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Por:   •  18/10/2014  •  2.482 Palavras (10 Páginas)  •  374 Visualizações

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Etapa 1

Libras e a cultura surda em seus aspectos.

Até os dias atuais, a comunidade surda trabalha com grande afinco por espaço e reconhecimento perante a sociedade ouvinte.

É através do Movimento surdo que ocorre as articulações de lutas políticas dos surdos. Esse movimento está representado em várias entidades no mundo inteiro. No Brasil, é a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, FENEIS, a responsável por cuidar das demandas e necessidades dos surdos no país. A história de tentativas dos surdos de serem aceitos e respeitados tanto linguisticamente como em termos de identidade e cultura é de muitos séculos.

Na Antiguidade as pessoas surdas tiveram diferentes tratamentos, desde o misticismo até serem mortos ao se descobrir a surdez.Apenas no século VI, a partir do Código de Justiniano, passaram a ser consideradas pela lei.Mas somente os surdos que falassem(oralmente)poderiam herdar,casar e ter propriedades,os que não conseguissem estariam privados de tais direitos

Século XVI: Só a partir desse século é que passam a ocorrer as primeiras tentativas de educação dos surdos. Antes disso, a sociedade acreditava que os surdos não podiam ser ensinados o pesquisador sueco Eriksson, surdo,refere-se as três fases na história da educação de surdos.

Primeira Fase: até 1760

Apenas surdos de famílias abastadas tinham acesso ao ensino formal e individual, ministrado por tutores .O ensino foi inspirado nos sinais utilizados pelos monges beneditinos que viviam sob o voto de silêncio e no alfabeto digital(ou alfabeto manual) produzido por Pablo Bonet e adaptado por Pedro Ponce de Léon.Entre 1712 – 1789: A educação dos surdos passa a ser mais explorada. Em 1750 surge a primeira escola pública baseada no método oral e em 1760, é criada a primeira escola para surdos, com base no método gestualista, graças ao abade Charles L´Epeé, que transforma sua casa nesse local de ensino depois de observar duas crianças surdas se comunicando por gestos Aqueles que se formaram neste método, fundaram escolas pelo mundo,inclusive no Brasil.Embora ambas as escolas tenham surgido quase que concomitantemente, o método oral era extremamente mais divulgado e aceito.

Segunda Fase: 1760 a 1880 - escolas para surdos

Entre 1815 – 1817: O melhor aluno do abade é convidado para implantar nos Estados Unidos o ensino de surdos utilizando a Língua de Sinais. Posteriormente, é fundada uma escola para surdos no país. Em 1857: D. Pedro II convida o professor surdo Eduard Huet para criar no Brasil o Instituto Nacional dos Surdos-Mudos.A primeira escola foi fundada no Rio de Janeiro,que usava o método do Abade L'Epée, e assim a língua de sinais francesa se misturou as línguas de sinais que usavam os surdos brasileiros e deu origem a Língua Brasileira de Sinais.Hoje com mais de 150 anos na área, o Instituto Nacional de Educação de Surdos trabalha a partir do Bilinguísmo. O interesse pelos surdos no nosso país aconteceu bem mais tarde que em outros lugares. Surgiram as 3 primeiras escolas que procurava ensinar todos aqueles que queriam aprender e não somente a classe alta.Na França o Abade Charles Michel de L'Epée foi o criador do Método Visual que baseia-se no uso dos gestos,dos sinais,do alfabeto manual e da escuta e privilegiava a Língua de Sinais Francesa (LSF) que ele havia aprendido com os surdos nas ruas de Paris. As escolas fundadas por Thomas Braidwood ,na Inglaterra, e Samuel Heinicke, na Alemanha privilegiavam a Língua Majoritária na modalidade oral,que defendia o oralismo, que é a comunicação com e pelos surdos se dê exclusivamente pela fala,sendo os sinais e o alfabeto manual proibido.Em 1880 ocorre o Congresso de Educadores de Surdos, em Milão, na Itália, onde grandes nomes como Graham Bell e Juan Jacob estavam presentes. É apresentado um método de educação visando eliminar gestos e Língua de Sinais ficou decidido que a educação seria pelo Método Oral e a língua de sinais e gestos foi proibida nas escolas.

Terceira Fase: depois 1880

Século XX: A maioria das escolas usava o método oral puro.Em 1960: William Stokoe faz um estudo linguístico demonstrando que a Língua de Sinais é equivalente as que usam a modalidade oral. Esse estudo foi muito importante na história dos surdos, pois foi a partir daí que os surdos começaram a reivindicar ainda mais a aceitação da Língua de Sinais de maneira mais forte e segura. Nessa mesma década, Dorothy S., mãe de menina surda, começa a utilizar em uma escola: linguagem sinalizada + fala + leitura labial + treino auditivo = Total Approach. Este método foi a Comunicação Total,ou seja, que os surdos tenham acesso à linguagem oral por meio da leitura orofacial,da amplificação,dos sinais e do alfabeto manual e que se expressem por meio da fala,dos sinais e do alfabeto manual.Se tornou um método simultâneo que se caracterizava pelo uso concomitante da fala e da sinalização,o que Schlesinger(1978)chamou de Bimodalismo,que é à exposição ao uso de uma só língua, produzida em duas modalidades:oral e gestual.Final de 1970: No Brasil é introduzida a Comunicação Total.Na década de 1980, os surdos se uniram para reivindicar o respeito aos seus direitos,em especial o direito de serem educados na língua de sinais,então surgiu o Bilinguismo que refere-se ao ensino de duas línguas : a primeira ,a língua de sinais,dá o arcabouço para o aprendizado da segunda,a língua majoritária de preferência na modalidade escrita. Em 1983: É criada no nosso país a Comissão de Luta pelos Direitos dos Surdos. No mesmo ano, na Alemanha, os surdos reivindicam o reconhecimento da Língua de Sinais. Em 1986: O centro SUVAG, em Pernambuco, faz sua opção metodológica pelo Bilinguismo .Em 1987: É criada a FENEIS, que luta pelos surdos no nosso país.Em 2002: Através da FENEIS ocorre a oficialização de LIBRAS em todo território nacional. Mais precisamente dia 24 de abril de 2002.

A comunidade surda passou por imensas dificuldades ao longo dos séculos. Apesar de grandes feitos terem sido conquistados, ainda existe o preconceito contra uma língua que não tem é oral-auditiva e sim gestual-visual. É importante lutar contra o preconceito que ronda a sociedade através do conhecimento e informações sobre os surdos.

Etapa 2

A inclusão vem sendo discutida desde 1990, se tornando um desafio para o cenário educacional brasileiro, necessitando de uma parceria entre todas as pessoas envolvidas no processo alunos surdos e/ou ouvintes, família, os profissionais em educação, especialistas em saúde dentre

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