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A Educação E O Mundo

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Por:   •  29/8/2014  •  1.766 Palavras (8 Páginas)  •  328 Visualizações

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Educação e o Mundo

Desde tempos antigos a Educação já não era um bem disponível para todas as classes da população. O ideal de Educação para todos só foi estabelecido após a Idade Média durante o Iluminismo, onde alguns pensadores afirmavam que todos deveriam ter acesso à educação, mas que ela não precisaria ser igual para todas as classes. Mudanças ocorreram na sociedade e interferiram nos métodos de ensino. Os professores se tornam responsáveis em, além de inserirem os alunos na sociedade, transformá-los em agentes ativos para o beneficio da mesma. Embora a Educação tenha se tornado um direito para todos os cidadãos, as desigualdades sociais afetam essa área causando divergências entre as classes diferentes. As condições de cada cidadão determinam seu sucesso no mercado de trabalho ou seu fracasso no mundo globalizado.

A chegada da Educação no Brasil

Os portugueses trouxeram um padrão de educação europeu, o que não quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíssem características próprias para o ensino. Apesar de não ser possível afirmar-se haver um processo estruturado, convém ressaltar que a educação que se praticava entre as populações indígenas não tinha as marcas repressivas do modelo educacional europeu.

A Educação no Brasil, como um processo sistematizado de transmissão de conhecimentos, é indissociável da história da Companhia de Jesus. As negociações de Dom João III, O Piedoso, junto a esta ordem missionária católica pode ser considerado um marco. No período da exploração inicial, os esforços educacionais foram dirigidos aos indígenas, submetidos à chamada "catequese" promovida pelos missionários jesuítas que vinham ao novo país difundir a crença cristã entre os nativos. O padre Manuel da Nóbrega chefiou a primeira missão da ordem religiosa em 1549. Em 1759 houve a expulsão dos jesuítas (reformas pombalinas), passando a ser instituído o ensino laico e público, e os conteúdos baseiam-se nas Cartas Régias, a partir de 1772, data da implantação do ensino público oficial no Brasil (que manteve o Ensino Religioso nas escolas, contudo). Em 1798, ocorreu o Seminário de Olinda, por iniciativa do bispo Azeredo Coutinho que se inspirava em ideias iluministas que aprendera como aluno na Universidade de Coimbra.

Durante esses quase 300 anos da história do Brasil, o panorama não mudaria muito. A população do período colonial formada além dos nativos e dos colonizadores brancos teve o acréscimo da numerosa mão de obra escrava da África. Mas os escravos negros não conseguiram qualquer direito à educação e os homens brancos (as mulheres estavam excluídas) estudavam nos colégios religiosos ou iam para a Europa. Apenas os mulatos procuravam a escola, o que provocou incidentes tais como o da "questão dos moços pardos" em 1689: Os colégios de jesuítas negavam as matrículas de mestiços, mas tiveram que ceder tendo em vista os subsídios de "escolas públicas" que recebiam.

O PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

Município de São Bernardo do Campo

As primeiras escolas no município de São Bernardo do Campo foram constituídas sob a administração do Prefeito Lauro Gomes de Almeida, para oferecer atendimento escolar às crianças de 0 a seis anos a partir de 1960 pelo Departamento de Educação e Cultura através dos Jardins da Infância, Parques Infantis. E foram transformadas em Escolas Municipais de Educação Infantil para crianças de quatro a seis anos e pelo Departamento de Promoção Social a partir de 1979, através das Creches para crianças de 4 meses a 3 anos e 11 meses” . O Jardim da Infância Santa Terezinha sob a coordenação da professora Tirza Martins Ribeiro Magdalena foi inaugurado em agosto de 1960, sob os princípios educacionais de Froebel e Decroly, pautados em “Unidades de experiência: expressão artística, expressão corporal, valorizando ainda alfabetização. As professoras eram tidas como professoras jardineiras.

Os Parques Infantis, embora tivessem os mesmos objetivos do Jardim da Infância ao buscarem acolher as crianças para tirá-las da rua, possuíam algumas especificidades. O primeiro Parque Infantil surgiu por iniciativa do Padre Fiorenti Elena em acordo com a administração municipal, alocado nas dependências do salão da igreja. Nesse espaço atendiam crianças de 3 a 12 anos como uma forma de amparar as crianças que ficavam sem a presença dos pais no horário de trabalho, por isso, ficavam meio período nos Parques Infantis e no outro frequentavam os grupos escolares. Os Parques Infantis auxiliavam as crianças nas tarefas escolares e centravam-se em atividades recreativas, embora também desenvolvessem ação pedagógica em torno de unidades de trabalho e datas comemorativas.

As atividades desenvolvidas tinham como objetivo levar as crianças a adquirem o conhecimento universal e científico, que por sua vez, propiciava o desenvolvimento do raciocínio, pois havia um conjunto de atividades específicas que proporcionavam às crianças diferentes oportunidades de reflexão sobre as áreas das ciências.

Além da alteração dos princípios educacionais, também foi intenso o debate em torno da defesa da escola pública. Já em 1961, o movimento sindical abraçou causas relativas a educação, realizando-se a 26 de fevereiro, a Primeira Convenção em Defesa da Escola Pública contra o projeto-substitutivo de Lei de Diretrizes e Bases do ex-deputado Carlos Lacerda, que pretendia extinguir a escola pública. Diversos movimentos culturais e de educação de base, progressistas, foram criados, tais como: Associação dos Universitários de Santo André, os CPCs – Centros de Cultura Popular (ligados à UNE), os de Alfabetização popular, utilizando o método Paulo Freire” . Mas as forças sociais que defendiam a radicalização no sentido de estreitar laços com o capital estrangeiro em conformidade com a política norte-americana no auge da Guerra Fria precisavam estancar os movimentos populares de toda ordem, os progressistas e os nacionalistas. O resultado desse processo culminou no estrangulamento das lideranças sociais, na ruptura com a história do Brasil que antecedeu 1964, com o aprofundamento da subordinação ao capital estrangeiro.

A educação não escapou desses acontecimentos, pelo contrário, foi totalmente envolvida como um dos suportes da política econômica e de reestruturação social, meio pelo qual se estreitaram os laços com a política intervencionista norte-americana. O acordo MEC-USAID introduziu no Brasil uma mudança

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