A Importância da dança não se resume apenas nos movimentos coordenativos

INTRODUÇÃO

O presente estudo se apresenta com o âmbito de elucidar os diversos benefícios que dança traz a vida de seus praticantes, não somente em termos coordenativos, mais também em sentidos psicomotores, sociais e cognitivos de forma de agregante. É certo que a dança é uma grande válvula de escape no que diz respeito a educação e disciplina, além também de ser um favor imprescindível nas práticas saudáveis do dia-a-dia, ou ao menos deveria ser.

A educação física trata seus adeptos de forma com que eles trabalhem seus corpos e mentes de forma simultânea, e adjunta a ela, outros fatores poderão ser agregados, como o conhecimento teórico e pratico em termos sociais e culturais através das práticas corporais como a dança. Ainda é perguntado como a dança esta fora das grades da maioria das instituições de ensino, mesmo sabendo de todo seu valor e de tudo aquilo a qual pode acrescentar na vida dos educandos.

Talvez não existam muitos nomes capacitados a lecionar esta disciplina que é um grande ponto a favor de quem a pratica, porém se ensinada de forma incorreta ao invés de acrescentar, a dança poderá ser um favor que irá ter efeito reverso no aprendizado dos alunos, ou caso não, poderá ser um aprendizado bem limitador. Pois para que a evolução seja constante, o aprendizado e os estímulos também deverão ser.

Um favor preponderante que desvia o interesse das pessoas pela dança é o preconceito, principalmente no caso dos meninos, na concepção da grande maioria deles a dança é coisa de mulher, comentários como esse são frequentes no meio de quem trabalha com a dança, muitas vezes para os mesmos os movimentos executados pela dança são demasiadamente femininos, devido a fatores e argumentos como este, os meninos muitas relutam em participar.

Nas praticas corpóreas, os praticantes aprendem o controle do corpo e das expressões, obtém gradativamente conhecimentos relacionados aos respectivos estilos aos quais praticam, e gradualmente aumentam seu grau de dificuldade, disciplina e respeito. Tudo isso não só com os professores, mas também com os próprios colegas, tornando a dança uma fonte primordial na socialização, integração e educação consigo mesmas e com outros em seu meio.

DESENVOLVIMENTO

A importância da dança não se resume apenas nos movimentos coordenativos, ela é um fator de potencial imensurável no que diz respeito a agregar fatores positivos na vida dos alunos e praticantes. Por meio da dança, o aluno acaba encontrando um meio para relacionar-se com o mundo, e acaba desenvolvendo suas noções de espaço e tempo, além da própria linguagem corporal, como nos relatam Maciel e Fernandes:

O Movimento junto com a linguagem corporal é uma forma de conhecimento. Representa uma forma de relacionar-se com o mundo para pertencer a ele. É um ato pessoal, consciente, intencional, significativo e expressivo.

(MACIEL; FERNANDES, p.102, 2014)

Sendo assim por meio dela conhecemos melhor a nós mesmos, o espaço em que vivemos e estamos e também a nossos corpos, este é apenas um dos fatores pela qual a dança é importante, lembrando que é parte significativa da educação física. Cabe também ao professor observar e avaliar a evolução dos alunos respeitando sempre a individualidade biológica de cada um.

Observar e avaliar a evolução dos educandos é um fator importante, pois quando a dança como dito anteriormente, cada um é cada um, todos têm a sua respectiva individualidade portando assim caberá ao professor dar a cada um o estímulo necessário, permitindo assim que a evolução da criança seja crescente e continua. Porém a qualidade do desenvolvimento não dependerá somente dos estímulos dados em aula, mas também a forma como a criança se relaciona com outros em seu meio.

A qualidade do desenvolvimento infantil dependerá do tipo de estímulo a qual a criança for exposta, que dependerá, por sua vez, dos vínculos com os adultos relevantes para ela e, por conseguinte, tais níveis dependerão do seu nível de pertencimento ao entorno – creche, escola, e vizinhos.

(MACIEL; FERNANDES, p.100, 2014)

Assim é fácil compreender porque a dança vai além do ritmo e da musicalidade, é um fator importantíssimo que deveria sim ser mais valorizado, até mesmo pela própria educação física, pois é também uma forma de expressão e causa prazer a aqueles que fazem uso de sua pratica.

A educação rítmica está ligada a educação física. porque a auxilia na aquisição do senso estético. oportunizando a expressão íntima, a criatividade, facilitando a comunicação, possibilitando maior rendimento e energia, economia de esforço e facilitando a automatização pelo prazer da repetição.

(PAIVA, p.51, 2003)

Concomitante a isso, a dança faz com que a criança pense mais, raciocine mais, faz com ela desenvolve habilidades motoras como a lateralidade, o equilíbrio e crianças que têm essas destrezas motoras mais desenvolvidas tem um grau maior de facilidade para interpretar as coisas, assim tem um entendimento melhor das coisas, e pode interagir melhor com outros alunos, o que pode ser muito proveitoso para valorização da integração como enfatiza Ferreira:

[...] possibilita que o educando amplie sua capacidade de interação social, contribuindo, assim, para promoção de atividades de valorização, respeito à diversidade, apreciação de manifestações expressivas e culturais e melhoria da aprendizagem, uma vez que envolve e desenvolve os princípios psicomotores.

(FERREIA, p.79, 2005)

Portanto é de fundamental importância a presença do professor, de sua constante avaliação, para que quando a criança atinja um bom nível de evolução ela não caia na mesmice, e sim que, possa ser levada a um grau de dificuldade maior, dando a ela assim, um estímulo maior, para que a mesma possa encorajada a continuar. Tudo isso é trabalho do professor portanto é de extrema necessidade que o professor seja capacitado para designar suas respectivas funções.

Por exemplo, haverá um momento em que a criança terá uma maior assimilação de seus movimentos, assim não haverá porque o professor deixar com que crianças com esse grau de percepção corporal elevado fiquem imitando coreografias da tv, vídeos ou dvd’s, por exemplo, como afirma (Marques, 2012) “Aprender repertórios não é, absolutamente, “errado”, mas certamente uma forma bastante limitada de trabalhar a dança

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