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Transição literária - Lima Barreto

Por:   •  5/3/2017  •  Resenha  •  870 Palavras (4 Páginas)  •  509 Visualizações

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Transição literária (1902 – 1922)

O pré-modernismo foi um período da literatura brasileira que teve seu desenvolvimento nas décadas de 1910 e 1920. Muitos estudiosos da literatura brasileira afirmam que foi um período de transição entre o simbolismo e o modernismo propriamente dito. Não chegou a ser, de fato, um movimento artístico com características próprias, porém, foi marcado por uma literatura progressista voltada para o presente e que negava o Brasil literário exaltado pelo realismo e parnasianismo. O foco estava voltado para os aspectos socioculturais.

Durante os primeiros anos da República Velha – período referente ao final do século XIX e as duas primeiras décadas do século XX (1895 – 1920) -, São Paulo tornou-se uma espécie de sede da burguesia cafeeira, constituída de fazendeiros enriquecidos que – preferencialmente – construíam as suas mansões na recém-inaugurada Av. Paulista. Na época, o Brasil era governado pela política do café-com-leite, que se constituía de um revezamento de políticos de origem mineira e paulista na presidência da República. O momento histórico das duas primeiras décadas do século XX fez surgir uma literatura social, cuja ênfase recaía sobre a análise da realidade nacional com preocupações socioculturais. Voltada para os problemas concretos do país, essa nova literatura buscava o nacional autêntico. O pré-modernismo teve como marco inicial as publicações de Canãa, de Graça Aranha, e Os Sertões, de Euclides da Cunha, ambos em 1902. A realização da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, em 1922, marca o final do período e o início do movimento modernista no Brasil.

Lima Barreto

Barreto (1881 – 1922) nasceu na cidade do Rio de Janeiro e, atualmente, é considerado um dos grandes nomes da literatura brasileira pelas suas críticas direcionadas à sociedade carioca do século XX. Durante a infância, sofreu por ser pobre e mulato, sua família era humilde e acabou por perder a mãe precocemente. Levou uma vida difícil, trabalhou como funcionário público e jornalista e, com isso, se transformou em um grande crítico social. Em suas obras, abordava o povo das classes mais baixas, a pobreza e o sofrimento contido no subúrbio carioca da época. Sua obra de maior impacto foi, ‘’Triste fim de Policarpo Quaresma’’ (1915) que retrata a vida de um homem aposentado, patriota fanático que dedica a sua vida a cultura brasileira e à ideologia do país como potência mundial. A obra de Lima Barreto faz jus ao período pré-modernista por respeitar códigos literários de movimentos anteriores e apresentar uma linguagem nova e mais arejada em relação aos predecessores. Barreto foi criticado pelos profissionais de Letras da época por sua maneira fora dos padrões de escrever, sua obra só foi efetivamente reconhecida após a sua morte. Teve uma vida sofrida, passou por discriminações e falhou em suas três candidaturas à Academia Brasileira de Letras; diante dos fracassos, tornou-se adepto da vida boemia e do consumo do álcool, o que lhe rendeu alucinações e internatos no hospício.

Triste fim de Policarpo Quaresma

O personagem principal de nome homônimo ao livro, Policarpo Quaresma, tenta a todo momento provar o seu nacionalismo com planos que visavam enaltecer o Brasil como um todo; são três sonhos que abordam a percepção acerca do patriotismo de Quaresma, o primeiro faz relação a tentativa de aprender a tocar violão – símbolo das modinhas brasileiras e cultura social. No segundo sonho, Policarpo se muda para um sítio, onde busca viver apenas do que planta e assim provar que poderia sobreviver apenas com o que sua terra dá. Na terceira parte, o patriota ingressa no batalhão de Floriano Peixoto

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