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As Variações Maçônicas

Por:   •  3/12/2017  •  Artigo  •  3.479 Palavras (14 Páginas)  •  250 Visualizações

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  1. Resumo

O presente artigo tem por objetivo expor as variações linguísticas encontradas nas palavras Bíblia e Deus na maçonaria em Feijó, bem como expor para a comunidade acadêmica e ao público em geral uma breve descrição de seu surgimento, organização e curiosidades. O corpus baseia-se em dados que comprovam essa variação na forma de falar da comunidade maçônica.  

A metodologia utilizada para a coleta de dados desta pesquisa foi um questionário semântico-lexical, que busca através destes as variações lexicais presente na Maçonaria.

  1. Introdução

É notório que em um país com dimensão territorial equiparada a de um continente igual o Brasil exista uma gama de variação lingüística e que um ser, ocupação, objeto, comida pode ser denominado de inúmeras maneiras levando-se em consideração aspecto social, regional, cultural, gênero, grau de escolaridade.

Considerando que existem inúmeras formas de denominar o mesmo objeto, este artigo aborda as variações lingüísticas no contexto da Maçonaria. Utilizamos como método a pesquisa de campo através de questionários, no qual elaboramos perguntas relacionadas  as  denominações dada ao ser onipotente, onisciente, onipresente e criador do mundo e todas as coisas e a denominação do livro no qual comporta diretrizes que auxiliam no desenvolver da vida humana. A pesquisa foi realizada com membros da Maçonaria de Feijó.

A análise dos dados coletados será apresentada por meio de gráficos ou planilhas buscando demonstrar as variações encontradas de acordo com gênero, grau de escolaridade e grau ou cargo na instituição maçônica.

  1. Metodologia

A metodologia usada para a elaboração desta pesquisa foi a elaboração de um questionário semântico-lexical composto por algumas perguntas pertinentes, que buscava através deste obter as variações lexicais presente na Maçonaria. A entrevista foi conduzida de forma imparcial visando não influenciar nas respostas dos entrevistados.  Entrevistamos pessoas do gênero masculino, faixa etária entre 20 e 40 e 50 a 60 anos.

A coleta dos dados da pesquisa foi feita com membros da Maçonaria de Feijó. As entrevistas foram realizadas em visitas feitas a tais membros em horários e lugares distintos, que nos deram as mais variadas respostas. O questionário continha perguntas buscando dados: Pessoais do informante a fim de verificarmos o gênero, idade, o grau e cargo que ocupa instituição, e ainda, obteve-se a autorização do informante para a coleta e divulgação dos dados.

Diante da metodologia usada para a coleta de dados da pesquisa, contamos durante todo o trabalho com a colaboração de pessoas acessíveis e dispostas a fornecer de forma imparcial as respostas. Ao todo foram 07 entrevistados do sexo masculino.

  1. Os estudos Sociolinguísticos

Perante a observação do uso da língua dentro da comunidade da fala, surge os estudos de Weinrich, Labov e Herzog (1972), se tornando os precursores das sociolingüísticas variacionistas, sempre tendo como objetivo primordial descrever as variações lingüísticas e suas mudanças, utilizando do método quantitativo de dados. Este modelo teórico-metodológico quebra com as idéias produzidas pelos movimentos Gerativista e Estruturalista, que apresentavam um estudo de uma língua homogênea baseada em regras que eram extras as culturas sociais nelas encontradas.

O sociolingüista Willian Labov (1972) tornou possível a relevância de fatos lingüísticos que antes não possuíam a mesma importância, são eles: faixa etária e classe social. O pesquisador procura através do mecanismo da língua, a fala, para detectar variações de termos, ignorando as maneiras de como são faladas e valorizando as expreções variadas. Para Labov (1972), os membros da comunidade de falantes não precisam utilizar termos semelhantes, mas possuem várias avaliações diante da comunidade falada.

Para limitar uma comunidade falante o sociolinguista prefere a irregularidade por meio dos falantes em relação à língua e com isso se precavendo contra a repetição de certo de variação. Desta forma a homogeneidade se torna seu objeto de estudo junto com a comunidade de fala que utiliza a língua. Beline (2012) diz:

De uma perspectiva dialetologia, por outro lado, a sociolinguística pode se ocupar mais em estabelecer as fronteiras entre os diferentes falares de uma língua. Dessa perspectiva, interessa ao pesquisador verificar se os falantes de uma mesma língua apresentam diferenças nos seus modos de falar de acordo com o lugar em que estão (variação diatópica, como chegamos a exemplificar anteriormente), de acordo com a situação de fala, ou registro (variação diafásica), ou ainda de acordo com o nível socioeconômico do falante (variação diastrática). (2012, p. 162)

4.1  Variabilidade Linguística

Perante uma sociedade extremamente variada graças a miscigenação de raças, religiões e classes sociais, além das variações naturais de gênero e faixa etária, é natural a existência de variações lingüísticas dentro do meio social. Segundo Bagno (2004), até pouco tempo, a educação era ofertada para uma pequena parcela de indivíduos e após vários anos e tentativas de valorização da linguagem culta a quantidade de falantes que utilizam uma linguagem coloquial ainda é prevalecente. Durante o instante da fala poderá aparecer diversas maneiras de falar de um mesmo termo em um mesmo contexto, se denomina variante e estas variantes podem agregar outras variantes e dar origem a um conjunto intitulado variável lingüística.

O termo variação lingüística, para Labov (1972), ocorre através de uma forma fonética, morfológica, sintática, semântica, lexical ou estilística. Ela é influenciada por uma série de fatores internos ou lingüísticos (contexto fonológico precedente e seguinte, classe de palavra, etc.) e de fatores externos de ordem social (sexo, idade, classe social do falante). Weinreich, Labov e Herzog (1968) sintetizam o problema quando afirmam:

“Na explicação da mudança linguística, é possível alegar que os fatores sociais pesam sobre o sistema linguístico como um todo [...] Assim, a tarefa do linguista não é tanto demonstrar a motivação social de uma mudança quanto determinar o grau de correlação social que existe e mostrar como ela pesa sobre o sistema linguístico abstrato.” (WEINREICH, LABOV e HERZOG, 1968, p.123)

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