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As correntes correntes epistemológicas do ensino e os desafios em integra

Por:   •  24/6/2017  •  Resenha  •  4.384 Palavras (18 Páginas)  •  343 Visualizações

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Universidade de Brasília – Faculdade de Educação

Departamento de Teoria e Fundamentos

Disciplina: Psicologia da Educação

Código: 191027  No créditos: 04  Período: 01/2017

Turma: D

Nome: Daniel Cláudio Claudino

Matrícula: 160116830

AS CORRENTES EPISTEMOLÓGICAS DO ENSINO E OS DESAFIOS EM INTEGRÁ-LAS À PRÁTICA DOCENTE


Memórias e narrativas da trajetória escolar 

        Iniciei minha trajetória escolar na casa da minha avô que ministrava aulas para crianças que ainda não haviam ingressado no ensino regular. Seus alunos eram principalmente moradores da própria comunidade com idades que variavam de 4 a 10 anos, minha avô cobrava um valor mensal que era acessível a maioria dos pais. Nesse ambiente, bastante parecido com uma home school, tive o primeiro contato com o alfabeto, fonemas, formação de palavras e aritmética básica. Minha avô não era uma professora de formação, mas os seus ensinamentos foram de grande ajuda para a base da minha formação intelectual. A metodologia aplicada nesse ambiente se baseava no ensino tradicional, onde minha avô como detentora do conhecimento, realizava uma aula expositiva, numa sequência predeterminada e fixa, com ênfase na repetição de exercícios e memorização.

        Quando completei 7 anos de idade ingressei na escola pública onde comecei e terminei o ensino fundamental na escola municipal Victor Hugo, depois fui para a Escola Estadual Euclides da Cunha, onde pude terminar o ensino médio, ambas no Rio de Janeiro. Na escola Victor Hugo, nos primeiros 4 anos de ensino fundamental, tive uma professara para cada ano, onde cada uma era responsável por ensinar diversas matérias como matemática, ciências sócias, biologia e etc. A relação com os professores era bastante amigável e respeitosa, o relacionamento com os alunos também era muito bom, participávamos de trabalhos em grupo onde nos reuníamos na escola ou na casa de algum aluno, a metodologia nas aulas também se baseavam em um modelo em que o professor como detentor do saber sistematizado explicava todo o conteúdo aos alunos.

        Nesse tempo, havia um acompanhamento por parte dos meus pais a respeito do meu rendimento na escola, isso foi muito importante para a evolução do meu aprendizado. Nesse período os professores ainda eram respeitados, tinham prestígio perante a sociedade e eram visto como agentes fundamentais para a formação do aluno, eram raros os casos de insubordinação e rebeldia dos alunos. A presença da minha família ajudava bastante, principalmente do meu pai, apesar da sua falta de paciência em muitos aspectos, ele sempre me cobrava boas notas e comportamento exemplar na sala de aula, isso contribui de certo modo para o meu interesse pelos estudos.

        Nos próximos 4 anos do ensino fundamental, que iam do 5º até o 8º ano, houve uma mudança na grade curricular das disciplinas, nesse período havia um professor para cada disciplina, o que corroborou para uma maior aprofundamento dos estudos. Foi nesse tempo que eu tive contato com professores homens, embora a maioria dos professores fossem do sexo feminino, nesse tempo, lembro-me de um professor de história que contribuiu muito para a minha formação como estudante e cidadão, ele apresentava os fatos históricos com entusiasmo e espírito crítico, isso me ajudou muito a entender as mudanças e interações sociais que presenciamos na sociedade.

        Após o término do ensino fundamental, iniciei os estudos no ensino médio. Em um primeiro momento, essa mudança de escola foi bem difícil para mim, lembro-me da minha dificuldade de entrosamento com novos alunos da nova escola. Nesse período, como eu estava um pouco mais velho, a influência dos meus pais não era a mesma de alguns anos atrás, como não havia a mesma cobrança que eu estava acostumado, houve uma queda no rendimento escolar. Percebi também uma mudança no comportamento dos professores no ensino médio, vi que muitos deles não estavam entusiasmados com a carreira.

        Ainda no ensino médio, vi poucas informações a respeito de continuidade de estudo após a conclusão do curso, no meu entendimento, depois que eu terminasse o curso, já estaria apto para exercer uma profissão, e por isso, não me interessei em me preparar para fazer um vestibular. O ensino médio foi o período em que eu mais tive falta de entusiasmo para estudar, em consequência, meu rendimento caiu acentuadamente, eu cheguei a repetir o 2º ano do ensino médio, mas consegui concluí-lo depois.

        Infelizmente, após terminar os estudos, eu não me sentia preparado para uma prova como o vestibular, também não tinha informações concretas sobre o processo de ingresso na universidade. Após alguns anos trabalhando, percebi a importância de continuar nos estudos para que eu pudesse alcançar melhores oportunidades. Entrei em um curso preparatório para carreira militar e também participei como aluno em um curso pré-vestibular comunitário, foram nesses ambientes fora da escola regular, que eu pude obter uma base curricular que não conseguir obter no ensino médio para me preparar para concursos e vestibulares.

        Consegui a aprovação no vestibular da UERJ no ano de 2009 no curso de Ciência da Computação, no ano seguinte consegui aprovação em um concurso que eu almejava, tranquei a faculdade, e após 1 ano e meio de curso de formação, fui transferido para Brasília por motivo de serviço, aqui voltei retomei os estudos na UNB e, no ano de 2014, fui desligado por não conseguir alcançar o mínimo de créditos no período. Tentei o vestibular no ano seguinte, agora no curso de Licenciatura em Computação, mas não consegui passar. Tentei o vestibular novamente em 2016, onde consegui passar e voltei para UNB no 2º período daquele ano.

Introdução

A educação no Brasil passa por um momento de grandes dificuldades. Em uma reportagem publicado por (BRUINI) no site brasilescola.uol.com.br, o país ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados no PISA - Programme for International Student Assessment - da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada de forma amostral a estudantes matriculados a partir do 8º ano do ensino fundamental na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.

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