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Aula, De Roland Barthes

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Por:   •  9/5/2014  •  862 Palavras (4 Páginas)  •  772 Visualizações

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ULA 1

O livro "Aula de Roland Barthes é produto da sua palestra inaugural no famoso Collége de France. O autor inclusive questiona os motivos que levaram a tradicional instituição a aceitá-lo naquele espaço consagrado intelectualmente.

O texto em alguns momentos apresenta um tom poético, como por exemplo quando o autor compara alegria e honra (no sentido de mérito) por estar ali disseminando seu conhecimento e enaltece os intelectuais que por ali já passaram.

Discorrendo sobre linguagem e poder, Barthes ressalta que no Colégio de França há a vantagem de se poder falar e pesquisar,e não de "julgar, escolher, promover, de sujeitar-se a um saber dirigido..." Sua intenção é despertar nos alunos a reflexão.

O autor desmitifica o poder apenas com conotação política e ressalta seu caráter ideológico.

"(...) o poder está presente não somente no Estado, nas classes, nos grupos, nas modas, opiniões, espetáculos, jogos (...) chamo discurso de poder todo discurso que gera ou produz o erro e por conseguinte, a culpabilidade daquele que o recebe."

É neste momento que Barthes nos revela que sua crítica ao poder não é somente direcionada à classe intelectual, dotada de credibilidade e que com isso poderia facilmente manipular os discursos. A preocupação do autor vai ainda mais fundo: para Barthes é a linguagem ou a língua que aparece como fator de alienação.

De acordo com Barthes "falar não é comunicar; é sujeitar: toda língua é uma reição generalizada." E aí temos um exemplo prático: a palavra reição não tem tradução para o português. O que leva o leitor a compreender a linguagem escrita através da mediação da tradutora do texto, sem a forma literal, apenas dentro do contexto.

Para Roland Barthes a língua não é democrática

. Nem reacionária, nem progressista. Para o autor a língua é fascista; "pois o fascismo não é impedir de dizer, é obrigar a dizer."

Segundo o autor a língua é feita de signos, que só existem na medida que são reconhecidos, muitas vezes se transformando em estereótipos. E é contra os estereótipos que Barthes irá se posicionar.

Nesta introdução o autor conclui que a única forma de se esquivar do poder da linguagem é através da literatura.

AULA 2

Barthes esclarece que ao falar de literatura não está especificamente tratando de obras e sim da prática de escrever.

O autor enaltece o texto como o "aflorar da língua". O processo de criação deve ser feito com consciência e responsabilidade. "As forças da liberdade que residem na literatura não dependem da pessoa civil, do engajamento político do escritor (...) mas do trabalho de deslocamento que ele exerce sobre a língua. Ou seja, o que importa não é quem escreve, mas sobre o que e de que forma.

Barthes fala sobre as "forças da literatura" e se apropria de três conceitos gregos: Mathesis, Mimesis, Semiosis.

O autor defende a literatura como mantenedora de muitos saberes: histórico, geográfico, social, técnico, antropológico etc. Para ele todas as ciências estão contidas na literatura e esta retrata a realidade. Mais a frente Barthes vai esclarecer que a retratação da realidade é na verdade

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