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A Atitude e Mudança de Atitude

Por:   •  17/4/2019  •  Dissertação  •  2.289 Palavras (10 Páginas)  •  252 Visualizações

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Introdução

         O presente trabalho visa discutir aspectos sobre o machismo e como ele também é reproduzido por mulheres, abordando como se iniciou tal atitude e como podemos muda-la.

“Machismo.” Def. 2e. Ideologia segundo qual o homem domina socialmente a mulher.

O machismo na Cultura Greco-Romana apenas os meninos tinham o direito de estudar (a partir de 12 anos), a mulher era "propriedade" do homem, e ele podia fazer com ela o que bem entendesse. Os filhos deviam se referir ao pai como senhor a mulher era obrigada a conservar a virgindade como a coisa mais sagrada de sua existência, o  homem ao largar as "vestes infantis", aos 14 anos, seu primeiro ato era ser acompanhado por um instrutor à um prostíbulo para assim se tornar um homem de verdade ,só eram consideradas mulheres honrosas aquelas que exerciam alguma atividade de salão (cantar, dançar, tocar instrumentos musicais, etc), já que passando seu tempo entretidas com as artes, não gastariam seu tempo com coisas que não deviam aos 12 anos, a menina era dada em casamento, passando assim de propriedade do pai, para propriedade do marido. Este por sua vez caso suspeitasse da infidelidade da esposa tinha total direito de abandona-la, e os filhos de mulheres adulteras eram considerados bastardos e não tinham direito a nenhum papel social.

Quando pensamos em machismo logo vem a ideia de ser o homem que pratique tal ato, parece meio controverso mas muitas mulheres são machistas. E seus posicionamentos se manifestam das mais variadas formas e intensidades.  Pode ser em família, em comentários que fazem a respeito de determinadas situações ou em atitudes em que se colocam e acreditam serem inferiores aos homens “menina tem que se cuidar”, “mulher precisa se dar o respeito”, “mulher tem que saber passar, cozinhar e lavar” e outras coisas do gênero.

Tudo isso levanta as seguintes questões:

  • Por que a reprodução do machismo por mulheres e um objeto de estudo da Psicologia Social?
  • Por que as mulheres reproduzem machismo?
  • Quais os mecanismos discursivos de reprodução e sustentação da ideologia machista?
  • Mulheres podem ser machistas mesmo não se beneficiando do machismo?

Portanto, evidencia-se que o objetivo central do presente trabalho é a análise dos aspectos a respeito do machismo reproduzido por mulheres, e também como essa atitude é formada e como se pode muda-la.  A compreensão dos dados levantados a respeito do tema contribui para a reflexão e compreensão sobre como o machismo é empregado pela sociedade minunciosamente e como podemos criar estratégias para mudar tal atitude, assim obtendo o comportamento desejado.

Atitudes

As atitudes são formadas através do processo de socialização, onde a mesma possuí seus afetos pró ou contra um objeto, o que não liga necessariamente ao comportamento, pois uma pessoa pode ou não agir de acordo com seus sentimentos. Podemos considerar as atitudes como disposições comportamentais, essas podendo explicar as ações humanas

         Já para Znanieck, (1918. p.84) definiu como estudo cientifico as atitudes humanas, são propiciadas a um estado de prontidão, consiste numa posição mais ou menos cristalizada de um agente individual ou coletivo, desempenha um papel importante no modo como processamos a informação do mundo social, sendo ela uma ferramenta importante de grande parte de nossos comportamentos.

Allport (1935) deu algumas definições ao qual é de relevância entender as ações humanas, como, crenças ligadas ao componente cognitivo, carga afetiva pró ou contra ligada ao componente afetivo e pre disposição ação ligada ao componente cognitivo

De acordo com Rodrigues (2005) o componente cognitivo só e possível a partir da sua representação mental e uma carga afetiva sobre o objeto, dentro desse componente temos nossas crenças e valores passado por familiares, escola e religião, Pessoas que exibem atitudes preconceituosas tendem a ter uma discriminação para um determinado grupo de raças, etnias ou crenças, onde são eles seus objetos de discriminação, esse então ressalta o componente cognitivo. Podemos ver as mulheres reproduzindo o machismo dentro do contexto religioso, com base em uma passagem da bíblia dizendo que a mulher deve ser submissa ao marido e que ele é a sua cabeça, mostrando explicitamente o significado de machismo, onde o homem domina socialmente a mulher. Um exemplo de como ele é reproduzido nesse contexto é quando a avó instruindo a neta a fazer tudo que o marido mandar logo após o casamento para que não aja separações e se isso acontecer a culpa vai ser dela. Vemos o componente cognitivo nas crenças e ensinamentos que a igreja passa para essa avó, vemos também o componente afetivo no carinho da avo pela neta, a preocupação que ela siga todos os ensinamentos da bíblia e para que ela não seja mal vista na igreja e o componente comportamental a ação dela de ir e falar isso para a neta.

Para (Fishebein e Raven 1962, 1965 e 1966) o componente afetivo é sem dúvida o mais característico das atitudes, podendo ele se diferir das opiniões e crenças, já para Rosenberg (1960) dos componentes cognitivos e afetivos das atitudes tendem a serem coerentes entre si. Para relacionar a mudança de atitude no componente afetivo com a reprodução do machismo podemos utilizar o exemplo de uma mãe que não permite a filha jogar futebol pois é coisa de “menino”. Essa seria a atitude da mãe reproduzindo o machismo pra filha que consequentemente também reproduziria no futuro. A reprodução do machismo por mulheres acontece de forma inconsciente, pois e algo que está enraizado na sociedade, dessa forma podemos ver o componente cognitivo que traz as crenças e valores da mãe e o componente afetivo podemos ver na preocupação da mãe em relação ao que a filha pode sofrer caso jogue futebol (o julgamento da sociedade).

         Quando falamos do componente comportamental para Rodrigues (2005) ele é uma combinação do cognitivo com o afetivo resultando no comportamental. Newcomb, Turner e Converse (1965) nossas atitudes são formadas a partir de uma motivação que terá como resultado o comportamento, já para outros estudiosos a atitude e o que motiva nossas ações.

De acordo com Festinger a teoria da dissonância é notavelmente de valor heurístico, ou seja, um processo cognitivo empregado em decisões não racionais, além de ser relativo á um fenômeno de formação e mudança de atitudes.

         O foco principal da teoria é que estamos sempre a procura de uma harmonia, um controle de nossas cognições. Um breve resumo sobre a dissonância e suas características seria: é um estado que trás desconforto de modo desagradável, o indivíduo tenta de todo modo amenizar ou eliminá-la, de forma que se importa em evitar fatos e ocorridos que a aumentem, pois seria um processo a qual trás desestabilização de dois elementos para que a pessoa mude assim sua atitude.

De acordo com Brehm e Cohen (1962) destacaram dois pontos nessa teoria a qual ninguém havia notado antes, um desses pontos seria o compromisso (para impulsionar a força motivacional) e o outro seria volição (determinação da existência e magnitude).

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