A Infância, Juventude e Velhice

Introdução

O trabalho tem como objetivo apresentar os valores que a sociedade estabelece para as três principais fases da vida: infância, juventude e velhice. Tendo como objetivo apontar fatores que ocorrem no cotidiano dos brasileiros que indicam uma desvalorização por parte da sociedade.

Durante as pesquisas nota-se que esta depreciação acontece devido à falta de conciêntização da importância dessas três fases. Isto se dá aos valores morais que não estão sendo repassados para as novas gerações, com a importância que deveria.

Percebe-se também que a situação atual do Brasil está relacionada com vários fatores, juntamente com o desenvolvimento que ocorre nas relações do indivíduo com o mundo e o ambiente em que está inserido, sendo evidente a perda dos princípios morais nas relações interpessoais.

Com isto a família que deveria ser à base da sociedade e da educação muitas vezes não exerce seu papel, possibilitando a inversão dos valores e sua desestruturação. Desta forma o homem como um ser capaz de escolher e tomar decisões se submete a ações em consequência destas relações que se apresentam no sistema em que vive.

A ausência de valores no âmbito social

Qual o valor que a sociedade dá para as três fases da vida? A sociedade brasileira marcada pela "democracia", ainda no século XXI, nos deparamos com atitudes racistas, desigualdade entre os povos, as classes, e também desvalorização dos três principais estágios da vida, sendo eles a infãncia, a juventude, e a velhice. A infância é conhecida como a fase principal do desenvolvimento, pois é nesta fase que o caráter é formado, onde a criança aprende sobre as regras, os príncípios, a diferença entre certo e errado, e também fase dos "por quês", tendo assim uma curiosidade infinita para descobrir e interpretar o mundo; a juventude é vista como a fase das escolhas, da criação dos próprios conceitos e das decisões; e a soma das fases anteriores resulta-se na velhice, pois nesta fase possui-se a idéia formada sobre quase tudo e onde muitas escolhas já foram feitas, podendo desfrutar daquilo que se planejou e plantou durante toda a vida.

Inicialmente, pode-se observar na vida e no cotidiano de muitas crianças a diminuição de atividades interativas e educativas, que exigem maior investimento de criatividade, energia e esforço intelectual. Um dos fatores que possibilita este acontecimento está relacionado com o desenvolvimento tecnológico. Infelizmente as crianças usam essas tecnologias excessivamente e na grande maioria das vezes sem fins educativos.

Além disso, percebe-se que devido à ausência desta ferramenta no ambiente escolar, as crianças passam a utilizar os celulares, os tablets e os computadores, apenas como uma ferramenta de distração, ou seja, passam a maior parte do tempo nas redes sociais e nos jogos, como forma de divertimento. Isso muitas vezes acontece, pois a família não impõe limite nas crianças. Por outro lado sabe-se que os pais, devido à necessidade de terem que acordar cedo e enfrentar a luta constante do trabalho, estão cada vez menos preocupados com a educação dos seus filhos, deixando a função de educar por conta da escola e esquecendo que essa não é a obrigação dela. A escola tem como objetivo ensinar e não educação, pois a educação deve vir de casa.

Outra coisa que acontece com certa frequência é a família tentar suprir essa falta de atenção através de presentes, criando crianças materialistas e consumistas.

Do mesmo modo nota-se que a sociedade julga o jovem de maneira generalizada, sem se importar com seus conflitos internos e externos. Um bom exemplo disso é a banalização da juventude por não obter um emprego fixo, rotulando-o como irresponsável. Quando isto acontece não se leva em consideração a vivência social que é enfrentada pelo jovem, encontramos isto nitidamente refletido em dados do Relatório de Tendências Mundiais de Emprego, pois se estima que no Brasil, 18,4% das pessoas até 29 anos não trabalham ou estudam, segundo a Organização Internacional dos Trabalhadores (OIT). Sendo 12,1% entre os homens e 21,1 % entre as mulheres , estando a situação mais critica para mulheres afrodescendentes que o percentual chega a 28,2%, e com estes dados é possível concluir que por não haver o investimento no ensino profissionalizante por parte do governo, este fator contribui para a não qualificação do jovem o que caracteriza um dos principais motivos do jovem estar desempregado.

Por outro lado notamos que a procura do jovem por um grupo que o aceite, faz com que ele submeta-se a pratica de comportamentos que muitas vezes contradizem seus princípios, como o consumismo que é impulsionado pela produção cultural através de músicas de diversos gêneros, propagandas, programas televisivos entre outros, que vendem uma ideia materialista, excluindo e alienando determinadas classes sociais que não tem fácil acesso a produtos de alto valor agregado. Assim a juventude não possui o suporte necessário para crescer, o que é um erro, porque ela é responsável por mover a sociedade e preparar as gerações futuras.

Já na velhice uma fase natural da vida que deveria ser considerada uma das mais importantes, pois os que nela se encontram por anos deram inúmeras contribuições para sociedade em que vivem. Mas infelizmente não é o que acontece na maioria das vezes.

É possível ver diariamente cenas de preconceito e maus tratos com pessoas da terceira idade, tanto no noticiário quanto no dia a dia, muitas vezes vindo até dos próprios parentes da vitima. Agressões físicas e verbais fazem parte do cotidiano de muitos desses idosos, que acabam não tendo quem os defender já que nossas leis não são capazes de impor limites para estas atitudes, fazendo com que elas pareçam “normais” e passe de pais para filhos, que convivendo com essa situação

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