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Por:   •  27/9/2013  •  2.168 Palavras (9 Páginas)  •  4.246 Visualizações

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Ação[editar]

A ação é o conjunto de acontecimentos que acontecem num determinado espaço e tempo. Aristóteles, em sua Poética, já afirmava que "sem acção não poderia haver tragédia". Sem dificuldade se estende o termo tragédia à narração, e assim a presença de acção é o primeiro elemento essencial ao texto narrativo.

Estrutura da narração[editar]

É a palavra que expressa compreensão a ação da narrativa é constituída por três ações: Intriga, Ação principal e Ação secundária.

Intriga: Ação considerada como um conjunto de acontecimentos que se sucedem, segundo um princípio de casualidade, com vista a um desenlace. A intriga é uma ação fechada.

Ação principal: Integra o conjunto de sequências narrativas que detêm maior importância ou relevo.

Ação secundária: A sua importância define-se em relação à principal, de que depende, por vezes; relata acontecimentos de menor relevo.

A narração consiste em arranjar uma sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa. O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo.

Sequência[editar]

A ação é constituída por um número variável de sequências (segmentos narrativos com princípio, meio e fim), que podem aparecer articuladas dos seguintes modos:

encadeamento ou organização por ordem cronológica

encaixe, em que uma ação é introduzida numa outra que estava a ser narrada e que depois se retoma

alternância, em que várias histórias ou sequências vão sendo narradas alternadamente pela forma que foi escrito. Esse eu lirico deve ser mais abrangente de forma que o leitor se familiarize com a leitura.

A ação pode dividir-se em:

situação inicial ― é o momento do texto em que o narrador apresenta as personagens, o cenário, o tempo, etc. Nesse momento ele situa o leitor nos acontecimentos (fatos).

desenvolvimento ― é nesse momento que se inicia o conflito (a oposição entre duas forças ou dois personagens). A paz inicial é quebrada através do conflito para que a ação, através dos fatos, se desenvolva.

clímax ― momento de maior intensidade dramática da narrativa. É nesse momento que o conflito fica insustentável, algo tem de ser feito para que a situação se resolva.

desfecho ― é como os fatos (situação) se resolvem no final da narrativa. Pode ou não apresentar a resolução do conflito.

Tempo[editar]

Tempo cronológico ou tempo da historia- é o tempo em que a ação acontece.

Tempo histórico - refere-se à época ou momento histórico em que a ação se desenrola.

Tempo psicológico - é um tempo subjetivo, vivido ou sentido pela personagem, que flui em consonância com o seu estado de espírito.

Tempo do discurso - resulta do tratamento ou elaboração do tempo da história pelo narrador. Este pode escolher narrar os acontecimentos: por ordem linear e neste caso poderá falar-se numa isocronia;

com alteração da ordem temporal (anisocronia), recorrendo à analepse (recuo a acontecimentos passados) ou à prolepse (antecipação de acontecimentos futuros); Ex: acontecimento 3-1-5-2 ect...

a um ritmo temporal ( medido pela relação entre a duração da história, medida em minutos, horas, dias, ect... e a duração do discurso medida em linha e páginas) igual ou semelhante, estamos de novo perante uma isocronia;

a um ritmo temporal diferente (anisocronia), neste caso o narrador pode servir- se elipses (omissão de acontecimentos), pausas (o tempo da história para para dar lugar a descrições, por exemplo) e de resumos ou sumários ( resumo de acontecimentos pouco relevantes ou preparação para eventos importantes).

Personagens[editar]

Roland Barthes, além de retomar a importância que os clássicos davam à acção, avança ao afirmar que “não existe uma só narrativa no mundo sem personagens”. Aqui se entende personagem não como pessoas, seres humanos. Um animal pode ser personagem (Revolução dos Bichos), a morte pode ser personagem (As intermitências da morte), uma cidade decadente ou uma caneta caindo podem ser personagens, desde que estejam num espaço e praticando uma ação, ainda que involuntária.

Relevo das personagens[editar]

Protagonista, personagem principal ou herói: desempenha um papel central, a sua atuação é fundamental parra o desenvolvimento da ação.

Antagonista: Que atua em sentido oposto; opositor; adversário. Personagem que é contra alguém ou algo.

Personagem secundária: assume um papel de menor relevo que o protagonista, sendo ainda importante para o desenrolar da acção.

Figurante: tem um papel irrelevante no desenrolar da acção, cabendo-lhe, no entanto, o papel de ilustrar um ambiente ou um espaço social de que é representante.

Composição[editar]

Personagem modelada, redonda ou esférica: dinâmica, dotada de densidade psicológica, capaz de alterar o seu comportamento e, por conseguinte, de evoluir ao longo da narrativa.

Personagem plana ou desenhada: estática, sem evolução, sem grande vida interior; por outras palavras: a personagem plana comporta-se da mesma forma previsível ao longo de toda a narrativa.

Personagem-tipo: representa um grupo profissional ou social.

Personagem colectiva: Representa um grupo de indivíduos que age como se os animasse uma só vontade.Michel Kleyton

Caracterização[editar]

Direta Autocaracterização: a própria personagem refere as suas características.

Heterocaracterização: a caracterização da personagem é-nos facultada pelo narrador ou por outra personagem.

Indireta: O narrador põe a personagem em acção, cabendo ao leitor, através do seu comportamento e/ou da sua fala, traçar

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