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Fenomenos De Variação Linguística

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Por:   •  19/9/2014  •  3.952 Palavras (16 Páginas)  •  228 Visualizações

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Fenômenos morfossintáticos

- Concordância nominal

“meus pais eram muito bom (...) minhas irmã” (Informante 1);

“as pessoa (...) dus filho e dus neto” (Informante 1);

“trêis bisneto” (Informante 1);

“tirô um poco a saudades” (Informante 1);

“essis filho criado (...) minhas netinha” (Informante 1);

“us carro para (...) as casa” (Informante 1);

“sete neto” (Informante 1);

“eu tinha minhas irmãs” (Informante 1);

“longe dos filhos” (Informante 1);

“ tirar os fios do bordado” (Informante 1);

“quandu a genti ganhava uma buneca era aquelas buneca di panu né? (...) eu via otras criança com aquelis (...) tinha muitas brincadeira (...) eram pocas as pessoa qui tinhum radinhu (...) muita genti num tinha e morava numa in condições muitu precária (...) us valoris qui passam prus adolescenti” (Informante 2);

“comecei a conhecê as pessoa tudu” (Informante 2);

“qui eu nunca enfrentei as coisa assim (...) tinha dus homi tinha das mulheris (...) as pessoa eu as pessoas qui par/qui fazia qui falavam lá pra genti né? us padre” (Informante 2);

“sô contra us direitus humanus” (Informante 2);

“até qui aos vinti trêis anus” (Informante 2);

“si homens com os cabelos cumprido cum trança” (Informante 3);

“já inclui você tê padrões de beleza diversificados” (Informante 3);

“todus us sinais du corpu i da faci serem perfeitus” (Informante 3);

“si torná: aus nossus olhus” (Informante 3);

“pra/a as variantis linguística tem pra pluralidade cultural (...) mitu da unidadi linguística ela veiu mais por” (Informante 4);

“a iscola... qui é um lugar assim privilegiadu pur agrupar... todas as diferenças” (Informante 4);

“seria u lugar ideal um palco pra essis debatis essas discussões” (Informante 4);

“u debati acadêmicu em tornu dessa questão linguística passa longi dus bancus iscolares” (Informante 4);

“eu tenhu: mi deparadu cum várius materiais” (Informante 4);

“qui si devi respeitar as diferenças qui nu brasil há diversus falaris” (Informante 4);

“u brasil até intão era u:m territóriu: vastu cum muitus falaris us indígenas us portuguesis várias invasões qui na época du brasil colônia ocorreram nu país” (Informante 4);

“muitas pessoas criticam” (Informante 4);

“houvi va/várias mudanças” (Informante 4);

“houvi u:m uma certa liberdadi du/du professor di buscá otras fontis” (Informante 4).

Todas as falantes entrevistadas, com maior ou menor frequência, não realizam a concordância nominal. Porém, todas as falantes em determinados momentos realizam a concordância nominal também; ou seja, há a coexistência das duas variantes em todos as falantes, às vezes até mesmo na mesma frase, como em “meus pais eram muito bom”, da informante 1. Nota-se que a concordância foi realizada em “meus pais”, mas não foi realizada em “bom”, que referindo-se aos pais, de acordo com a norma culta, deveria ser “bons”. A informante 2 também tem um exemplo entre os selecionados de realização e não realização da concordância nominal na mesma frase: “as pessoa eu as pessoas qui”. A falante que realiza com menos frequência a não concordância nominal é a informante 3.

De forma geral, a não concordância é fruto da não realização do plural dos substantivos. Mas há alguns casos em que a não concordância se dá de outras formas: em “mitu da unidadi linguística ela veiu mais por” da informante 4, o substantivo não concorda com o gênero do pronome, por exemplo. Mas a maior parte das ocorrências é de não realização ou realização da concordância de número, como foi mencionado anteriormente.

Há uma ocorrência interessante em uma das falas da informante 1: “tirô um poco a saudades”. De acordo com a norma culta da língua, palavras como “óculos”, “lápis” e “saudades” sempre levam o que se refere a elas para o plural; porém, a percepção das pessoas já não as reconhece como algo que é plural por si só. Por conta disto, é bastante recorrente que o artigo que precede essas palavras esteja no plural.

- Concordância verbal

“nóis duas era as mais velha (...) pra nós trabalhá (...) nóis fazia aqueles” (Informante 1);

“de eles vivê assim” (Informante 1);

“porque eram trêis” (Informante 1);

“porque eles foram” (Informante 1);

“nóis éramos em trêis” (Informante 1);

”nóis ficamos” (Informante 1);

“meus pais nu::m tinha essa/essa condição di:: financeira (...) eu tinha aquela consciência qui meus pais nu:m tinha condições (...) antigamenti us pais passava muitus valoris prus filhus” (Informante 2);

“falava pra elis qui elis tinham qui respeitá prelis podê sê respeitadus” (Informante 2);

“um dia eu vô pra são paulo” (Informante 2);

“purque nóis num tinhamus condições” (Informante 2);

“ela precisa ter interiormenti isso também” (Informante 3);

“as otras pessoas olharem pra eli acha eli uma compania agradabilíssima” (Informante 3);

“ela consegui si torná: aus nossus olhus” (Informante 3, ela consegue);

“dus próprius professoris sê muitu dependenti du du livru didáticu (...) nóis tamu/nóis somus um país qui” (Informante 4);

“comu diz otros pensadoris” (Informante 4);

“várias

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