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A Sensação temporária de segurança que o bebe obtém, faz com que ele aumente a gratificação em si

Por:   •  30/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.902 Palavras (12 Páginas)  •  187 Visualizações

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SUMÁRIO

RESUMO..........................................................................................1

1 INTRODUÇÃO........................................................................ 4

2 SOBRE A PATERNIDADE: SER MÃE.................................. 6

3 SOBRE A PATERNIDADE: SER PAI.................................... 8

4 DIFICULDADES NAS RELAÇÕES FAMILIARES................. 8

5 O DESENVOLVIMENTO DAS AMIZADES............................ 9

6 ASPECTOS MAIS AMPLOS DO AMOR................................ 10

7 SENTIMENTO DE CULPA, AMOR E CRIATIVIDADE........... 11

8 O RELACIONAMENTO COM NOS MESMOS E COM OS OUTROS.................................................................................. 11

CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................... 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................ 13

AMOR CULPA E REPARAÇÃO – MELANIE KLEIN (Cap 19; p 346-384)

1- INTRODUÇÃO

Melanie Klein discorre que a mãe se encontra como primeiro objeto de amor e ódio do bebê, onde ao mesmo tempo que ele a deseja a odeia com toda intensidade e força. No início o bebê ama esta mãe que o satisfaz, que o alimenta e que alivia seus sentimentos de fome e que lhe oferece prazer sensual (prazer ofertado na amamentação, no sugar do bebe ao seio da mãe). Entretanto quando o bebe está com fome e seus desejos não são atendidos, emergem sentimentos de ódio e agressividade, o bebê então é tomado por impulsos de destruir a mesma pessoa que é objeto de todos os seus desejos. O meio pelo qual o bebe alivia sua fome, ódio, medo e tensão é através da satisfação de seus desejos pela mãe.

A sensação temporária de segurança que o bebe obtém, faz com que ele aumente a gratificação em si. Esse sentimento implica tanto no bebe quanto no adulto, tanto nas formas simples de amor quanto nas suas manifestações mais elaboradas. Pelo fato da mãe ter sido a primeira a satisfazer as necessidades de auto-preservação e desejos sensuais do bebe, é ela quem nos dá segurança desempenhando um papel duradouro em nossa mente.

No caso do pai, o papel que este desempenha na vida emocional da criança também influencia todas as suas relações amorosas posteriores, sua relação com o bebe é modelada em parte a partir da relação desse bebê com a mãe.

Este bebê que vê a mãe como objeto que satisfaz todos seus desejos (seio bom) reage a estas gratificações desenvolvendo sentimentos de amor pela mãe, entretanto esse amor já é perturbado em suas raízes por impulsos agressivos. Dessa forma podemos inferir que o amor e o ódio lutam entre si na mente da criança, essa luta continua pelo resto da vida.

As fantasias arcaicas são criadas pelo bebe, o qual imagina a gratificação que não recebera. Da mesma maneira, fantasias destrutivas acompanham a frustração e os sentimentos de ódio que a mãe desperta no bebe (ex: destruição do seio mau). Dessa forma se nas fantasias agressivas o bebe feriu a mãe ao morde-la a despedaçando, ele logo cria fantasias onde está juntando esses pedaços novamente pelo medo que sente de ter destruído o objeto amado. Entretanto isso não consegue eliminar o medo e a culpa de ter destruído este objeto amado, inserindo o bebe numa situação de dependência.Sentimentos de culpa se manifestam de várias formas disfarçadas e são fonte de perturbações nas nossas relações pessoais.

Sensações genitais ocupam o primeiro plano, assim o desejo pelo bico do seio da mãe diminui, entretanto ele nunca chega a desaparecer completamente. No caso do menino o interesse pelo bico do seio é transferido pelo órgão genital do pai, que se torna seu objeto de desejo e fantasias libidinais. No caso da menina, ela tem a fantasia de tomar o lugar da mãe e ficar com o pai. Os desejos e fantasias associados a mãe, formam a base das relações homossexuais diretas posteriores, assim como os sentimentos homossexuais. No curso normal desses acontecimentos, estes desejos homossexuais serão colocados em segundo plano, sendo derivados e sublimados, dessa forma a atração pelo sexo torna-se predominante.

Sentimentos de amor e gratidão, surgem através da relação da mãe com este bebe, em resposta aos cuidados que a mãe tem com ele. O sentimento de amor do bebê pela mãe, ao lado dos impulsos destrutivos se expressam no apego ao seio da mãe, que depois se transfere para mãe enquanto pessoa. Tanto na mente inconsciente da criança quanto na do adulto, diante aos impulsos destrutivos há uma ânsia de se fazer sacrifícios a fim de restaurar a pessoa amada, ferida na fantasia.

Só conseguimos deixar de lado ou sacrificar nossos desejos e sentimentos, colocando os interesses do outro acima dos nossos quando nos identificamos com este sujeito. Dessa forma se ao nos identificarmos com outras pessoas compartilhamos da satisfação que nos mesmos lhes oferecemos, retomamos de um lado o que perdemos de outro. Pois ao fazermos sacrifícios por alguém que amamos e nos identificamos, desempenhamos o papel de pão ou de mãe boa (se comportando dessa forma como nossos pais se comportariam, ou como gostaríamos que se comportassem). Ao mesmo tempo desempenhamos o papel da criança boa com os pais, algo que gostaríamos de ter feito no passado. Assim, ao reverter a situação, recriamos e aproveitamos na fantasia o amor e a bondade que desejávamos dos pais. Agir dessa forma também pode ser uma maneira de lhe dar com o sofrimento do passado.

Avançando um pouco, Klein abordará os relacionamentos em adultos. É comum em relacionamentos, como casamentos, a mulher ter uma atitude maternal em relação ao homem, e isso ocorre para satisfazer os primeiros desejos de gratificação que gostaria de ver realizados na mãe .Se a mulher for capaz de fortes sentimentos de amor pelo marido e pelos filhos, podemos inferir a partir daí que ela teve uma boa relação com os pais e irmãos durante a infância. As frustrações dos desejos genitais por parte do pai, dará origem as fantasias agressivas na criança, tendo consequências na sua vida adulta. Dessa forma as fantasias sexuais da menina se dirigem

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