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O conceito de ética e moral ao longo do tempo

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Por:   •  26/2/2015  •  Tese  •  581 Palavras (3 Páginas)  •  435 Visualizações

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Os conceitos de moral e ética, embora sejam diferentes, são com freqüência usados como sinônimos. Aliás, a etimologia dos termos é semelhante: moral vem do latim mos, moris, que significa “maneira de se comportar regulada pelo uso”, daí “costume”, e de moralis, morale, adjetivo usado para indicar o que é “relativo aos costumes”. Já ética vem do grego ethos, que tem o mesmo significado de “costume”.

Segundo Adolfo Sánchez Vásquez, tanto ethos como mos indicam um tipo de comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto, mas que é “adquirido ou conquistado por hábito”.

Lembrando a afirmação de filósofos como Aristóteles, para o qual o homem é um animal por natureza social, político, e Thomas Morus, que afirmava que “nenhum homem é uma ilha”, podemos afirmar que a moral tem um papel social, afinal, é o conjunto de regras que determinam como deve ser o comportamento dos indivíduos em grupo, mas, ademais, é preciso ressaltar que ela também está relacionada com a livre e consciente aceitação das normas. Dessa forma, o homem ocupa um papel ambíguo, de herdeiro e criador de cultura, só conseguindo ter uma vida autenticamente moral quando, a partir da moral herdada, é capaz de propor uma moral forjada em suas experiências de vida.

Já a ética é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. Essa reflexão pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção de homem que se toma como ponto de partida e, ao longo da história, filósofos foram responsáveis por diversas concepções de vida moral, como veremos a seguir.

A concepção de ética e moral ao longo do tempo

No período clássico da filosofia grega, os sofistas rejeitam a tradição mítica ao considerar que os princípios morais resultam de convenções humanas. Embora na mesma linha de oposição aos fundamentos religiosos, Sócrates se contrapõe aos sofistas ao buscar aqueles princípios não nas convenções, mas na natureza, o que se apreende em inúmeros diálogos de Platão, nos quais são descritas as discussões socráticas a respeito das virtudes e da natureza do bem. Resulta daí a convicção de que a virtude se identifica com a sabedoria e o vício com a ignorância: portanto, a virtude não pode ser aprendida.

Platão, como Sócrates, combate o relativismo moral dos sofistas. Sócrates estava convencido que os conceitos morais se podiam estabelecer racionalmente mediante definições rigorosas. Estas definições seriam depois assumidas como valores morais de validade universal. Platão atribui a estes conceitos ético-políticos o estatuto de Idéias (Justiça, Bondade, Bem, Beleza etc.), pressupondo que os mesmos são eternos e estão inscritos na alma de todos os homens. Para Platão a Justiça consiste no perfeito ordenamento das três almas e das respectivas virtudes que lhe são próprias, guiadas sempre pela razão. A felicidade, portanto, consiste neste equilíbrio.

Herdeiro do pensamento de Platão, Aristóteles aprofunda a discussão a respeito das questões éticas, mas, para ele, o homem busca a felicidade, que consiste na vida teórica e contemplativa cuja plena realização coincide com o desenvolvimento da racionalidade.

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