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Coluna Artes: “Debret e seu vigoroso retrato do Brasil”

Seminário: Coluna Artes: “Debret e seu vigoroso retrato do Brasil”. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/9/2013  •  Seminário  •  851 Palavras (4 Páginas)  •  480 Visualizações

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Coluna Artes: “Debret e seu vigoroso retrato do Brasil”.

Os trabalhos realizados pelo artista francês Jean Baptiste Debret (1768-1848) produzidos sobre o Brasil, nos primeiros anos do século XIX, oferece os mais variados tipos e relações sociais: indígenas em seu “mundo natural”, escravos de todos os tipos, pequenos comerciantes, monarcas, casamentos e batizados reais e imperiais, funerais, procissões e festas religiosas em geral. Trata-se de obras cuidadosas e abrangentes a respeito do Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, realizada durante a permanência do artista no país, entre 1816 a 1831.

As obras, no entanto, não são concebidas como reflexo imediato das condições impostas pelo meio, mas sim uma dimensão desse meio, onde determinadas energias sociais podem ser percebidas. A obra de arte “Exprime, portanto, valores, relações, concepções, que só ali existem e só ali se expressam. Dimensões e não reflexos de um processo social” (MENEZES, 1997, p.19).

Vejamos algumas de suas obras:

A primeira obra ilustrada, logo nos demonstra traços bem humanizados e monstrando um ambiente bem brasileiro.

A nova pintura, então, retrata as mudanças ocorridas na vida do imperador Dom Pedro I, tirando o monarca das nuvens, trazendo-o para a terra firme, próximo aos seus súditos. Como essa humanização do poder imperial, Debret revela, ainda, sua maior satisfação em servir a um Imperador do que a um rei.

O realismo com que retratou a situação do escravo negro escandalizou a muitos. Em algumas de suas estampas retrata a crueldade dos diferentes castigos aplicados aos escravos insubmissos. Logo corroboramos, que infelizmente os escravos eram maltratados, quando não faziam o que seus senhores ordenavam ou quando mesmo sem condições de trabalho, tinham que continuar as tarefas subordinadas a eles.

Com relação á sociedade a época, no qual estava em desenvolvimento, o artista registra a partida para o passeio de uma família de fortuna média. Segundo o antigo costume desta classe social, o chefe de família abre a marcha, seguido por seus filhos, colocados em fila por ordem de idade, indo o mais moço à frente; vem, a seguir, a mãe grávida, seguindo-a sua criada de quarto, escrava mulata, muito mais apreciada nos serviços do que as negras; seguem-se a ama negra, a escrava da ama, o criado negro do senhor, um jovem escravo em fase de aprendizado, o novo negro, recém comprado, que é escravo de todos os outros escravos, pois sua inteligência ainda necessita desenvolver-se à base de chicotadas. E, finalmente, o cozinheiro que tem a função de guarda da casa.

Em outra amostra aparece um latifundiário, comodamente sentado em sua rede, sendo transportado nos ombros por dois fortes escravos. Estes estão acompanhados por um jovem escravo, que transporta o guarda-sol do senhor; por uma escrava com cesto de frutas na cabeça e por um cachorro. Demonstrando mais uma vez, o real lugar do escravo na sociedade que era apenas servir.

Na proxima obra, retratamos o mercado de escravos, pela visão de Debret, no qual nos demonstra o trabalho, sobretudo do escravo, no qual fica bem evidenciado que o escravo é o responsável pelo sustento da familia de brancos pobres, isso está denunciado na imagem, como podemos avistar que os escravos ficavam á venda no mercado, aguardo a sua compra por algum senhor feudal.

Em tempo, não há duvidas de que a passagem de Debret pelo Brasil criou um positivo impacto desde suas brilhantes participações na Academia de Artes, e em seu extraordinário

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