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Recordação da alfabetização

Por:   •  25/10/2015  •  Resenha  •  438 Palavras (2 Páginas)  •  267 Visualizações

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RECORDANDO A ALFABETIZAÇÃO

É inesquecível a qualquer pessoa o mergulho inicial no mundo alfabetizado. A construção de pequenas palavras que associadas, ainda que sem coerência para qualquer leitor já imerso nesse universo, representa para os iniciantes uma descoberta incrível e o aprimoramento da linguagem verbal.

As recordações desse período de descobertas são peculiares a cada sujeito dado que o método empregado para a alfabetização pode variar tempo/espaço, sendo o aluno introduzido por um professor ou um parente, como ouvinte ou observador. Fato é que todos tem guardado na memória a lembrança desses primeiros passos e a imagem daquele que descortinou o mundo dos símbolos e o introduziu a um novo universo, transformando-o em sujeito melhor aceito na sociedade.

Recordo-me de minha primeira professora a quem chamávamos de tia Cida, das suas aulas estimulantes regidas pela cartilha, nos idos de 1986, tempos de um Brasil que alfabetizava seguido e regido por regras, onde o professor era o detentor de todo o conhecimento, e ao aluno cabia acatá-los e aplicá-los em sua vida cotidiana.

Nessa época, em um país menos preocupado com PIB e números, o ensino público da pré-escola era basicamente a modelagem de massinhas, o treinamento em caligrafia, a escrita do próprio nome e aulas de números ordinais que iam do 0 ao 9, sendo que cada número assemelhava-se a uma figura, dada a facilidade de memorização do conteúdo, típico da época em que fui alfabetizado.

Tive a facilidade de chegar menos cru na pré-escola devido a estímulos produzidos em mim por minha mãe e outros familiares que tentaram sem nenhuma didática ensinar-me algo a respeito da alfabetização. Na verdade pouco aprendi, mas a curiosidade despertada me fez aproveitar ao máximo aquelas aulas da pré-escola.

Já na 1º série do ensino fundamental com a tia Cida, as aulas agora começavam a fazer sentido. Recordo-me das ilustrações da cartilha e das aulas de junção de sílabas que começavam a tomar forma, mostrando-me que o macaco não se resumia a um ser apenas, e sim se revelava a mim agora como uma junção de símbolos, eu podia agora criar o ma-ca-co, em qualquer espaço a qualquer tempo.

Para resumir essa fase importantíssima para mim, e creio que todos devem ter uma boa recordação dessa época, eu diria que o estímulo que obtive antes dos 06 anos por parte de minha família, despertou em mim o desejo do conhecimento. Encontrar a professora Marilda na pré-escola com seu desenho de número 7 em forma de martelo, e a tia Cida da 1º série, com sua cara de senhora sisuda (na época não sabia que esse era o nome dado a pessoas com comportamentos mais sérios) e insistente em dizer:

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