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A Fundamentação Teórica

Por:   •  10/9/2018  •  Projeto de pesquisa  •  4.142 Palavras (17 Páginas)  •  179 Visualizações

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04. Fundamentação Teórica

Segundo Wainberg (1997) a preocupação com a escolha profissional do indivíduo tem gerado estudos desde o final do século XIX com os primeiros testes mentais de J.M. Cattel e Binet, e com a publicação em 1909, por Parsons, do primeiro trabalho específico vocacional: Choosing a vocation.

Diversos autores fizeram reflexões acerca do tema de orientação profissional trazendo definições e características para defini-la ou explica-la. Valore (2002) trouxe que o processo de orientação profissional vai além de um conjunto de procedimentos, caracterizando-se por um método de intervenção, tal qual é representada por estratégias, articulações de conceitos e proposições fundamentado em um objeto de estudo.

Assim como Levenfus (1997) contribui utilizando o termo orientação Vocacional Ocupacional o qual engloba diversos fatores, tais como: busca de autoconhecimento; características pessoais; e condições familiares e sociais. Sendo estes, os principais atributos para encontrar compatibilidade com o que se pretende trabalhar.

Ainda segundo a autora se faz importante os termos vocacional e ocupacional, pois estes, respectivamente, se referem: ao que há intenção de "ser"; e "fazer", o qual necessita de objetos, estratégias e ferramentas. Porém os dois não se fazem separados, dado que, o "fazer" não possui sentido isoladamente.

O autor Veinstein (1997) também contribui para com a definição de orientação vocacional ocupacional, referindo-se a esta como uma transdisciplina, o qual se fundamenta com base em um objetivo, que para chegar a este se faz necessário saber sobre si e sobre o mundo o qual esta inserido, a partir desse conhecimento adquire a capacidade de constituir sua própria história.

De acordo com Knobel (1997), utilizador do termo orientação profissional, aloca que esta se faz em resposta a imposições socioeconômicas, e devido a isso, essa modalidade estaria destinada ao fracasso, apesar das orientações especificas em casos pré-estabelecidos. Por conseguinte, deveria ser estruturado o termo "orientação vocacional", pois a vocação manifesta-se no sujeito, o qual faz aparecer o indivíduo-sujeito de sua própria vida considerando as perspectivas sociopolíticas e econômicas.

A abordagem na Orientação Profissional deve ter inicio já na pre-escola, assim as crianças são apresentadas ao mundo profissional de um modo natural e aprendem que todas as profissões são importantes. A escola tem um papel fundamental na sociedade em geral, pois é nela que são desenvolvidas as potencialidades afetivas-cognitivas e sociais.

A autora Soares (2002), em seu livro "A escolha profissional do jovem ao adulto", acrescenta diversos dados acerca da perspectiva da adolescência correlacionando com orientação profissional. Dentre os diversos temas abordados, a autora aloca algumas definições sobre o que caracteriza a fase da adolescência.

É importante orientar a criança, especialmente na adolescência quanto a vida profissional, através de conversas esclarecedoras sobre o assunto, para que ela perceba que tem um suporte familiar para decidir. É de suma importância que os pais conversem e deem aos filhos uma certa consultoria sobre a vida profissional para que assim cada qual possa ter uma estrutura melhor para escolher o que melhor se encaixa com seu perfil.

Soares (2002) apresenta que de acordo com a ONU a adolescência é definida como o período entre 10 e 20 anos, a qual divide-se em dois períodos, sendo o primeiro dos 10 aos 16 anos e o segundo dos 16 aos 20.

Porém com base em outros autores, Soares (2002) cita que a adolescência pode se dividir em fases não muito precisas, com flutuações de progresso e regresso, mas com alguns marcadores, sendo estes: Adolescência inicial (10 aos 14 anos), no qual é evidenciado por modificações corporais e suas consequências psíquicas; Adolescência média (14 a 15 ou 17 anos), fase centrada em questões acerca da identidade sexual; e Adolescência final (16 aos 20 anos) em que ocorrem diversas alterações como o estabelecimento de novos vínculos com os pais, questões referentes a profissão, aceitação do novo corpo e processos psíquicos da fase adulta.

Logo a autora elenca que tais definições se fazem arbitrárias pois, há indivíduos que entram na adolescência antes dos 10 anos, assim como depois dos 20, o final da adolescência faz-se ainda mais difícil de delimitar visto que, este marca-se pela adaptação ao mundo adulto, incluindo variados fatores que podem acontecem em tempos diferentes a cada sujeito.

Segundo Lisboa (1997) a adolescência é o segundo momento mais significativo, quanto à transformações, na vida. Sendo que o primeira ocorre após o nascimento. Em ambas fases ocorrem grandes modificações, as quais são significativas por marcar transições físicas, emocionais, e evoluções, que na adolescência, além desses, marcará o sujeito por leva-lo à vida adulta e por ocasionar a transfiguração social.

Fierro (1995) assim como os outros autores, também trouxe contribuições a fim de definir a adolescência, afirmando que é um período de evolução na qual o indivíduo busca a formação da identidade com base nas experiência que adquiriu com as pessoas que conviveu na infância, e a transcendência no projeto de vida.

A escola tem um papel importante na vida do aluno, com atribuição que antes era da família, agora com a necessidade de melhoria do nível de mão de obra e com recuo da família para a vida privada recai sobre a escola a orientação da vida profissional dos educandos. A escola desempenha hoje um papel primordial na transição da vida escolar para a vida no trabalho, apesar de não estar correspondendo a essa expectativa.

A orientação é bem aceita pelos alunos do Ensino Médio, pois muitos jovens precisam começar a trabalhar ou optar por um curso/graduação, onde muitas vezes o problema que faz parte da vida destes jovens, é que a escolha é feita, não pelo que lhes agrada, mas sim para agradar seus pais, parentes, colegas, entre outros. Muitos pais fazem pressão na vida dos filhos, não de um modo positivo, mas para satisfazer uma ambição própria, com isso muitos jovens desistem ou até mesmo se formam, porém não satisfeitos com a sua futura profissão, outros insatisfeitos com a escolha procuram a orientação profissional. Neste sentido, há uma necessidade de trabalhar não só os alunos, mas também os pais e os professores para que assim possam melhor orientar os seus filhos e alunos.

Segundo autor Andrade 2002 “A liberdade para escolher uma ocupação é algo relativamente novo. Antigamente, o indivíduo tinha pouca ou nenhuma liberdade

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