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ATPS 1 etapa

Por:   •  14/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.436 Palavras (6 Páginas)  •  173 Visualizações

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Etapa 2

Variações linguísticas

O capitulo em estudo tem como objetivo tratar a questão referente à linguagem humana e sua relação com a sociedade.

A língua e a linguagem verbal e uma construção humana e histórica, e a forma como ela é utilizada pelo individuo, constituem uma comunidade e organiza sua identidade.

A língua é dinâmica por isso sofre variações histórica, culturais, regionais e sociais.  

Segundo o pai da linguística, Ferdinand Saussure, a linguagem tem um lado chamado de fala, que é individual, imprevisível de natureza heterogênea, e outro lado social, denominado de língua, esse é dotado de ordem e sistematização.

Evidenciamos isso na prática ao observar o sistema brasileiro, onde todos usam o mesmo sistema linguístico, que é o português brasileiro, formando nossa identidade social, mas, no entanto as falas brasileiras são plurais, por conta das diversidades culturais, das diferenças sociais e pelas dimensões continentais. Assim a fala brasileira é diversificada, individualizada, heterogênea.

Vários mitos aparecem em afirmações sobre a língua Portuguesa, e o autor Bagno, os denomina de mitologia do preconceito linguístico.

 Quando se afirma não existir dialetos no Brasil, e que a língua portuguesa apresenta uma unidade, nega-se a diversidade linguística, descriminando a variedades de falas presente no Brasil, decorrentes da origem geográfica, situação socioeconômica, grau de escolarização, e da idade.

 A sociolinguística nasce para estudar as individualidade e multiplicidade de falas e contribuir para compreensão da língua, a partir da relação com a sociedade e de como o contexto e os relacionamentos sociais fazem com que ela varie mude.

A linguagem é a soma da língua e da fala, seu principal objetivo e a comunicação entre os indivíduos, o que nos permite interagir com outras culturas, a língua organiza a sociedade e a fala faz com que a língua varie de região para região, evolua de acordo com o contexto e se modifique através do tempo.

As diferenças linguísticas e variedades do português brasileiro ocorrem em todos os níveis da língua: lexical, fonético, morfológico, sintático e pragmático e os fatores determinantes são: Geográfico, social e sociocultural e do contexto.

A variação fonética se caracteriza pelos diversos sotaques existentes no Brasil, e pode ocorrer no nível do seguimento com a exemplificação da consoante, ou da vogal, com fechamento ou abertura, como no caso (o) pelos nordestinos, nível suprassegmental e a forma como se junta às palavras, o tom da voz, aumentada ou diminuída e a ênfase que se coloca em algumas sílabas, ditam o ritmo e a entonação da fala que varia muito nas diversas regiões do país. Também encontramos diferenças na fala no nível gramatical com uso de pronomes, falta do artigo, variação semântica, variação sintática e uso de expressões.

A variedade linguística se relaciona com a identidade dos falantes, com a organização social e a cultural da comunidade, também e percebida entre as classes sociais, faixa etária ou sexo.

A diferença da linguagem do grupo do nível de baixa escala social e observado pelo uso dupla negação, trocam (r) no lugar de (L), a marcação do plural.

 No grupo de falantes de faixa etária, é observável que os jovens têm como característica o uso de gírias, contudo a gíria também costuma ser usada por pessoas que não são tão jovens, isso por que as gírias envelhecem com as pessoas.

A linguagem entre os diferentes sociais e da idade ocorrem juntas e pode levar a um rompimento da comunicação, como quanto um jovem, se dirige usando gíria, para falar com uma a uma pessoa mais velho.

A variação da linguagem da mulher em relação à do homem gera muito preconceito. Ao usar certos itens lexicais, estrutura gramatical, adjetivos, entonação, perguntas ao final da afirmação remetem a fraqueza e insegurança apontando a mulher como sexo frágil.

 São linguagem especial, as gírias e os jargões. Os jargões são termos específicos utilizado e compreendidos apenas pelos profissionais que domina o assunto, como a linguagem dos médicos, astronautas, pedagogos entre outros. Apesar de essa linguagem ter valor comunicativo elas excluem as pessoas, pois usam termos muito específicos.

As pessoas em geral têm diferentes ritmos e formas de falar, o que vai determinar a forma como se expressar é a situação que pode ser mais formal, exigindo comportamento linguístico monitorado e adequado ao contexto, ou linguagem menos informal, quando a pessoa está em ambiente familiar, em grupos de amigos em momentos de lazer.   Quando a linguagem não atende determinadas convenções sociais, gera conflitos, rejeição e repreensão.

O preconceito Linguístico é fruto de uma tradição nos leva acreditar que só as regras gramaticais contidas nos livros estão corretas e que as formas que fogem a essas regras estão erradas. Mas essa concepção de certo e errado é muito relativo, pode mudar, basta que alguém de prestigio utilize para ser considerado certo.

Assim não existe o errado, mas o diferente, onde regra deixa de ser prescrição e passa a ser uma sistematização linguística do falante para atender sua comunidade linguística.

 A norma refere-se à convenção estabelecida dá por uma comunidade pelo uso, e varia de acordo com o os hábitos e nível de escolar.

A gramática sistematiza uma norma linguística para preservar a língua, é conservadora e contra a inovação dos falantes.

 Assim ao eleger uma variedade linguística considerada coma mais pura superior às outras e cria-se uma norma explicita que se sobrepõe as normas implícitas criando- se a norma padrão que passa a ser considerada como a forma correta de usar a língua e o descumprimento dessa regra é considerada como erro de português.

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