A Morte, Separação, Perdas E O Processo De Luto - Maria Júlia Kovács

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PSICOLOGIA Disciplina: Psicologia da saúde Docente: Amanda Gaion Pedro Texto: Morte, separação, perdas e o processo de luto - Maria Júlia Kovács Discentes: Dasimy

O texto “Morte, separação, perdas e o processo de luto” expõe vários conteúdos importantes sobre a morte e a maneira de lidar com ela. Vai desde a diferença de vivenciar sentimentos ligados à morte em diferentes épocas da sociedade, passa pelas fases e processos, exemplificando cada uma e com diversas informações, além de expor sobre o luto infantil e termina explorando sobre a diferença entre um luto “normal” e patológico englobando vários autores. Será descrito a seguir alguns dos pontos que avaliei serem os mais importantes e que resumem a obra da autora.

Assim como tantas coisas que mudaram em nossa sociedade com o tempo, os rituais e comportamentos dos enlutados também sofreram modificações, o luto passou por fases na qual existia uma proibição de certos comportamentos, exigia-se uma atitude mais contida, principalmente durante a idade média. Teve períodos onde o morrer de amor era glorificado, a explosão de sentimentos era demonstrada e ao chegar nos dias mais atuais, a partir do século XX, a sociedade não deixa espaço para o sofrimento, a morte é ocultada, trazendo como consequência psicopatologias que serão abordadas em partes posteriores do texto.

É citado autores como Bowlby e Raimbault que discutem sobre as fases do luto, o que é necessário para que ocorra o processo e como alguns pontos podem dificultar ou facilitar estas fases.

As fases citadas são: fase de choque; fase do desejo e busca; fase da desorganização e desespero; e fase de alguma organização. Em todas há diversos sentimentos envolvidos e é essencial que a pessoa enlutada tenha companhia para seguir, a pessoa passa por momentos de emoções  intensas, duelo de sentimentos relacionados a perda e a esperança do reencontro, aprendizado de novas habilidades além de diversos outros pontos citados no texto. É válido ressaltar que o tempo de cada fase varia de pessoa para pessoa e que durante a elaboração podem ocorrer distúrbios de sono, alimentação, gerar depressão e quadros somáticos.

Os autores citados a cima exploram a ideia de que para o processo do luto acontecer é necessário o desligamento dos sentimentos em relação ao morto, aceitação da morte e o encontro de um substituto, e esse processo é facilitado ou dificultado de acordo o papel que a pessoa perdida tinha, idade e o sexo do enlutado, personalidade de cada um e, um ponto importante de discussão, a causa da morte - sendo mais dificeis as mortes inesperdas, com multilaçao do corpo e suicidio, e mais branda por doenças graves, na qual o luto acontece enquanto a pessoa ainda esta viva.

Em relação ao luto infantil, é explicado que a criança passa pelas mesmas fases, mas os sentimentos envolvidos devem ser esclarecidos levando em conta o nível cognitivo. O fato de esconder a morte pode gerar manifestações patológicas.

Fechando a discussão, o autor  utiliza como referência partes do texto “Luto e melancolia” de Freud e comentários de Abraham para explicar a diferença entre o luto “normal” e o patológico, além de falar de outros autores como Melanie Klein e Igor Caruso.

O texto traz muitas reflexões sobre o tema, explora diversas teorias de diferentes autores e apresenta a importância do trabalho psicoterápico em auxiliar no processo do luto. Avalio como uma leitura importante e essencial para, principalmente, o psicólogo clínico que poderá enfrentar demandas relacionadas ao tema.

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