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AS MANIFESTAÇÕES CORPORAIS NA ESQUIZOFRENIA

Por:   •  20/2/2016  •  Artigo  •  462 Palavras (2 Páginas)  •  469 Visualizações

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                                       AS MANIFESTAÇÕES CORPORAIS NA ESQUIZOFRENIA

As investigações sobre os problemas somáticos da esquizofrenia têm sido realizadas de maneira sistemática, visando sempre encontrar em determinadas alterações corporais os fundamentos etiopatogênicos da enfermidade. Em que pese o critério rigoroso com que se promovem essas investigações, até hoje não possível encontrar a causa e os mecanismos produtores do transtorno esquizofrênico. Apesar disso, não se pode obscurecer a existência de alterações somáticas em quase todos os casos de esquizofrenia, embora não se possa dizer com segurança se essas alterações são primárias, contemporâneas ou decorrentes de uma perturbação central básica.  

A diminuição do metabolismo basal é um dado encontrado por todos os pesquisadores. Do mesmo modo, te sido registrada uma deficiência de oxigenação dos centros cerebrais. Em consequência dessa deficiência de oxigenação, admitem alguns autores, surgem alterações seletivas das funções psíquicas superiores muito semelhantes ao que se observa com a administração de psicodisléspticos.

Os distúrbios neurológicos mais importantes são encontrados na esquizofrenia catatônica. Observam-se hipertonia, alterações do tônus muscular durante os movimento e iteração. As alterações as sensibilidade têm uma importância extraordinária na catatonia. Os enfermos apresentam diminuição da sensibilidade geral, com analgesia mais ou menos acentuada nos estados de estupor. Os reflexos tendinosos estão exaltados. Os reflexos cutâneos, ao contrário, apresentam-se diminuídos ao abolidos. Em alguns pacientes, observa-se o gatismo por insuficiência esfincteriana. Verifica-se, ainda, na catatonia, rigidez pupilar absoluta. São muito comuns as alterações do diâmetro das pupilas, midríase, miose e enfraquecimento da reação pupilar á luz e á acomodação. No inicio da enfermidade observa-se cefaleia de longa duração. Além disso, são comuns as alterações do sono: insônia, pesadelo, terrores noturnos. Ictos apopletiformes, com paresias transitórias. Em alguns casos, aparecem ataques epileptiformes, as quais representam sinal de irritação da zona motora do córtex cerebral. Tremor dos músculos da face, especialmente do orbicular das pálpebras.

Ao lado dessas perturbações, observam-se alguns sinais clínicos relacionados com o sistema nervoso vegetativo. Registram-se, nesses enfermos, uma série de alterações vasomotoras, entre as quais se destacam: bradicardia, hipotensão, vasoconstrição periférica, ausência de reação psicopletismográfica, resfriamento das extremidades, edemas, cianose localizada no dorso das mãos e dos pés, e várias alterações cutâneas. Esses transtornos se manifestam com maior frequência nos casos agudos, especialmente na forma catatônica. Notam-se, ainda, alterações nas secreções sudoral e sebácea, esta ultima emprestando á face do enfermo um aspecto untuoso característico.

Os esquizofrênicos revelam certa propensão a lipotimias, síncopes e morte súbita. Há muitos anos Reichardt descreveu uma grave complicação. Observada no curso da esquizofrenia, denominada edema cerebral agudo. Apresenta-se nos estados de agitação catatônica e na catatonia estuporosa, acompanhando-se de bradicardia, vômitos e obnubilação do sensório. Na opinião do autor citado, os casos de morte súbita, registrados nesses enfermos, são devidos a edema cerebral agudo.

Bibliografia

Paim, Isaías, 1912- Tratado de clínica psiquiátrica/Isaías Paim. 3 ed. rev. –São Paulo: EPU,1991.  

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