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Resumo do livro de Celso Furtado: Formação Econômica do Brasil

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Por:   •  11/7/2013  •  Seminário  •  2.835 Palavras (12 Páginas)  •  1.131 Visualizações

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Resumo do livro de Celso Furtado: Formação Econômica do Brasil

Inicio da Colonização e Exploração da Cana-de-açúcar

O surgimento da exploração econômica brasileira se deu através da colonização, que visava e primeiro momento a exploração de especiarias e produtos tropicais. A exploração associada com o monopólio comercial exercido pelos portugueses fez com que Portugal lucra-se muito mantendo assim a empresa colonial agrícola ao longo dos primeiros anos de ocupação, mas tarde foi implementada, onde hoje se situa o nordeste, a atividade canavieira, produto esse de grande valor no mercado Europeu. A produção de cana-de-açúcar exemplifica o modelo comercial usado no Brasil durante o decorrer do século XI, modelo esse que se baseava no Latifúndio (grande propriedade de terra usada extensivamente pra agricultura), Monocultura (produção de um único produto visando alto lucro) e Trabalho Escravo (Proveniente da África). Além claro do Pacto Colonial que delimitava as relações econômicas do Brasil apenas com Portugal.

Entre o século XVI e meados do XVII, a cana-de-açúcar foi o principal produto de exportação do Brasil. Portugal em parceria com a Holanda (a cana-de-açúcar era produzida no Brasil, levada para Europa pelos Portugueses e passava pelo processo de refino e venda pelos Holandeses) conseguia obter ótimos lucros. A anexação do Reino de Portugal a Espanha deu fim a relação com a Holanda, motivando a invasão por parte dos Holandeses do nordeste (maior região produtora de cana) em 1630. Até meados de 1654 os Holandeses acabaram por obter os conhecimentos sobre a produção do açúcar, que levou mais tarde após a expulsão deles do nordeste todas as técnicas Brasileiras para as Antilhas que se tornaram adversários do Brasil na produção da cana-de-açúcar. Essa questão fez com que a produção canavieira entrasse e declínio no país, que agora já não mais monopolizava a mercado internacional aonde o açúcar vinha se tornando cada vez mais barata. É notório que até os dias de hoje a economia nordestina se vê estagnada por conta deste fato que simplesmente desfalcou a produção canavieira para outros países e congelou a economia nordestina.

A interiorização da economia nacional

Em meio à queda da economia nordestina, da quase inexistência produtiva do sudeste e desconhecimento da região delimitado pelo Tratado de Tordesilhas (Tratado assinado entre Portugal e Espanha que dividia o mudo em duas áreas de exploração, onde cada país dominava sua área de influência). Surge no país a necessidade de explorar novos campos que substituíssem a cana-de-açúcar. No nordeste houve a tentativa de explorar o algodão, mas não deu certo! Eis que surgem os movimentos de bandeira em São Vicente (Hoje São Paulo) que em paralelo aos jesuítas expandindo assim as fronteiras do país. Naquele momento do século XII o Reino de Portugal estava anexado ao da Espanha, fato que possibilitou o contorno do Tratado e consequentemente a expansão do território Brasileiro delimitado ao leste e agora aberto ao oeste. As bandeiras chegaram até as fontes de mineiro e fundaram as cidades locais que naquele momento tinham importante papel no abastecimento dos novos descobridores do Brasil, nesse contexto surgiu à pecuária que auxiliou no transporte do ouro e no desenvolvimento da produção de uma nova atividade que era a criação do mesmo.

A atividade pecuária junto a mineração expandiu o que é atualmente o sudeste e o centro-oeste do país, levando pra essa região população de diferentes gêneros éticos (portugueses, mestiços e índios) e o desenvolvimento local. Acima de qualquer coisa essa expansão territorial teve grande importância no sustento econômico do país naquele momento. Cabe ainda observar a as missões jesuítas que tiveram grande importância pra a descoberta da região amazônica de onde eram tiradas as drogas do sertão (castanha do Pará etc) para exportação.

Crise do Sistema Econômico Colonial

A expansão das atividades econômicas no interior do país se deu através da pecuária e mineração, que impulsionaram o mercado interno. Esse crescimento gerou conflitos entre colonos e a metrópole, visto que os colonos antes resignados ao exclusivo comercial (ou Pacto Colonial) passaram a ter interesse em aumentar seus negócios, porém o Pacto Colonial passou a ser um empecilho nesse processo, trazendo assim a crise do sistema colonial. A Inglaterra, que passava pelo processo de Revolução Industrial e naquele momento buscava mercado consumidor , serviu como peça pra fortalecer a pressão exercida pelas elites brasileiras contra o Pacto Colonial. Nesse contexto surgiu a Inconfidência Mineira (revolta da Elite Mineira que buscava a instauração da republica e o incentivo as manufaturas e a universidades no Brasil) e Conjuração Baiana (Movimento de caráter social e popular, decorrente na Bahia, tinha como base as idéias da Revolução Francesa e da própria Inconfidência Mineira). A transferência da família real de Portugal para o Brasil no inicio do século XVIII, foi determinante para queda do Pacto Colonial, uma vez que uma das primeiras medidas foi a Abertura dos Portos, que possibilitou o país a manter comercio com outros além da própria metrópole. Esse fato beneficiou não só o Brasil, mas sem dúvida alguma o maior “ganhador” foi à Inglaterra que passou a inundar o Brasil a partir desse momento.

Cafeicultura no Brasil – Do inicio ao Fim

A Cafeicultura surgiu no Brasil no inicio do século XVIII, mas só tornou-se produto de exportação lá pelo século XIX, e teve as mesmas bases da produção da cana-de-açúcar, ou seja, Latifúndio, Monocultura e Trabalho Escravo. Em primeiro momento a atividade se concentrou Vale do Paraíba (Região que cobre os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) isso ocorreu por conta da oferta de terras e a proximidade do porto do Rio de Janeiro, fora a disponibilidade de mão de obra escrava. A utilização desenfreada dos recursos do Vale do Paraíba associado a proibição do trafico de escravos (Lei Eusébio de Queiroz de 1850), Fez com que a produção cafeeira entrasse em declínio nessa região. Naquele momento, precisamente na metade do século XIX o café era a mais importante peça de exportação nacional e se “viu perdida” por conta da inviabilidade do Vale do Paraíba e pela falta de mão-de-obra, neste contexto surgiu a produção no Oeste Paulista baseada em um novo sistema que novamente dinamizou o café no país.

A terra roxa (terreno altamente fértil e resistente para produção em larga escala), a utilização da mão-de-obra livre proveniente da Europa,

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