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Resumo Do Livro "A Língua De Eulália"

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Por:   •  7/8/2014  •  746 Palavras (3 Páginas)  •  1.943 Visualizações

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Resumo do livro “A Língua de Eulália”

Em sua obra Marcos Bagno, pesquisador e estudioso na área de sociolinguística, mostra e desfaz mitos e preconceitos relativos a língua, além de debater sobre a língua padrão, variedades, conhecimento, erro e mudanças, partindo de observações feitas desde a língua de Eulália, ex-empregada e amiga de Irene, até o latim. Através da personagem Irene, que é uma estudiosa da língua, e três universitárias, o autor apresenta, de forma didática, uma visão ampla da linguística, entrelaçando a sociolinguística, a fonética, a fonologia, a morfologia etc.

A professora Irene, personagem principal do livro, recebe em sua casa nas férias de julho, sua sobrinha e duas amigas dela da faculdade. As meninas acham engraçado o modo de falar de Eulália, amiga de Irene, que usa termos como: véio, trabáio, cuié, broco, grobo... Assim o autor inicia uma discussão sobre português padrão (PP), português não padrão (PNP) e variedade linguística, colocando de imediato que “a fala de Eulália não é errada: é diferente. É o português de uma classe social diferente da nossa.”.

Através de uma série de explicações Irene mostra que o português não é a única língua no Brasil, além das línguas indígenas e dos imigrantes há uma grande variação do português, como os linguistas dizem “toda língua muda e varia”. A personagem também resalta a criação da norma padrão a qual somos submetidos quando entramos na escola e como as pessoas que usam o português não padrão, que são tratados como deficientes linguísticos e inferiorizados, tem dificuldade em aprender o PP.

Apesar das pessoas do PP terem grande preconceito com os falantes de PNP, elas não percebem, ou fingem não ver, a mudança histórica nas palavras, não só no português, mas no espanhol e francês (que de certa forma influenciam o português) e sua economia e facilidade. Os gramáticos tentam impedir a evolução dessa língua por ser uma língua de pobre. Claro que o PP deve ser usado em momentos importantes sem “erros”, mas no dia a dia não deveria pesar tanto, já que o PNP é o dominante, e infelizmente tem um grande preconceito político e social.

Com relação à educação, devemos educar as crianças dando a elas a chance de se descobrirem e nos ensinarem também. Precisamos modificar nossa maneira de encarar o PNP, sem preconceitos que atrapalham nossa visão dos fenômenos linguísticos, além de transformar nossa maneira de trabalhar com a própria norma padrão, assim como Bagno (2006, p.63) diz através da personagem Irene que:

É importante que nós, educadores, tenhamos em mente que o português não padrão é diferente do português padrão, mas igualmente lógico, bem estruturado e que ele acompanha as tendências naturais da língua, quando não refreada pela educação formal. O PNP não é “pobre”, “carente” e nem “errado”. Pobres e carentes são, sim, aqueles que o falam, e errada é a situação de injustiça social em que vivem.

Devemos ensinar os alunos escreverem de acordo com a ortografia oficial, mas não podemos fazer isso tentando criar uma língua “artificial” e reprovando as pronuncias que são um resultado natural das forças internas que governam o idioma, inclusive nas suas variedades cultas.

Aquilo que parece

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