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A PERDA E O LUTO EM UMA PERSPECTIVA EXISTENCIAL FENOMENOLÓGICA

Por:   •  22/3/2019  •  Artigo  •  4.264 Palavras (18 Páginas)  •  677 Visualizações

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A PERDA E O LUTO EM UMA PERSPECTIVA EXISTENCIAL FENOMENOLÓGICA

        Nairane Teles de Paiva¹

Kelly Cristina Costa Albuquerque²

Resumo

Este artigo tem como tema “A perda e o luto em uma perspectiva existencial fenomenológica”, que teve como objetivo esclarecer o processo de perda e de luto em uma perspectiva existencialista fenomenológica. Tendo como compreensão através de motivações particulares e de suas práticas profissionais, na Abordagem Gestáltica. A metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica a partir de artigos científicos sobre o tema, livros e textos de autores relevantes na teoria da Gestalt – Terapia. Este artigo teve como pretensão buscar contribuir para o desenvolvimento da Gestalt – Terapia ao deparar com situações de perdas e luto em contextos clínicos ou em situações cotidianas. Conclui que a Gestalt – Terapia auxilia no entendimento e na atuação com pessoas que passam ou passaram por situações de perda e de luto que não foram trabalhados no decorrer de sua vida ou até buscar a compreensão sobre esses sentimentos. No sentido de oferecer a compreensão dos sentimentos compartilhando e acolhendo com o indivíduo aquilo que viveu.

Palavras-chaves: Perdas; Luto; Existencialismo; Fenomenológica.

Abstract

This article have like theme ‘’ The loss and the mourning in a phenomenological existential perspective  ‘’,that had like objective clarify the process of loss and of mourning in a phenomenological existential perspective.Have like comprehension over of private motivations and of your professional practices,in gestaltic Approach.The

mothodology used was bibliographic research of scientific articles about the theme,books and texts of relevant authors in   Gestalt theory-Therapy.This article had like pretension research contribute to the development of  Gestalt –Therapy .When came across with situations of loss and mourning in clinical contexts or in daily situations.Cloncludes that  THE Gestalt-Therapy Helps in undestanding and in acting with people that pass  or passed by situations of loss and of mourning that not worked in the course of their life or until seek the comprehension about these feelings.In the sense of to provide the comprehension of feelings sharing and welcoming with the people such that  They  lived.

Key Words ; Losses,Mourning,Existentialism,Phenomenological.

INTRODUÇÃO

Sabe-se que a perda e o luto são realidades inerentes na vida cotidiana, Sabendo-se que a partir do momento que passa a ter um conhecimento sobre a dor do outro, o ser humano irá adquirir seus conhecimentos e encontrar uma forma mais ampla de existir.

Vale ressaltar que o luto é compreendido como reações de perdas significativas, sendo do ponto de vista existencial compreendido como uma vivência particular em situações de transformações nas formas do ser em relação do eu-tu.

No entanto, a relação eu-tu é entendida a partir da intrasubjetividade, ou seja, é uma estrutura de vida intencional, pois, é a partir da existência do outro que nos tornamos visíveis a nós mesmos. Subentende-se que a intrasubjetividade é a juntura da experiência, tornando-a possível.

A seguir será exposto uma breve descrição sobre a perda e o luto em uma perspectiva existencial fenomenológica, buscando descrever o luto por meio de uma apresentação compreensiva.

A FENOMENOLOGIA

Seguindo Ribeiro (1985), o fenômeno não pode ser examinado independentemente dos conhecimentos concretos de cada sujeito. O fenômeno não se aproxima a nós separado de nós, que quer dizer, que o significado do fenômeno pode ser diversa, onde o mesmo tem sentidos relacionado a coisas em si que pode ser assimilada por parte de outro. Portanto, o fenômeno busca atrair as mesmas essências das coisas, que na qual busca relatar os conhecimentos como eles acontecem, para que assim possa ser feito a redução fenomenológica.

O autor mostra a análise fenomenológica diante da busca que precede qualquer reflexão científica de como é difícil estar diante de pessoas e fatos sem associar-se com elas. Ressalta ainda como é difícil a postura de observador, que se coloca à distância para ver o melhor de seu paciente, ou seja, reduzir, se não houver a redução é possível que seja feita a terapia de si mesmo e não do paciente. Reduzir significa encontrar consigo mesmo, encontrar nele, encontrar com ele, através dele, sentir-se tudo que és em si sem nenhuma mistura do que realmente é, significa a essência e com ela familiarizar-se, descobrir sua totalidade, descobrir a relação que sua consciência estabelece consigo mesma (RIBEIRO, 1985).

Hurssel (1954) relata que o horizonte no sentido fenomenológico não se refere apenas aos fenômenos em forma de aparição, mas se refere também a outros modos potenciais do aparecer do fenômeno. No entanto, o horizonte é portanto o que nos limita e que determina cada fenômeno. O horizonte histórico é o que permite aparecer nos contexto de apresentações que são possíveis no fenômeno como elemento.

Heidegger (2004), destaca ainda que o humanismo eleva a uma capacidade do homem, valorizando assim o mesmo como um ser que busca a si mesmo e o seu desenvolvimento, onde se tem o valor duradouro, ou seja, a filosofia humanista tem cuidado com a valorização do ser humano, buscando o que há de positivo na pessoa, no seu potencial de vida, tendo assim um valor positivo capaz de regular-se e se auto comandar.

Ribeiro (1985), ressalta que o humanismo é uma teoria do homem e a psicoterapia de base humanística é o homem criado a si mesmo, onde o mesmo toma posse de si e do mundo e não de uma determinada teoria de um homem. Uma psicoterapia que se preocupa com o valor que cada humano tem, procura diretamente lidar com o que de positivo a pessoa tem, buscando cuidar de seu potencial de vida, como: saúde, beleza, forças, autoestima e outras mais, buscando com que o paciente tome posse de si mesmo e do mundo. Isso não quer dizer que essa postura impeça de compreender o sentido das limitações, da morte na contextura da psicoterapia, pois o mesmo tem a expressão e a compreensão da própria vida.

EXISTENCIALISMO

Ribeiro (1985), afirma que a existência é uma relação entre a intenção e o ato humano, ou seja, para o existencialismo todo ato psíquico é intencional, sendo inerente à consciência Assim, toda consciência é consciência de alguma coisa. Esse caráter orientado da consciência envolve uma ação após uma conscientização, onde exige vontade e liberdade.

Segundo Ribeiro (1985) o existencialismo tem uma visão profunda entre a intenção e o ato humano, significando dizer que o ato psíquico deve ser entendido e compreendido a partir de si próprio, ou seja, o próprio agir imediatamente se auto comunica, tendo como a intencionalidade a figura e o desejo, onde estão presente vontade e desejo. Essa intencionalidade tem como característica própria e fundamental da consciência uma relação nova e significativa entre o homem e o mundo, entre o sujeito e o objeto e entre o conhecimento e a consciência. No existencialismo, é esperado que o paciente assimile sua execução e suas novas vivências, mentais ou afetivas e ainda que o mesmo tome consciência, não como decorrência de um aglomerado de ideias e conceito que se torna organizado e sistematizado de forma mobilizada de consciência, mas de forma movimentada para fora, ou seja, de mudanças e de liberdade responsável.         

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