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Condições ambientais favoráveis

Abstract: Condições ambientais favoráveis. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/11/2014  •  Abstract  •  1.031 Palavras (5 Páginas)  •  345 Visualizações

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Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, segundo a UNICA, o maior produtor e exportador de açúcar, segundo United States Department of Agriculture (USDA), e o segundo maior produtor de etanol do mundo, segundo a F.O.Licht. De acordo com o Procana, o setor sucroalcooleiro foi responsável por aproximadamente 2% do PIB nacional e por 31% do PIB da agricultura no Brasil em 2012, tendo empregado cerca de 4,5 milhões de pessoas.

No exercício social encerrado em 31 de março de 2013, conforme dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, o Brasil produziu próximo de 590 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, sendo que a região Centro-Sul é responsável por aproximadamente 90% desta produção. Ainda dados da safra 11/12 da UNICA, a região Centro-Sul é responsável por aproximadamente 90% da produção de etanol e 87% da produção de açúcar do Brasil.

Atualmente, a indústria sucroalcooleira nacional vive uma perspectiva positiva, investindo na recuperação de seus canaviais. Para os próximos cinco anos estima-se um crescimento anual de até 9%, segundo a UNICA. Para parametrizar o bom momento, destaca-se a média histórica de crescimento do setor, que é pouco superior a 7% ao ano.

A expectativa de crescimento está amparada no fato do Brasil possuir algumas vantagens competitivas para a produção de cana-de-açúcar, açúcar e etanol:

Condições ambientais favoráveis e forte capacidade de crescimento: condições climáticas favoráveis e grande extensão de terra disponível e propícia para a produção de cana-de-açúcar; possibilidade de cultivo da cana-de-açúcar em todas as regiões do país, o que possibilita períodos diferentes de colheita conforme região (entre março e dezembro na região Centro-Sul e entre agosto e março na região Norte-Nordeste); condições de cultivo favoráveis, que permitem ao Brasil que a cana-de-açúcar seja colhida cinco ou mais safras antes de precisar ser replantada; e possibilidade de ampliação da área cultivada (segundo dados da UNICA, preparados pelo Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacional ("ICONE"), da ESALQ e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ("IBGE"), aproximadamente 3,6% da terra cultivável do Brasil, ou 9,5 milhões de hectares, são utilizados para a produção de cana-de-açúcar, o que confere ao Brasil uma margem significativa para a expansão de sua capacidade de produção).

Baixo custo de produção versus matéria-prima que gera produtos mais eficientes. Segundo a LMC International, o Brasil tem um dos menores custos de produção de cana-de-açúcar, devido a um ambiente de produção favorável que permite obter altos índices de produtividade ao longo dos ciclos, à disponibilidade de terras agricultáveis a preços relativamente baixos, aos avanços tecnológicos introduzidos pelo Brasil na produção de açúcar e etanol, às economias de escala geradas pelo alto volume de produção e ao crescente índice de mecanização que deixa os produtores brasileiros bem posicionados em relação aos seus competidores internacionais. Além disto, destacam-se os crescentes avanços tecnológicos na produção de cana-de-açúcar, que possibilitam a produção de produtos mais eficientes. Destaca-se ainda, que o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar possui eficiência energética (geração / uso) de 9,3 enquanto a eficiência energética da beterraba e do milho, por exemplo, é de 2,0 e de 1,4, respectivamente, segundo o World Watch Institute.

Forte demanda doméstica. Segundo a USDA, o Brasil consumiu aproximadamente 11,2 milhões de toneladas de açúcar em 2012, sendo um dos maiores consumidores de açúcar do mundo, com demanda em crescimento devido ao aumento no consumo dos produtos industrializados com alto teor de açúcar; e a uma população que cresceu a uma taxa de 1,1% a.a., entre 2000 a 2012, segundo o IBGE. Além disto, no mercado de etanol, desde meados da década de 70, o governo brasileiro vem promovendo o uso do etanol como combustível alternativo para a frota de veículos leves, inclusive por meio de regulamentações que determinam a mistura obrigatória de etanol à gasolina. Segundo a USDA, o consumo de etanol também ganhou força com o lançamento dos veículos com motores movidos tanto a gasolina quanto a etanol ("Veículos Flexfuel").

Diante desses fatores, a tendência é que o crescimento do setor sucroalcooleiro atinja, de fato, a estimativa da UNICA. Além disto, espera-se que em alguns anos um crescente número de países reduza as políticas protecionistas em relação ao álcool e ao açúcar; o crescimento da demanda de açúcar seja impulsionado pelo crescimento da renda per capita dos países em desenvolvimento; a demanda mundial pelo etanol como um combustível alternativo aumente consideravelmente, diante da crescente demanda por fontes de energia limpas e renováveis; a frota de Veículos Flexfuel no Brasil cresça de forma satisfatória; e o uso do etanol ou da sacarose de cana-de-açúcar na produção de outros produtos (bioplásticos, combustível de aviação, farneseno, etc.) cresça.

O açúcar é uma commodity essencial, produzida em várias partes do mundo. A cana-de-açúcar e a beterraba são as matérias-primas básicas utilizadas na produção de açúcar, sendo que a cana-de-açúcar é responsável por mais de 80% da produção mundial de açúcar, segundo dados da USDA.

O aumento dos preços do petróleo, associado ao aumento acentuado da demanda por fontes de energia limpas e renováveis, criou um cenário bastante favorável para o etanol como um combustível alternativo à gasolina, pois é um combustível menos poluente e pode ser produzido de matérias-primas renováveis.

As vantagens ambientais do etanol decorrem de diversos fatores, entre eles: o alto teor de oxigênio do etanol faz com que, a partir de sua queima, a emissão de dióxido de carbono seja em 73% menor do que a emissão de dióxido de carbono emitida com a queima da gasolina, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ("EMBRAPA"); as soluções que contém etanol e são utilizadas como combustível, emitem menos hidrocarbonetos em comparação com a gasolina, um dos maiores responsáveis pelo desgaste da camada de ozônio; como um estimulador do octano, as soluções que contém etanol e são utilizadas como combustível também podem emitir 50% menos de substância cancerígena como benzeno e butano; e o etanol quando adicionado à gasolina, como um aditivo oxigenado, também pode reduzir a emissão de monóxido de carbono.

Além dos benefícios ambientais, economicamente o etanol possui grande relevância por que é um combustível com alto teor de octanagem, eficiente e que propicia um melhor desempenho dos veículos automotores utilizados no transporte rodoviário; e pode ser aplicado de forma intensiva na indústria de bebidas, nos setores químicos, farmacêutico e de limpeza.

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