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SUBJETIVIDADE E IDENTIDADE DO PROFESSOR DE PORTUGUES (LM)

Por:   •  23/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.834 Palavras (8 Páginas)  •  181 Visualizações

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Universidade Estadual de Londrina

Professora: Claudia

Aluna: Rita de Cassia cordeiro Rosa dos Anjos

Curso: Licenciatura Letras Português

Turma 4000

Linguística Aplicada

Resumo: SUBJETIVIDADE E IDENTIDADE DO PROFESSOR DE PORTUGUES (LM)

MARIA JOSE R. FARIA CORACINI

(UNICAMP)

 Resumo

            O presente trabalho tem como objetivo entender o conhecimento que buscamos para compreender de que forma acontece o processo de identidade e subjetividade no mundo do ensinar e aprender.  

            A autora nos mostrara uma reflexão sobre a questão  da necessidade dos professores conhecerem  seus próprios processos de ensinar como uma guia decisória na hora de compreender a pessoa que esta transmitindo  o conhecimento, o aprender e o objeto que é construído entre os dois, o que ensina e o que aprende. A subjetividade está vinculada ao processo de trajetória individual, como uma busca em que cada individuo tem de definir a si mesmo, confrontando-se ao mesmo tempo com os inúmeros contextos sociais.

              A ideia do individuo soberano se deu a partir do Humanismo Renascentista do século XVI e o Iluminismo do século XVIII, estando ate hoje como fonte a ser seguida na cultura ocidental, nas ciências e no ensino de línguas. Entretanto, o Iluminismo aparece com novas ideias, quebrando o paradigma do Homem, ser racional, individuo (in-diviso) acreditando que Deus é o centro do mundo, e todas as coisas fora criada por ele. Nasce então o sujeito humano, com capacidades particulares e de sentimentos próprios de sua identidade humana. A identidade é o que nos diferencia um dos outros, entretanto, cada indivíduo constitui uma entidade unificada em seu próprio interior, uma entidade própria e consciente.

               Descartes, defendia a dialética de que o sujeito individual, era constituído por sua capacidade para raciocinar e pensar no centro da mente (Cogito, ergo sum – Penso, logo existo). Diante disso surge com base no dualismo mente e matéria, o sujeito cartesiano que é o sujeito racional, pensante e consciente.

               No século XVIII surgi a imagem social do sujeito, um cidadão cada vez mais envolvido com as questões burocráticas do Estado moderno. Na metade do século XX já no pôs-modernidade acontece o descentramento final do sujeito cartesiano, mas que ainda permanece nas instituições e na estrutura do poder da modernidade. Todo esse processo de descentramento segundo Hall (1992) foi provocado pela psicanálise em que o indivíduo é definido tanto pela singularidade quanto pelo aspecto social do sujeito, e pela compreensão das micro-relações sociais como relações de poder, em que o objetivo se dá sempre através de controle e de verdade. A identidade, a sexualidade e a base dos nossos desejos, segundo Freud (apud Hall: op.:40) são formadas com base em processos psíquicos e simbólicos do inconsciente. Assim Freud define a subjetividade como produto de processos psíquicos inconsciente.

                De acordo com Lacan, psicanalista francês a formação do eu no olhar do outro inicia a relação da criança com os sistemas simbólicos fora dela mesma, sistemas esses que são internalizados de modo a constitui-la.

               A identidade permanece sempre incompleta, sempre em processo, sempre em formação, ou seja, é um processo que está o tempo todo em andamento.

              Para Foucault (1979) o descentramento da identidade e do sujeito se dá através do poder disciplinar, que tem como objetivo manter sob controle a vida, as atividades, o trabalho, os prazeres e as infelicidades do indivíduo, com base no poder dos regimentos administrativos, do conhecimento fornecidos pelas Ciências Sociais. Sendo assim, quanto mais coletiva e organizada for a natureza das instituições da pós-modernidade, maior será o isolamento e a individualização do sujeito (Hall. Op.cit.: 47-48).

 

II – A IDENTIDADE DO PROFESSOR DE LINGUA MATERNA

               O sujeito se constrói pelo outro e se vê pelo olhar dos outros, é a partir desta premissa que buscaremos entender as representações que o professor tem de si, de sua profissão (seus compromissos, suas tarefas, seus desejos…) e como o aluno e o livro didático veem o professor.

AUTO-REPRESENTACAO

               O professor da atualidade tem que estar atento as transformações tanto na área digital como também em relação as outras áreas, como a psicologia para poder entender e ajudar os alunos em situações adversas tanto na escola como no polo familiar, que futuramente possam vir atrapalhar o seu desenvolvimento educacional. Outros papeis de destaque do professor é o de herói, que além de salvar o aluno das doenças do intelecto, terá que o salvar também das doenças da modernidade, chamadas de doenças da alma, que provem do vícios das drogas e o de missionário que faz com que o educador eduque a maneira do religioso, como se estivesse evangelizando o aluno. O professor destaca-se também como ator, graças ao ensino comunicativo de línguas. Ao mesmo tempo que o professor é valorizado como um herói, um salvador da pátria é também desvalorizado, resultado da realidade social que sofre constantes mudanças.

REPRESENTACAO DO PROFESSOR PELO OUTRO – ALUNO LIVRO DIDATICO

               O professor é visto pelos alunos como herói, como protetor das dificuldades sociais e como vítima e sofredor da sociedade, sendo que ao mesmo tempo é caracterizado como insuportável, autoritário, mal-educado, incompetente e desocupado. Além de todas essas características positivas e negativas impostas ao professor, não se pode esquecer que os livros didáticos, tem uma responsabilidade significativa na imagem do profissional, em que é visto como um despreparado, um incapacitado de realizar, construir e decidir sozinho, as atividades para serem ensinadas nas instituições educacionais, sendo que  o livro didático chega nas escolas totalmente elaborado com as mais variadas ideologias, pronto para que o professor seja apenas um porta- voz desse material, seguindo toda uma estrutura imposta por uma sociedade que valoriza um ensino utilitarista ou pratico, no qual o aprender se torna básico e fácil para se chegar a um objetivo profissional e social.

               Com tudo, podemos observar que o professor é considerado como um mero instrumento no meio do ensinar e aprender, perdido na sua própria identificação como profissional e confuso ao poder identificar-se com as novas tecnologias digitais, sem que tenha uma legitimidade própria e objetiva para poder ensinar da melhor forma possível os seus alunos.

CONCLUSAO

                A subjetividade e identidade do professor é um  processo em que o indivíduo busca  em  si mesmo uma definição própria para poder entender de que forma poderá confrontar os inúmeros contextos socias, impostos por uma sociedade que exige uma postura profissional do professor, sem que seja dado a esse profissional, legitimidade para poder ensinar os alunos de forma que o aprender não se torne apenas uma obrigação imposta por uma ordem social.

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