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A QUESTAO DA INOVAÇÃO

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Por:   •  29/11/2014  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  828 Visualizações

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A QUESTÃO DA INOVAÇÃO

Desde 1970, o tema da inovação tem atraído o interesse de pesquisadores, académicos e

empresários. Na última década, a inovação passou a ser reconhecida como um factor

essencial para a competitividade das organizações e foi incluída em suas agendas

estratégicas.

Vários estudos mostram uma forte correlação entre a inovação, capacidade

empreendedora e o desenvolvimento económico, produtividade e desempenho

organizacional. Assim, torna-se imperativo que as organizações no século XXI, estejam

preparadas para renovar seus produtos, serviços e processos, competências e desenhos

organizacionais de forma contínua, a fim de garantir sua adaptabilidade e consequente

sobrevivência no mercado por meio do desenvolvimento de uma competência – chave: o

empreendedorismo corporativo inovador.

Neste início de século, as inovações organizacionais tornaram-se factores qualificadores

para competição, o que não significa menor atenção às questões de organização da

produção e do trabalho. Hoje as questões que constituem a agenda estratégica das

organizações passam pela consideração de decisões de terceirização, formação de

parcerias e alianças estratégicas, reconcepção das cadeias de fornecimento e de

atendimento. Nessas decisões estão presentes questões que envolvem redução de custos,

aumento da flexibilidade e da capacidade de inovação. A redução de custos operacionais

sempre foi prioridade, porém a necessidade de tomar decisões acertadas no que se refere

à flexibilidade e inovação tende a ser uma questão crítica para as organizações que vivem

em ambientes de competição mais forte.

O tradicional dilema “comprar ou fazer” nunca foi mais actual, atingindo as actividades

de manufactura e as de serviços. As empresas recorrem hoje tanto à terceirização de

processos produtivos, como à externalização de processos administrativos e de geração

de conhecimento, criando redes ou cadeias de organizações. Assim, muito da discussão

actual focaliza o impacto que processos de terceirização e as diversas formas de

constituição de redes podem ter sobre a manutenção da capacidade de inovação das

empresas. Isso está ligado à gestão de conhecimentos, que é competência de indivíduos e

de grupos, alocados numa ou mais organizações. A organização pode apoiar os

indivíduos criativos ou proporcionar-lhes contextos para a criação do conhecimento.

Apesar de a inovação indicar um caminho seguro para obter vantagem competitiva

sustentável e defender posições estratégicas no mercado, o seu sucesso não é garantido, e

é imperativo que os gestores conheçam e compreendam a dinâmica dos processos da

gestão da inovação dentro de suas organizações e realidades específicas.

As organizações estão inseridas em ambientes dinâmicos, de forma que a contínua

inovação, sendo uma mudança benéfica para a organização, é fundamental para toda a manutenção do seu sucesso ao longo do tempo.

AS FASES DE UM PROCESSO DE INOVAÇÃO

A inovação é a maneira pela qual toda empresa busca um diferencial competitivo frente ao mercado e o processo inovativo é o modo de atingir um lucro diferenciado e, conseqüentemente o monopólio de mercado.

O processo de Inovação comessa pela criação de novas ideias, segue com o estabelecimento de critérios claros de seleção de quais ideias tem potencial para se transformar em projetos de inovação (Seleção), passa pelo planejamento da execução dos projetos (Desenvolvimento) e chega a concreta transformação dos mesmos em inovações (Implementação). O processo de inovação está vinculado à estratégia corporativa e a estratégia de inovação adotada pela empresa, ou seja, deve ser planejada e desenhada para produzir resultados.

A inovação representa a articulação entre dois universos: o da descoberta e o da lógica de mercado ou de uso social. O que permite a inovação e o potencial abstrato representado pela invenção, mas a possibilidade de atribuir-lhe um uso, considerando um sistema social que o intervém. Portanto, nem toda a invenção, torna-se necessariamente uma inovação. A inovação consiste como indica Shumpeter em elaborar novas combinações entre os diferentes recursos, ou com uso social. Essa elaboração não se realiza nem de forma simples, nem mecânica, devido a todas as espécies, interesses contraditórios, modos de vida estabelecidos, divisão do trabalho e status sociais limitadores ou concepções diferentes de poder.

A INOVAÇÃO E O CONFLITO COM A ORDEM

A Inovação encontra-se em conflito com a ordem estabelecida e com os conservadores da norma, pois sua implementação afeta sempre, mais ou menos profundamente, as estruturas sociais estabelecidas anteriormente as normas e as regras. No mundo dos negócios que Merton analisa a inovação trata-se de práticas ilegais, mesmo que os inovadores compartilhem o mais alto nível dos objetivos fixados pela sociedade. Contudo, a posição entre a norma estabelecida e a inovação na maioria dos casos provisórios: a ordem e a inovação operam transações que asseguram finalmente a transformação da ordem. Esta resiste a sua própria transformação, pois sua existência que permite a vida social.

FORMAS E FORÇAS

Como entender quando o que se cria nos resiste? A essa questão com base no conceito de forma, Simmel (1981) fornece resposta de grande sutileza. Formas e configurações cristalizadas que permite uma conservação e uma acumulação do trabalho da consciência. No mundo do trabalho, estas formas que regulam as relações consistem em estabelecer-se de maneira durável, previsível e conhecida por todas as práticas de trabalho, de relações de trabalho ou de modalidades de julgamento sobre a atividade. A invenção pode muito bem ser legítima, eficaz, necessária e chocar-se sempre e cristaliza com fases anteriores. Ela é julgada segundo os critérios são adaptados a situações conhecidas, costumeiras e formadas. Eles estão sempre atrasados em relação aos princípios que regem uma ação inovadora.

A INOVAÇÃO E O RISCO

O inovador transformado por sua transgressão reiterada, as modalidades de gestão, aceita riscos, aqueles relativos sanções ditadas pela ordem estabelecida. Para agir, ele deve-se antecipar a criação de novas formas, mas as antigas continuam a assegurar sua própria função.

O risco define-se geralmente como uma situação na qual o ator não dispõe de informação o suficiente para conhecer com maior certeza o prazo, a intensidade e as causas das desaprovações que sua relação com o mundo e com os outros lhe pode trazer. Porém a aceitação do risco representa o melhor meio de desfazer dos limites impostos pelas estruturas de trabalho (as formas estabelecidas). Sem assumir riscos é mais difícil de sofrer as restrições.

A aceitação do risco é uma transgressão das formas sociais estabelecidas. A transgressão representa para os autores que as instituições que abrigam o principal vetor de inovação, tornando-se assim uma situação corriqueira nas organizações.

A TRANSGRESSÃO CORRIQUEIRA

Ainda hoje os gestores definem estratégias, prescrevem atividades produtivas, controlam seus executantes, planos, carreiras ,projetos, processos, modos de agir que tornam possível a incorporação de novas tecnologias, as relações entre os diversos grupos de relacionamento, a nutrição da cultura organizacional. Mas é claro que a ordem também pode ser transgredida. De fato, os gestores percebem que as regras formais são transgredidas pelo corpo da organização.

Um olhar sobre as organizações permite perceber que a transgressão de uma regra formal, dependendo de quem vem, pode gerar punições ou, ao contrário, promover um “fechar de olhos” do gestor, quando há evidências de melhora no funcionamento de processos organizacionais.

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