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Resumo Aquisição de segunda lingua

Por:   •  1/7/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.903 Palavras (20 Páginas)  •  2.435 Visualizações

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AQUISIÇÃO DE SEGUNDA LÍNGUA: A TEORIA DE KRASHEN

A dificuldade em aprender uma segunda língua distingue com a ausência de dificuldades em adquirir a língua materna. O famoso dispositivo de aquisição de linguagem (LAD), parece não manter sua força aquisitiva depois que a pessoa avança a puberdade.

Com base nesses dados, Stephen D. Krashen formulou uma teoria sobre aquisição de segunda língua. A primeira parte apresenta cinco hipóteses que fundamentam a teoria: 1ª distinção entre aquisição e aprendizagem; 2ª ordem natural; 3ª input; 4ª do monitor; 5ª do filtro afetivo.

Consiste na exposição de características do “input”. São elas compreensibilidade, interesse, relevância, quantidade suficiente, não seqüenciamento gramatical.

Na primeira parte é apresentado o papel da gramática no modelo, o lugar e tempo adequados.

Na quarta parte apresentam o papel desempenhado pela sala de aula no processo de aquisição de segunda língua.

1 – As Cinco Hipóteses sobre a Aquisição de Segunda Língua.

Krashen baseia sua teoria em hipóteses, adotando uma posição estritamente cientifica, testando, com o maior número de observações possíveis.

De acordo com essa visão, nada fica provado definitivamente. Krashen procura validar sua hipóteses com o máximo de resultados de experimentos e observações pessoais e de colegas. Entretanto, uma coisa é ter consciência do melhor caminho a seguir, outra é achá-lo e conseguir segui-lo.

  1. – A distinção entre Aprendizagem e Aquisição

Aquisição e aprendizagem são dois fenômenos divergentes, de origens divergentes, com finalidades divergentes, podendo ocorrer concomitantemente, mas o último não sendo causa do primeiro. Diferença entre esses dois fenômenos: Aquisição e uma ação que ocorre a nível de subconsciente, funcionado por força da necessidade de comunicação enquanto impulso vital. Aprendizagem significa saber as regras, ter consciência delas, poder falar sobre elas, exigindo, portanto, um esforço consciente.

A suposição que difere aquisição de aprendizagem deduz que adultos também adquirem uma segunda língua, com uma quase perfeição de nativos da língua. Saber sobre a língua não faculta seu uso, a não ser que a aprendizagem se processe na segunda língua, caso em que a aquisição se processará graças ao input compreensível.

  1. – A Ordem Natural

Krashen assegura que a ordem natural, previsível, em que adquirimos as regras da língua materna também é a segunda na aquisição da segunda língua.

A ordem de dificuldade é semelhante à ordem de aquisição. Entretanto, embora haja paridade, a ordem de aquisição em segunda língua não é a mesma que a da língua materna. Na aquisição de segunda língua, a ordem natural é diferente da observada na aquisição da mesma língua, por falantes nativos.

  1. – A Hipótese do Input

Linguagem adquirida é inconsciente e se realiza através da busca ao significado, a linguagem aprendida é consciente e só se manifesta dadas certas condições.

A aquisição de linguagem se processa de maneira gradual, sendo que algumas formas da língua são adquiridas mais cedo e outras mais tarde, conforme a hipótese da ordem natural. Mas, para que a aquisição se processe é preciso que o input esteja um pouco além do estagio atual em que se encontra o individuo em fase de aquisição.

A força da hipótese do input está em que o foco deve ser na mensagem, na comunicação em que se quer obter.

A hipótese do input pressupõe que a produção oral, a influência na fala não pode ser ensinada. Ou o individuo se sente apto, ou ele repete mecanicamente frases e expressões do modelo de língua que lhe é apresentado, sem se comunicar. A correção ocorrerá com o tempo e maior exposição, e dependerá da quantidade e qualidade do input.

  1. – O Monitor

A hipótese do monitor está catalogada com a aprendizagem da produção de enunciados orais e escritos através da produção lingüística. Essa hipótese mostra sérias complicações para o ensino da língua estrangeira, desde a programação do que produzir, treinamento, até os reflexos desse conteúdo em sala de aula.

Enquanto a hipótese do input baseia-se em observações da aquisição, a do monitor baseia-se na aprendizagem. O conhecimento das regras gramaticais atua como um fiscal, esse fiscal é o monitor e em segundo língua, é o fruto da aprendizagem.

Alguns falantes, começa sua comunicação com itens adquiridos, língua “internalizada”, que também é responsável pela fluência.

O monitor corrige quando o falante acha que está cometendo algum erro e acha importante corrigi-lo mas sempre depois que o enunciado foi feito pelo sistema adquirido.

O monitor segundo |Krashen, só é colocado em prática em duas condições fundamentais: a) foco na forma e b) conhecimento das regras.

Isso é, o falante só se corrigi se tiver consciência do seu erro.

  1. – O Filtro Afetivo

A hipótese do filtro afetivo se baseia na observação de que a pessoa com atos positivos em relação a língua estrangeira terão mais facilidade em aprender. Com isso o input recebido entrará na parte do cérebro que é responsável pela obtenção da linguagem.

Transportado para a sala de aula, vê-se que a situação ideal para o ensino é aquela que quebra barreiras psicológicas como ansiedade, a inibição ou falta de confiança, favorecendo assim uma busca e recepção maior do input. Assim vemos que o melhor professor de língua é aquele que pode tornar o input o mais compreensível possível.

Krashen finaliza que aquisição é mais importante que aprendizagem e diz que as duas circunstâncias fundamentais para aquisição são: 1) exposição suficiente a input compreensível, isto é, estruturas um grau além do nível atual; 2) um baixo filtro afetivo que permita a assimilação do input compreendido.

  1. – CARACTERÍSTICAS DE UM ÓTIMO INPUT

As características mostradas são requisitos julgados imprescindíveis em qualquer material ou atividade que vise aquisição de linguagem como processo subconsciente.

  1. – Um ótimo input deve ser compreensível

Essa é a mais importante das características do input, pois sem compreensão da mensagem, não haverá aquisição. Input incompreensível, não interpretável pelo adquirente. Daí o insucesso de programas educativos de rádio e televisão em ensinar língua estrangeira.

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