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CLÍNICA DA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Por:   •  16/2/2017  •  Resenha  •  2.623 Palavras (11 Páginas)  •  206 Visualizações

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CLÍNICA DA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – LESSA A2

Crise para a psiquiatria: Como uma situação grave de disfunção que ocorre exclusivamente por parte da doença. Como consequência dessa afirmação, a resposta pode ser de agarrar a pessoa em crise,  a fim de dominá-la , amarram, eletrocutam, injetam medicamentos intravenosos.

Crise para Saúde mental e atenção psicossocial: É entendida como resultado de uma série ou fatores que envolvem terceiros, sem estes, familiares, vizinhos, amigos.

Por isso, é necessário que existam serviços de atenção psicossocial que possibilitem o acolhimento de pessoas em crise e que todas as pessoas envolvidas possam ser ouvidas expressando suas dificuldades, temores e expectativas. É importante que que sejam estabelecidas vínculos afetivos e profissionais com essas pessoas, que elas se sintam realmente ouvidas e cuidadas.

A psiquiatria estabelece uma relação médico-doença. Já na saúde mental e psicossocial o que se pretende é uma rede de relações entre sujeitos, sujeitos que escutam e que cuidam: médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, dentre outros. Os serviços de atenção psicossocial devem ter uma estrutura bastante flexível para que não se tornem espaços burocráticos, repetitivos, pois tais atitudes representam que estariam deixando de lidar com pessoas e sim com as doenças. O serviço pode ser considerado tanto mais de base territorial, quanto mais seja capaz de desenvolver relações com os vários recursos existentes no âmbito de sua comunidade. E devem  sair da sede do serviço e buscar na sociedade vínculos que complementem e ampliem os recursos existentes (intersetorialidade).

OS RAPS

Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes de uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do sistema único de saúde (SUS). Composto por CAPS, Hospitais gerais, Estratégia de saúde e família, Unidades de acolhimento, Residências terapêuticas, consultório de rua, comunidades terapêuticas.

OS CAPS

 Serviço de Atenção Psicossocial, de assistência à saúde mental de atendimento ao publico, que passam a ser categorizados por porte e clientela. Tem como função: Organizar o cuidado em rede de forma intersetorial, Responsabilizar-se pelas demandas de saúde mental em seu território, acolher os usuários e familiares mesmo em situações de crise.

TIPOS DE CAPS:

CAPS I – População entre 20.000 a 70.000 habitantes, funciona de segunda a sexta de 8h às 18h. Atendimento  até 30 pacientes por dia. Dar cobertura para toda a clientela com transtorno mental severo durante o dia. Atendimento a adultos, crianças e adolescentes e pessoas com problemas devido ao uso de drogas e álcool. A equipe técnica mínima para atendimento de 20 pacientes por turno tendo como limite Maximo 30 pacientes por dia em regime de atendimento intensivo: 5 profissionais de nível superior e 4 de nível médio.

CAPS II – População entre 70.000 a 200.000 habitantes, funciona de segunda a sexta de 8h às 18h podendo estender para até às 21h. Equipe técnica mínima para atendimento de 30 pacientes por turno, tendo como limite Maximo 45 pacientes por dia, em regime intensivo: 6 profissionais de nível superior e 6 profissionais de nível médio.

CAPS III - População acima de 200.000 habitantes, funciona 24 horas por dia e também nos finais de semana e feriados. Oferecem leitos de acolhimento, podendo o paciente dormir . Não se trata de internação. A permanência de um paciente no acolhimento noturno, fica limitada a 07 dias corridos ou 10 dias intercalados dentro de 30 dias. 40 pacientes por turno tendo como limite Maximo 60 pacientes por dia. Composta por 8 profissionais de nível superior e 8 de nível médio. Para o período de acolhimento noturno, em plantões corridos de 12 horas, a equipe deve ser composta por:  03 técnicos/auxiliares de enfermagem, 01 profissional de nível médio. Para 12 horas diurnas, nos sábados, domingos e feriados, a equipe deve ser composta por: 01 profissional de nível superior, 03 tecnicos/auxiliares de enfermagem, 01 profissional de nível médio.

CAPSi: - Atendimento a crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes ou que fazem uso de crack, álcool e outras drogas. População acima de 150.000 habitantes, funciona de segunda a sexta de 8h às18h podendo estender para até às 21h. Equipe técnica mínima para atuação para atendimento de 15 crianças ou adolescentes por turno, tendo no Maximo 25 pacientes por dia : 06 profissionais de nível superior e 5 de nível médio.

CAPSad II – Atendimento a pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência química. População superior a 70.000  habitantes. Funciona de 8h às 18h podendo estender para às 21h, de segunda a sexta.

RESIDENCIAS TERAPÊUTICAS

Residências terapêuticas destinadas aos internos em instituições psiquiátricas que ficaram internados  por um período de no mínimo dois anos e  que não querem voltar para suas casas ou não possuem mais família  ou a família não os deseja em suas casas. Trata-se de casas residenciais comuns sem as tendências padronizadas de atitudes, repetição e burocratização. Em muitas situações, é necessário que as residências sejam assistidas ou supervisionadas em grau de complexidade que variam com a autonomia e independência dos moradores. Todas as residências terapêuticas estão ligadas ao CAPS.

TIPOS DE RESIDÊNCIAS TERAPEUTICAS:

TIPO I – Pacientes cronificados que ficaram mais de dois anos internados direto, são indivíduos que possuem maior autonomia para viver,  faz a própria comida, não usam cadeiras de rodas, tem cuidadores em 2 turnos: manhã e tarde ou só de manhã ou a tarde.  Residência com até 8 moradores e com limite de até 3 pessoas por quarto.

TIPO II – Pacientes com alta complexidade, moradores mais idosos, dependentes, com doenças clinicas, que precisam de cuidado 24 horas por dia. Precisam de pelo menos um técnico de enfermagem.

COOPERATIVAS, CENTROS DE CONVIVÊNCIA E EMPRESAS SOCIAIS

As políticas de saúde mental e atenção psicossocial passaram a adotar estratégias mais especificas e concretas de criação de projetos de geração de renda para as pessoas em acompanhamento na rede. Com as cooperativas ou empresas sociais, ou mesmo com projetos de geração de renda, o trabalho deixa de ser uma atividade terapêutica (prescrita, orientada e protegida) ou deixa de ser uma forma de simples ocupação do tempo ocioso ou ainda uma forma de submissão e controle institucional para se tornar uma estratégia de cidadania, de autonomia e de emancipação social.

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