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A adolescência e seu significado evolutivo

Por:   •  5/10/2015  •  Resenha  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  1.610 Visualizações

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A adolescência e seu significado evolutivo

A grosso modo a adolescência é entendida como o período dos 12 ou 13 anos até em torno dos 20 anos. É a etapa de transição denominada pro Erikson de "moratória social", ou seja, é esperado que a sociedade ofereça o suporte para esses jovens exercerem seus papeis sociais.

A concepção de adolescência se consolida após a revolução industrial com o crescimento do modelo de escola, inicialmente com os filhos de classes médias e com o tempo com os filhos dos operários. Com o tempo a escolaridade foi aumentando até chegarmos aos atuais modelos, entretanto em sociedades menos desenvolvidos ainda é possível encontrar um modelo não tão atual, algumas sociedades primitivas cultuam rituais associados às mudanças corporais da puberdade, após esses rituais o indivíduo sai "preparado" para exercer seu papel de adulto.

É necessário fazer distinção entre os termos puberdade e adolescência. Denomina-se puberdade o conjunto de mudanças físicas que transformam o corpo infantil em um corpo apto a reprodução. Adolescência é o período psicossociológico que perdura anos caracterizando a transição da infância a idade adulta.

Existe um grande debate ao discutir sobre o assunto, pois alguns consideram que as mudanças são derivadas da puberdade, pois a mesma acarreta em mudanças psicológicas, em contra partida existe os que afirmam que são os aspectos sociais e contextuais os responsáveis pelas mudanças psicológicas.

A imagem da adolescência como período turbulento surge com a literatura (Shakespeare).

No âmbito da psicologia Stanley Hall, em 1904 trata da adolescência em sua obra Adolescence. Influenciado por Darwin e Haeckel, representava a adolescência como momento crítico no desenvolvimento humano que corresponde ao momento da evolução que supunha a passagem da selvageria para o mundo civilizado. As tensões e sofrimentos psicológicos são derivados de conflitos entre impulsos do adolescente e as demandas feitas pela sociedade.

Já Freud supunha que com o término do período de latência e o ressurgimento dos impulsos sexuais após a puberdade, alcançasse então a fase genital. O adolescente experimenta a o retorno do Complexo de Édipo que deveria ser superado com o afastamento emocional de seus pais e a aproximação com seus iguais.

Anna Freud trás que os impulsos resultantes da puberdade fariam dos mecanismos de defesa insuficientes, com isso desenvolvendo novos mecanismos, um deles seria a intelectualização, consequência das novas capacidades cognitivas adquiridas. A alternância ou ambivalência característica representam a conduta pouco previsível e uma ambivalência entre dependência e independência para com os pais, ou entre a rejeição e a generosidade, o idealismo ou entre a busca de uma identidade própria e imitação dos demais.

Erik Erikson em seu modelo do desenvolvimento da sexualidade cede lugar aos fatores sociais e culturais. As mudanças físicas, psíquicas e sociais levarão o adolescente a uma crise de identidade cuja resolução contribuirá para a consolidação da personalidade adulta.

Pelo enfoque sociológico, os processos de socialização são complicados na adolescência devido à mudança nos papeis que o indivíduo irá assumir e nas demandas estabelecidas pela sociedade.

Tanto para a antropologia quanto a descrição piagetiana não abordam a adolescência como período turbulento. Para Piaget se trata de uma orientação para a reflexão mais abstrata, a consideração de diversas hipóteses alternativas diante de uma mesma situação e a crescente capacidade de provar essas hipóteses.

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