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BULLYING PRÁTICAS E CONSEQUÊNCIAS NA SOCIEDADE

Por:   •  16/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.078 Palavras (5 Páginas)  •  159 Visualizações

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BULLYING

PRÁTICAS E CONSEQUÊNCIAS NA SOCIEDADE

“Quando entende que o seu destino depende do destino do grupo inteiro, o sujeito sente vontade de assumir uma parte da responsabilidade”
(Kurt Lewin)

         Os Behavioristas (estudiosos da teoria comportamental) acreditam que apenas o ambiente determinava o comportamento, porém Kurt Lewin concluiu que a análise não deveria ser cartesiana, ou seja, todos os fatores deveriam ser avaliados para a compreensão do ser humano e as dinâmicas interpessoais e não apenas o ambiente.
Toda a sociedade é impactada por violência, obviamente a vítima, que se não tiver o correto tratamento e apoio moral, pode reproduzir as agressões em outrem que demonstre fraqueza, assim como a família pode ser impactada ao ver o comportamento diferente. Há muitos relatos de jovens que são agredidos na escola e passam a transferir o ódio para os pais e irmãos. Há relatos também de agressores que simplesmente reproduzem o comportamento que observam em casa, e encaram como naturalidade e como uma forma de “válvula de escape” ou até mesmo para obter aceitação dos pais, compreendendo que ao agredir torna-se líder de um grupo e fingindo que não está vulnerável.
        Apesar das construções sociais que são pré-estabelecidas e de difícil mudança total, é importante incentivar a liderança, entretanto mudando valores errôneos, tais como a violência. Por sobrevivência é natural que ocorram divisões hierárquicas entre os humanos. A influência da construção social é perceptível e por si só não deve ser reprimida.  

“Os populares são aqueles que conseguem emergir como superiores na interação onde dominam e se confirmam nesse pequeno universo micro social ,como modelos ou “tipos ideais” de sucesso interpessoal ,são por características comuns à meninos populares e fortes de perfil atlético e meninas bonitas que correspondem ao perfil de beleza e à moda e atraem olhares desenvoltos dos rapazes ,e ,são mais destacados em atividades esportivas e sociais e tem grandes conquistas amorosas ,enfim correspondem ao grupo que por atender esses padrões toma à frente das ações nesse mini tecido social ou cenário das salas de aula e fazem justamente à imposição daquilo que é ou não é estar correspondente ao padrão e status desejáveis ,como o grupo que se impõe, logo assumem os papéis de empreendedores morais e os grandes classificadores do que seria o ‘desvio’”

        
         Um dos casos mais famosos do Brasil retrata as consequências da falta de apoio aos jovens que são vítimas e o que pode acarretar na sociedade:

“Wellington se refere desta forma, em uma carta, ao bullying sofrido na escola: "Muitas vezes aconteceu comigo de ser agredido por um grupo, e todos os que estavam por perto debochavam, se divertiam com as humilhações que eu sofria, sem se importar com meus sentimentos". E, conforme o depoimento de um ex-colega: ‘Certa vez no colégio pegaram Wellington de cabeça para baixo, botaram dentro da privada e deram descarga. Algumas pessoas instigavam as meninas: 'Vai lá, mexe com ele'. Ou até incentivo delas mesmo: 'Vamos brincar com ele, vamos sacanear'. As meninas passavam a mão nele (...). Esses maus-tratos aconteceram em 2001. Naquele ano, em 11 de setembro, o maior ataque terrorista de todos os tempos virou obsessão para Wellington’”


        Hodiernamente a mídia está explorando o tema e os casos estão sendo debatidos pela sociedade, e jovens que são agredidos estão tendo coragem para denunciar, por saberem que possuem apoio legal. Grande parte dos atos cometidos já possuem punições:
 

“Art. 3º O “bullying” pode ser classificado, conforme as ações praticadas:a) verbal: insultos, xingamentos e apelidos pejorativos;b) moral: difamação, calúnia, disseminação de rumores;c) sexual: assédio, indução e/ou abuso;d) social: ignorar, isolar e excluir;e) psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar,dominar, manipular, chantagear e infernizar;f) físico: socar, chutar, bater;g) material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;h) virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou  adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social.”


        O debate é controverso, não apenas neste âmbito (bullying), mas no que tange à sobre punições a jovens ou crianças e como elas seriam aplicadas.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há inúmeras teorias, técnicas e ferramentas na literatura, em busca de respostas para melhoria da sociedade, vários autores concordam que é importante um foco maior nas crianças e adolescentes, Kurt Lewin, por exemplo, descreve um processo de três etapas para a conquista de transformação pessoal. Estas etapas são:
Descongelamento, onde reconhece-se a necessidade de mudança;
Mudança, onde há confusão e agonia no processo de desmantelamento, destruição, da antiga convicção; Congelamento, onde uma nova mentalidade cristaliza-se criando uma sensação de conforto e estabilidade devido a esta nova condição. Destarte conclui-se que é importante a conscientização nas escolas, nas igrejas e em todas instituições, independentemente da técnica escolhida. É importante frisar que quem propõe a mudança não necessariamente precisa ficar completamente preso a uma técnica, afinal cada grupo tem uma cultura própria e apesar de casos de violência terem semelhança, apesar de ser algo sistemático, de necessitar de uma relação de poder para ser caracterizado, pessoas não são tão previsíveis e exatas. É absolutamente compreensível e esperado que quem proponha a mudança esteja consciente que o resultado será alcançado por tentativa e erro até a adequação da proposta ao grupo (não necessariamente logrando êxito pleno, mas com melhoria – se possível, uma melhoria contínua). A melhoria pode ser obtida com a valorização do aluno/grupo agredido, com o reconhecimento do papel de cada um na sociedade e conscientização de que as reproduções de comportamentos violentos não devem ocorrer.

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