RESENHA DO LIVRO: DOM CASMURRO

Livro: Dom Casmurro 

Escritor: Machado de Assis

Aborda uma pseudo biografia de um homem avelhantado que entope sua solidão com a lembrança de um passado que marca seu sofrimento pessoal. A obra te mostra o ponto de vista de quem foi machucado e traído pela vida, e as consequências desses tais fatos. O título da obra, recheado de grande ironia no uso do termo “Dom”, que atribui certa importância a alguém; traz também a palavra “Casmurro” que, de contrapartida, refere-se a um homem calado e introspectivo.

A história nos leva aos arredores dos anos 1857, no Rio de Janeiro, onde aos poucos vamos conhecendo o atual Dom Casmurro. Uma trajetória que nos leva a conhecer o Rio de Janeiro daquela época e nos introduz à Rua de Matacavalos, onde o protagonista passou sua infância e conheceu Capitolina (Capitu). Bentinho e Capitu casam-se em 1865 e separam-se 1872. Depois de alguns anos tentando ter um filho, Capitu da à luz Ezequiel, cujo nome é uma homenagem ao melhor amigo de Bentinho, Ezequiel Escobar, a quem conheceu quando estudaram juntos no seminário e mais tarde tornaram-se amigos assim como suas esposas era igualmente amigas. Bento enxerga no filho a figura do amigo recém-falecido, afogado na praia, e fica convencido de que fora traído pela mulher, fala ao garoto que não é seu pai, e Capitu escuta tudo, lamentando-se pelo ciúme de Bentinho, que, segundo ela, fora despertado pela casualidade.

Após incontáveis contendas, o casal decide separar-se e o protagonista torna-se, pouco a pouco, o amargo Dom Casmurro. Capitu falece no exterior e Ezequiel arrisca reatar relações com o pai, mas a semelhança extrema com Escobar faz com que Bento continue rejeitando-o. Ezequiel acaba por morrer de febre tifoide durante uma pesquisa arqueológica em Jerusalém. Ao final, o narrador parece depreciar um pouco a própria obra e convence-se de que o melhor a fazer agora é historiar outro livro, agora sobre "a história dos subúrbios".

Aluno: Pedro Henrique Ferreira   RA: 1511933