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Por:   •  16/3/2015  •  816 Palavras (4 Páginas)  •  150 Visualizações

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BC e mercado projetam inflação maior para 2014 e 2015

Por Mônica Izaguirre e Eduardo Campos | Valor

BRASÍLIA - (Atualizada às 11h14) A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fecharia 2014 em 6,1%, na hipótese de o Banco Central (BC) não promover nova elevação da taxa básica de juros na semana que vem, quando voltará a se reunir para calibrar a Selic.

As projeções para o chamado cenário de referência, que pressupõe Selic constante em 10,75% ao ano e dólar a R$ 2,35, foram divulgadas nesta quinta-feira pela autoridade monetária no Relatório Trimestral de Inflação de março. Haveria, portanto, aumento em relação a 2013, quando o índice subiu 5,91%.

Medida em 12 meses acumulados, sem novo aumento de juros, a inflação do IPCA não cairia para 4,5%, centro do intervalo da meta definida pelo governo, nem até fim do primeiro trimestre de 2016, horizonte final das projeções e momento em que estaria na casa de 5,4% ao ano.

No relatório de dezembro de 2013, o BC previa que, num cenário de juros e câmbio estáveis, ambos em outro patamar na ocasião, a inflação do IPCA seria de 5,6% em 2014 e de 5,4% em 2015.

A projeções pioraram apesar do aperto da política monetária desde dezembro passado, quando cenário de referência levava em conta uma Selic de 10% ao ano. Depois disso, o BC já promoveu duas altas na taxa básica de juro, em janeiro e fevereiro, uma de 0,5 ponto e outra de 0,25 ponto percentual, elevando a Selic a 10,75% ao ano. A taxa de câmbio considerada não mudou, pois já era de R$ 2,35.

No cenário de mercado, as projeção são de um aumento de 6,2% no IPCA em 2014 e de 5,5% no próximo calendário. No documento de dezembro, essas cifras eram 5,6% e 5,3%, respectivamente. Para o primeiro trimestre de 2016, a expectativa é de inflação de 5,2%.

Considerando o cenário de referência, o BC calcula em 38% o risco de a inflação do IPCA ultrapassar 6,5% em 2014, teto do intervalo de tolerância fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2015, o risco de estouro é de 27%. No cenário de mercado, o risco de o teto da meta ser ultrapassado é de 40% em 2014 e de 29% em 2015.

No Relatório Trimestral de Inflação, a autoridade monetária voltou a notar que a transmissão das ações de política monetária ocorre com defasagens, mas que há certo grau de incerteza sobre a intensidade de materialização desses efeitos.

Segundo o colegiado, essa incerteza pode aumentar, “e de fato tem aumentado” em ambiente como o atual, em que a volatilidade dos mercados financeiros tem sido ampliada pela forte inclinação da curva de juros nas economias maduras, em particular, nos Estados Unidos.

O Copom lembra que diversos canais, como demanda, crédito, câmbio e expectativas, estão envolvidos nesse processo de transmissão e operam não necessariamente com a mesma intensidade e de forma simultânea.

No entanto, considerando a experiência brasileira, o Copom menciona que, se infere "que a resposta da economia ao atual ciclo de ajuste da taxa Selic, combinada às perspectivas para os próximos trimestres, segue em linha com o que se poderia antecipar”.

Colocando de outra forma, o BC explica que

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