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Reforma Ensino Médio

Por:   •  18/10/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.463 Palavras (6 Páginas)  •  265 Visualizações

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Pedagogia

NOVA REFORMA  DO   ENSINO MÉDIO

Nomes:                                            RA

Bianca Giovanna de Moraes                                 C930EF- 9        

Fernanda Prates dos Santos                                C95261- 3

Geovana Caroline Missão                                N850DH- 0

Maria Leticia Quaglio Vigo                                D063FJ- 7

                   Disciplina: Didática do Ensino Médio

 Profº Marcelo Araújo

Unip Campus Ribeirão Preto

        

3º semestre

2017

Reforma do Ensino Médio

Implementada pela Medida Provisória 746/16 e apresentada pelo governo federal em setembro de 2016, a reforma possui novas diretrizes para o ensino médio, havendo mudança na estrutura do sistema e permitindo que o estudante escolha a área de conhecimento em que deseja aprofundar seus estudos. O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional em fevereiro de 2017.

A carga horária estabelecida é de 1,4 mil horas anuais e as escolas farão a ampliação de forma gradual. O prazo estabelecido para que a reforma em questão seja implantada no ensino médio é de cinco anos, com mil horas anuais. A ideia também é que o ensino seja de tempo integral.

O currículo será definido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e está em processo de elaboração atualmente. As disciplinas obrigatórias serão Língua Portuguesa e Matemática, durante os três anos de ensino médio. As outras áreas de conhecimento chamadas de "itinerários formativos” são: I – Linguagens e suas Tecnologias; II – Matemática e suas Tecnologias; III – Ciências da Natureza e suas Tecnologias; IV – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; V – Formação Técnica e Profissional. As escolas não serão obrigadas a oferecer todos os cinco itinerários, mas pelo menos um deverá ser seguido, e o restante de forma optativa pelos alunos.

A oferta de matérias como Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física são obrigatórias nas escolas de ensino médio, mas é opção do aluno cursá-las ou não. A disciplina obrigatória no ensino de Língua Estrangeira será a língua inglesa, a partir do sexto ano do ensino fundamental.

A formação técnica e profissional poderá ocorrer juntamente com a carga horária do ensino médio regular, sendo necessário continuar cursando as matérias Português e Matemática até o final. Ao formar-se o aluno terá um diploma do ensino médio e um certificado do ensino técnico.

As mudanças poderão ser implementadas a partir de 2018, no segundo ano letivo de acordo com a data de publicação da Base Nacional Comum Curricular.

Motivos para ser contra a reforma

  • A proposta não teve um debate ou consulta à sociedade;
  • Notório saber: professores sem diploma específico ministrem aulas em disciplinas dos cursos técnicos e profissionalizantes;
  • Matérias como Filosofia e Sociologia passam a ser oferecidas de forma optativa pelo aluno;
  • As metas adotadas pela MP, foram baseadas em um projeto de 1996, considerado muito atrasado para os dias de hoje;
  • Nem todas as escolas de rede pública terão como oferecer todos os itinerários formativos, reduzindo o potencial de escolha do aluno;
  • Risco de ampliar as desigualdades educacionais, ou seja, a educação ser dualista: alunos com acesso ao ensino propedêutico e o restante à um ensino técnico de baixa qualidade;
  • Os estudantes não estão preparados para escolher uma trajetória. Muitos ainda terminam o ensino médio sem saber qual profissão seguir.

Sabemos que o ensino brasileiro necessita sim de uma grande reforma. A sociedade brasileira quer um ensino com mais qualidade, com profissionais competentes e valorizados e escolas com recursos necessários para um bom processo de aprendizagem, mas não é bem esta a realidade da reforma do Ensino Médio. A proposta não foi discutida, em âmbito escolar, por alunos, professores e especialistas na educação, tratando-se apenas de uma mudança imposta sem diálogo algum com a sociedade, caracterizando o que podemos nomear “reforma ditatorial”.

Inicialmente a proposta parece interessante, pois há um aumento da carga horário e quem seria contra os jovens estudarem mais? Ao pensar por outro lado com o congelamento de gastos por mais de 20 anos devido a aprovação da PEC 241, a educação ficará sem receber verbas por mais de duas décadas seguidas. Como será possível um ensino de melhor qualidade, um ensino em tempo integral, sem investimento algum? Isso apenas irá fazer com que o ensino seja cada vez mais precário.

Ao colocarem algumas disciplinas (Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia) como não obrigatórias não se pensou e não foi levado em conta quais serão os impactos causados por não cursar estas disciplinas que sabemos ser essenciais. A exclusão dessas disciplinas está ligada a “Escola sem partido”, que enxerga nessas áreas do conhecimento, agora censuradas, uma ameaça à direita e as às elites do país. 

Além disso, o Brasil está entre os países que tem um dos piores salários para professores. Com essa reforma, a situação ainda irá piorar, pois os professores terão que trabalhar mais e não serão devidamente recompensados pelo seu trabalho. Além disso, a medida prevê a contratação de “profissionais de notório saber”, ou seja, serão contratados professores sem a exigência de diploma. Isto significa mais precarização aos professores, fazendo com que a qualidade de ensino para os alunos caia drasticamente, além de promover a clara desvalorização de toda uma classe de trabalhadores que trazem consigo a responsabilidade de preparar jovens não apenas para seus futuros, mas também, para o futuro do país.

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