Atividade de Fixação de Conteúdo
Por: Guilherme Faria • 9/10/2025 • Trabalho acadêmico • 676 Palavras (3 Páginas) • 27 Visualizações
Aluno: Guilherme Viegas de Faria
Caso: Carla, 21 anos, universitária, evita apresentações em público e situações de interação social, como festas e debates em sala de aula. Relata medo intenso de ser avaliada negativamente e sentir-se humilhada. Já faltou aulas para não se expor. Refere taquicardia e rubor quando precisa falar em público.
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Análise:
Carla apresenta sintomas positivos (ansiosos) tais como taquicardia e rubor quando precisa falar em público. Relata ainda medo intenso de ser avaliada negativamente e sentir-se humilhada, que também podem ser entendidos como sintomas positivos.
Além disso, podemos destacar os sintomas de esquiva, relacionados a fuga de situações sociais, como apresentações em público e presença em festas e debates em sala de aula, chegando ao ponto da paciente já ter faltado a algumas aulas para não se expor.
Introdução:
Segundo o DSM-5 o transtorno de ansiedade social é caracterizado como o medo e ansiedade de se expor a certas situações sociais ou de desempenho. Tais situações são evitadas ou enfrentadas com ansiedade substancial.
Ainda segundo o manual, o medo e a ansiedade giram em torno do sentimento de vergonha ou humilhação caso não correspondam às expectativas das pessoas ou sejam julgadas nas interações sociais. Muitas vezes, a preocupação torna-se aparente por meio de sintomas como sudorese, rubor, vômitos, tremores, voz trêmula ou incapacidade de manter uma linha de raciocínio ou de achar palavras para se expressar. Em geral, a mesma atividade realizada sozinha não produz ansiedade.
As situações em que a ansiedade social é comum incluem falar em público, atuar em performance teatral ou tocar um instrumento musical. Outras situações incluem ainda conversar ou conhecer pessoas novas, realizar uma prova ou assinar um documento em público e utilizar o banheiro comunitário.
Diagnóstico: o diagnóstico do transtorno de ansiedade social é diagnosticado quando o paciente apresenta medo acentuado e persistente (≥ 6 meses) ou ansiedade em uma ou mais situações em que pode ser julgado por outros pessoas. Além disso, todos os seguintes critérios devem estar presentes:
- As mesmas situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.
- Paciente evita ativamente a situação.
- O medo ou a ansiedade é desproporcional à ameaça real.
- O medo, a ansiedade e/ou esquiva causam sofrimento significativo ou prejudicam o funcionamento social ou ocupacional.
CID-11: O código CID para transtorno de ansiedade social (TAS) é 6B04, caracterizado por medo ou ansiedade proeminentes e excessivos que ocorrem de forma consistente em uma ou mais situações sociais como interações sociais (p. ex., ter uma conversa), fazer algo enquanto se sente observado (p. ex., comer ou beber na presença de outros) ou se apresentar na frente de outros (p. ex., fazer um discurso). O indivíduo fica preocupado de que vá agir de maneira tal, ou mostrar sintomas de ansiedade, que será avaliado negativamente por outros. Situações sociais relevantes são evitadas de forma consistente ou suportadas com medo ou ansiedade intensos. Os sintomas persistem por pelo menos vários meses e são suficientemente graves para resultar em sofrimento significativo ou em prejuízo significativo na funcionalidade pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou em outras áreas importantes da funcionalidade.
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