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Análise crítica do documentário “Estamira”

Por:   •  22/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  857 Palavras (4 Páginas)  •  470 Visualizações

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1. Análise crítica do documentário “Estamira”

O documentaria nos transporta ao mundo de Estamira, uma senhora com uma personalidade “abstrata” e um diagnóstico de transtorno mental. Estamira possui uma vida carregada de experiências trágicas, mas se apresenta de uma maneira que desperta carisma. Essa história é contada a partir da própria perspectiva dela, sem pretensões e sem manipulações, apenas foi dada a oportunidade de se ouvir o que tinha a ser dito, o que nos levou ao ponto de confundir os sentidos na hora de definir o que é de fato loucura.

Logo no início, Estamira demonstra uma respeitável consciência sobre a preservação das coisas, e critica o ato de descartar invés de concertar, reaproveitar. “Lavar, limpar e usar mais o quanto pode, se você usa uma camisa e suja, você não joga fora, você lava e usa novamente” Sabias palavras, uma “simples louca” compartilhando uma visão complexa sobre o consumo e desperdício, de coisas ou das próprias relações humanas. Partindo disso foi proporcionada uma primeira impressão, que caiu bem, e facilmente levou a uma valorização das palavras de Estamira. Durante todo o documentário, é possível compreender que mesmo os doentes têm muito o que falar, tem o seu valor, muitas vezes tem mais a dizer do que pessoas “mentalmente saudáveis”.

Estamira diz que todos precisam dela, e em seguida diz que ama trabalhar e ajudar as pessoas. É fato que mesmo pessoas que trabalham em lugares como a beira do mundo, onde todos os restos se acumulam, onde pode se ver o reflexo de todo o mal oculto que chamamos de realidade, tem o seu valor, e são até mais necessários, por viverem de algo que se vê tão indigno que não se é considerado vida.

2. Vocês acham que Estamira é louca? Por quê?

Inicialmente Estamira pareceu apenas ter sua própria forma de ver o mundo, mas com o decorrer do documentário as coisas ficaram mais claras. Ela sofreu abuso sexual quando criança, na adolescência foi levada a ser prostituta e em seus casamentos sofreu com a infidelidade, depois foi expulsa de casa e precisou viver com seus filhos na escassez. Com todas essas situações é perfeitamente compreensível que ela tenha algum sofrimento psíquico. A própria Estamira afirma que é perturbada, mas que percebe sua perturbação, e nesse caso não é difícil acreditar que ela tenha consciência de sua situação. “Tudo que é imaginado tem, existe e é” essa frase define o que de mais interessante se pode abstrair das reflexões de Estamira. Não é simples questão de ser ou não uma louca, ela criou seu próprio entendimento da existência, sua filosofia, sua anatomia, perspectivas da origem e essência humana e até mesmo sua própria cosmologia. A visão psicodélica de Estamira está sempre carregada de realidades muito profundas. Tais como os “copiadores de receitas semi-fabricadas” uma reflexão sobre o sistema de saúde, eu mesmo penso, o que faríamos por pessoas que amamos? Até onde iriamos? Sei que faríamos mais do que receitar um remédio, precisamos de mais. Sua crítica maravilhosa sobre a aprendizagem fala por si só: “Vocês não aprendem na escola. Vocês copiam. Vocês aprendem é com as ocorrências" E por fim o “trocadilho”, o maior inimigo de Estamira, como a retificação de todo mal, que seduziu aos

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