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A CLÍNICA DA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Por:   •  3/5/2020  •  Resenha  •  1.384 Palavras (6 Páginas)  •  166 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Resenha Crítica de Caso

JANAINA DE SOUSA MONERETTO

Trabalho da disciplina Clínica da Atenção Psicossocial

                                                                     Tutor: Prof. Aline Monteiro Garcia  

Porto Alegre/RS

2020

REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: QUAL O LUGAR DA SAÚDE MENTAL?

 

Referência:

QUINDERE, Paulo Henrique Dias; JORGE, Maria Salete Bessa; FRANCO, Túlio Batista. Rede de Atenção Psicossocial: qual o lugar da saúde mental?. Physis, Rio de Janeiro, v. 24, n. 1, p. 253-271, Mar. 2014.

Em seus percursos intelectuais, no ano de 2014 os autores: Quindere, Jorge e Franco apresentam a nova política de saúde pública, a rede de atenção psicossocial, tendo como base, as conquistas realizadas a partir da reforma sanitária. Desta forma, partem da ideia do modelo de assistência piramidal, onde o indivíduo poderia frequentar apenas um nível de atenção por vez, e param no modelo rizomático descentralizado, onde o acesso aos serviços de atenção psicossocial se dá de forma verticalizada por meio de várias portas de entradas. A partir deste modelo o sistema único de saúde acolhe o indivíduo em sua totalidade e produzem a sua realidade a cada dia. Segundo os autores, esta nova realidade proporciona maior autonomia aos usuários. No texto, Rede de Atenção Psicossocial, podemos observar de forma mais detalhada como se apresenta esse funcionamento na visão de trabalhadores, usuários e coordenadores das redes de atenção à saúde mental no município de Sobral, no estado de Ceará, tendo uma população de 175.814 habitantes.

Desta forma, através da instituição do sistema único de saúde (SUS) em 1980/90 foram legalmente instituídas as redes de atenção assistenciais. As redes são elementos essenciais ao tratamento dos usuários, tendo em consideração, o trabalho interdisciplinar com que os profissionais das mais diversas áreas de saúde exercem ao indivíduo. Ainda com o advento do SUS, ocorreu a descentralização dos cuidados em saúde, o que se desdobrou em processos de regionalização e hierarquização, contudo, o último, dificulta o acesso tornando a prática em si burocrática, por exemplo, se um usuário necessita de uma consulta com um especialista, precisa primeiramente passar pela atenção básica e conseguir um encaminhando, impedindo assim, o acesso direto ao médico (a) especialista. No entanto, o processo de adoecimento não suporta a ordem do modelo piramidal proposta pela normatização, o que acarreta uma desorganização natural ao acesso do usuário aos diversos níveis de complexidade. Por isso, o texto fala do modelo circular, onde o acesso de dá por várias portas de entrada e de saída. Desta maneira, a ideia se inverte, não é mais o usuário que necessita se encaixar na forma de funcionamento do sistema. No entanto, pode se pensar ainda, segundo o autor, nas redes como rizomáticas, conceito inspirado no rizoma. A partir desta reflexão, sabe-se que as redes acabam se constituindo no ato, fugindo de um modelo estruturado preconcebido. Pode-se observar através de procedimento compartilhados, projetos terapêuticos singulares ou mesmo em encaminhamentos realizados. O trabalho em equipe dos profissionais de saúde é essencial para o funcionamento de uma rede. Assim, os trabalhos são pautados sendo pensando sempre na necessidade do usuário, levando em consideração os recursos disponibilizados, a rede se apresenta num trabalho articulado entre uma unidade básica para emergência, ou mesmo para um hospital. O trabalho em rede produz múltiplas conexões por meio de linhas de contatos entre os trabalhadores que diariamente produzem a realidade. Aqui observamos uma diferença entre modelo circular e rizomático. O último não possui limites, desta forma, opera de acordo com os autores que o constituem diariamente, não sendo previamente estruturado.

Nesta linha de raciocínio, faz se pensar, em como o modelo manicomial foi superado através de um dos dispositivos da rede de atenção assistencial, os centros de atenção psicossocial - (CAPS), local de referência para o tratamento dos transtornos mentais. Estes serviços são comunitários e inseridos em determinada cultura levando em consideração a singularidade daquele território. Os CAPS são um exemplo da quebra com a lógica hierárquica, pois, atendem diferentes níveis de atenção em uma só unidade. No CAPS é realizado atendimentos especializados no caso de transtornos mentais desde acompanhamento e apoio matricial nas unidades básicas de saúde (UBS), passando por todos os níveis de complexidade da rede. Por este motivo, em países que utilizam o sistema descentralizado, as políticas de saúde mental devem ressaltar a comunicação entre os diversos níveis de complexidade do sistema. Para isso, os autores propõem discutir a respeito das interações estabelecidas entre os diferentes níveis de complexidade do sistema de saúde e compreender a formação da rede de atenção à saúde mental no município de Sobral, no estado de Ceará.

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