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Prosa Sobre Prosa: Machado de Assis, Guimarães Rosa, Reinaldo Santos Neves e outras ficções.

Por:   •  27/10/2019  •  Resenha  •  465 Palavras (2 Páginas)  •  158 Visualizações

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Universidade Federal do Espírito Santo

Centro de Ciências Humanas e Naturais

Departamento de Línguas e Letras

In: SALGUEIRO, Wilberth. Prosa sobre prosa: Machado de Assis, Guimarães Rosa, Reinaldo Santos Neves e outras ficções. Vitória: Edufes, 2013.

No presente capítulo, o autor propõe-se a discutir questões que envolvem a literatura e a escola. Para tal, e fazendo um recorte de sua própria experiência enquanto leitor, que tem início desde os primeiros anos de sua vida, ele começa demonstrando a importância da literatura para sua constituição enquanto ser humano, problematizando, em seguida, situações que envolvem a literatura hoje. Para Salgueiro, um dos principais concorrentes da leitura, hoje, é a mídia, mais especificamente, a televisão, a qual oferece entretenimento rápido e fácil, um mundo ilusionista que não requer pensamento crítico ou o tempo de reflexão, como o pede o livro. Somado a isso, muitas das obras literárias clássicas vêm sofrendo adaptações, direcionadas ao público não familiarizado com a literatura no intuito de facilitá-la, sem contar o reduzido número de publicações originais e a dificuldade em acessá-las. Até mesmo os vestibulares instituídos podem ser problemáticos, pois, ainda que exijam leituras literárias para realização das provas, acabam tornando essa leitura obrigatória, e não uma leitura prazerosa.

Apesar dos pontos negativos, o autor não nega que o leitor se torna um melhor eleitor na medida em que os livros o tornam consciente, além do fato de que ler é um exercício saudável, o qual permite a manipulação que o leitor lhe quiser conferir. Nesta etapa do capítulo, Salgueiro amplia as possibilidades de inserção da literatura na escola ao sugerir seu ensino atrelado a outras disciplinas escolares, como a matemática ou a química, além das possibilidades de se trabalhar a própria língua portuguesa. Fechando sua discussão, o autor fortifica a ideia do papel transformador da literatura, que modifica, de várias formas, o leitor, reforçando a contribuição da escola na formação dos alunos se os educadores forem abertos às possibilidades.

Compactuo com os postulados do autor por acreditar na capacidade da literatura de gerar mudanças em uma coletividade. A mídia e a tecnologia como um todo têm tornado e mantido a sociedade dependente e pouco crítica. Dessa forma, a escola brasileira, que abarca uma pluralidade de indivíduos em questão de gênero, etnia, orientação sexual, etc., tem a chance de tornar o ambiente de ensino prazeroso e produtivo, ancorado na aprendizagem conjunta, bem como pode requisitar a literatura para formar, em todos os sentidos, as crianças, jovens e adultos que a frequentam. Se a literatura pode constituir os sujeitos como seres humanos, seja no quesito político, seja no quesito social ou mesmo ambiental, isso deve ser estendido ao maior número possível de pessoas, com o incentivo e a orientação dos professores .

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