andar com dois anos e dois meses, mas o que mais deixa o pai chateado é a dificuldade do filho com a fala, e a filha nasce.

Perdem o sobrado por não pagarem a prestação e o pai vai morar sozinho em Florianópolis, onde é professor. Visita a família nos finais de semana e começa a levar seu filho na fonoaudióloga e com cerca de seis anos, Felipe fala pela primeira vez a palavra “puta” que ouviu o pai falar numa discussão de transito. O pai volta a morar com a família em Curitiba e os dois filhos vão juntos à mesma creche. Com oito anos, Felipe se muda para uma escola especial por não ter mais condições de ir à mesma que creche que as crianças normais.

Certo dia Felipe foge de casa e o pai tem de contatar a polícia que o encontra no pátio da universidade, e outra vez na praia que ele o perde de vista. Essas duas ocasiões fazem o pai ver que o seu filho é muito importante para ele, pois ele fica aterrorizado as duas vezes e mostra que ele é realmente seu filho por não ser motivo de vergonha como pensava quando ele nasceu, e sim de orgulho.

Felipe assiste muita televisão, principalmente desenhos, e depois futebol. O pai, que considerava televisão e futebol coisas fúteis, viu nelas uma oportunidade para a aprendizagem do seu filho, e aprendeu a gostar de futebol sendo um dos momentos de interação com o filho. No final ainda mostra que uma das dedicações da vida de Felipe é a pintura, no qual é extremamente bom.

  1. Personagens

Os personagens principais são o pai e o filho. O filho se chama Felipe e é portador de síndrome de Down, e o livro mostra todo o seu aprendizado de vida, sendo que no final se dedica a pintura e adora futebol, sendo seu time favorito o Atlético-PR. O pai não possui nome no livro, porém é claramente o próprio autor, Cristóvão Tezza, devido as coincidências como o filho com síndrome de Down que se chama Felipe, os livros escritos, a sua história de vida, etc. Podemos ver um grande crescimento da figura do pai, que passa de estudante de Letras, desempregado e que sonha em ser escritor para professor de universidade, escritor conhecido nacionalmente e pai dedicado, como ele mesmo se chama. De personagens secundários podemos citar apenas a mãe/esposa, que é mais presente apenas até o meio do livro, quando o filho é menor, principalmente pelo livro ser da relação entre o pai e o filho, e a segunda filha que é, normalmente, apenas citada pelo pai por o livro ter relação com a família.

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