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Preconceito Linguístico: O Que é Como se Faz: (A desconstrução do Preconceito linguístico)

Por:   •  15/12/2016  •  Resenha  •  1.722 Palavras (7 Páginas)  •  302 Visualizações

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UNIVERSIDADEFEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO- UAST

FICHAMENTO

BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é como se faz: capítulo III (A desconstrução do Preconceito linguístico)

1. Reconhecimento da crise

             Muitos professores hoje recorrem a outros meios didáticos como norte para dentro das salas de aula. È defendida a norma culta como ensino/aprendizagem aos alunos, no entanto, há divergências consideráveis dessa aplicação por conta das diversas razões de ordem política, econômica, social e cultural.

              Identificam três problemas a esse respeito:

               Primeiro, a quantidade de analfabetos e analfabetos funcionais existentes neste país. Decorrente de um deficitário investimento fornecido pelo “Estado”.

              Segundo, por razões históricas e culturais, as pessoas alfabetizadas não desenvolvem o hábito de ler e escrever. Nem mesmo as pessoas que fizeram doutorado, não se sentem seguros com o português. Atribui-se isso ao método de ensino aplicado.

              Terceiro, há uma dúvida com relação ao uso da norma culta como um ideal linguístico inspirado no português de Portugal e a forma pela qual é usada pelas pessoas cultas.

               Chega-se a conclusão que, falar de “erro” é muito arriscado quando a construção é perfeitamente assimilada. Com isso é necessário que os especialistas tenham um entendimento do avanço da ciência da gramática, deixando de lado o preconceito linguístico.

                È defendido pelo autor que é necessário escrever uma gramática da norma culta brasileira em termos mais simples, claros e precisos pra que todos tenham acesso a língua culta, como, os professores, alunos e falantes em geral.

2. Mudança de atitude

                Não havendo ainda uma gramática mais simples, é necessário, é necessário mudança de atitude, ou seja, combater o preconceito linguístico não admitindo o menosprezo da nossa língua por conta da classe social, língua de outra região e assim por diante.

                 Deve-se adquirir uma nova postura, deixando de lado os dogmas com relação a norma culta e, refletindo sobre a gramática de uma forma mais eficiente.

             È proposto ao professor especializar-se adquirindo conhecimento para produzir sua própria gramática, adquirindo, descobrindo com seus alunos métodos inteligentes e prazerosos, através de pesquisa, tanto de língua escrita como de língua falada.

              A gramática tradicional pode-se considerar como engessada, porém, a língua é viva e, está em constante movimento.

3. O que é ensinar português?

             O objetivo que o professor pretende alcançar em sala de aula é levar seus alunos a descobrirem novas maneiras e aprender a língua. Sem conhecer profundamente a gramática, mas sabendo a língua na prática.

              Quanto ao vestibular, diversas Universidades estão optando por uma seleção mais apropriada, aplicando uma prova direcionada ao curso que o aluno pretende cursar. Esse conceito é uma vitória.

4. O que é erro?

             Ora, segue um exemplo: Loginha de Artezanato, onde seria: Lojinha de Artesanato, o fato de haver “erro” não prejudica a compreensão do enunciado e, em nada altera na qualidade do produto que se está vendendo. O autor não considera como “erro de português” e, sim, “erros” de ortografia, no entanto, é necessário avaliar a noção de erro.

              Destaca-se que a Ortografia Oficial é resultado de negociações de ordem geopolíticas, econômicas, ideológicas. Assim gerando uma pressão sobre a língua falada e escrita.                                Todo falante nativo de uma língua, tem a capacidade de discernir o que se fala e o que se escreve sem obedecer necessariamente às regras de funcionamento da língua. No entanto, ninguém comete erros ao falar sua própria língua materna, pois, só se erra naquilo que é aprendido, a língua materna é adquirida desde criança, não é fruto de instrução recebida na escola, mas foi adquirida de forma natural como, por exemplo, aprender a andar. Pessoas que nunca estudaram gramática são capazes de chegar a um nível de conhecimento adequado da língua.

              A língua escrita seria pedagogicamente dizendo, uma tentativa de analisar uma língua falada. Sendo essa análise realizada pelo leitor, considerando sua escolarização e seu perfil sociolinguístico. Assim quem escreveu chícara ao invés de xícara não fez isso porque quis errar, mas sim porque quis acertar. Esses “erros” de ortografia são constantes por serem casos em que é necessário fazer uma análise da relação fala/escrita. No entanto, uma pessoa com nível de escolaridade mais avançado, saberá que somente analogia não será suficiente como base para a língua escrita.

             Há uma explicação lógica para tudo aquilo que é considerado erro pela gramática tradicional. Assim, os paragramaticais podem falar de “erros comuns”. Portanto, os gramáticos conservadores atribuem esses “erros comuns” ás pessoas, qualificando-as como “ignorantes”. A postura a ser tomada é conhecer o porquê essas regras estão levando os falantes da língua a usar X onde seria Y.

5. Então vale tudo?

              Usar a língua oral ou escrita requer equilíbrio, ou seja, uma forma adequada e aceita para cada situação. Levando em conta o lugar que se está, as pessoas com as quais se encontra e o momento apropriado. Em uma situação formal, usa-se uma linguagem formal; se é um momento informal, uma linguagem mais descontraída.

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