Autismo: Fatores ambientais

AUTISMO: FATORES AMBIENTAIS

         Pesquisas têm mostrado que a incidência de casos de autismo no mundo vem aumentando a cada ano. Na década de 80 era 1 caso em 10.000 nascimentos. Atualmente está 1 para cada 50 nascimentos. O autismo já passa a ser considerado uma condição comum.

O aumento dos casos de autismo não deve-se unicamente a fatores genéticos. Pesquisas atuais começam a mostrar que os fatores ambientais representam um papel importante na epidemia de doenças dentro do espectro.

A hereditariedade explica apenas 50% da probabilidade de um indivíduo desenvolver o transtorno. Os outros 50% são explicados pelos fatores ambientais.

Uma pesquisa realizada na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, estudou pares de gêmeos idênticos. Por gêmeos univitelinos compartilharem quase os mesmos DNA, se um dos gêmeos tivesse autismo, o outro provavelmente também desenvolveria, de acordo com a genética. Mas não foi o que se observou. Após examinar 192 pares de gêmeos, conclui-se que gêmeos fraternos eram mais propensos a desenvolver autismo. Tal fato demonstrou que haveriam outros fatores que poderiam desencadear o autismo, uma vez que gêmeos bivitelinos compartilham apenas metade do seu DNA. Surgiu então a suspeita de que fatores ambientais sejam responsáveis pelo número crescente de casos de autismo. Os estudos observaram que:

"A suscetibilidade ao TEA (transtorno do espectro do autismo) tem origem genética moderada e um componente ambiental substancialmente compartilhado".

Embora não se possa afastar a probabilidade genética, deve-se associá-la a fatores ambientais podendo citar, por exemplo, o uso de antidepressivos pelas mães antes ou durante a gestação, a exposição a poluição, o tabagismo, a carência de vitamina D, exposição a fatores /substâncias que causam má formação congênita (uréia, ácido retinóico, metais pesados etc.), obesidade, diabetes, pressão alta.

Ainda há muito o que se descobrir sobre o autismo e suas causas. As causas concretas ainda não foram descobertas. Os estudos avançam nessa direção e aparentemente é a direção certa a se seguir.

Fonte:

http://veja.abril.com.br/saude/fator-ambiental-e-tao-importante-quanto-o-genetico-para-risco-de-autismo/

https://www.medifels.com.br/single-post/2017/02/26/Autismo-uma-Epidemia-Silenciosa---Sua-liga%C3%A7%C3%A3o-com-Aspectos-Ambientais-Flora-Intestinal-e-Vacinas

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