Crises: Formas e Características

“A capacidade de uma pessoa para superar o sofrimento depende da intensidade de sua realização interna de sentido. Quem basicamente acredita num sentido na sua vida, também é capaz de suportar um grande sofrimento, porque sua vida permeada de sofrimento não perde seu sentido, apesar de ter seu prazer reduzido” E. Lukas

Crise: Formas e Características

A crise é o estado temporal de transtorno e desorganização de um organismo e acontece quando as ações conhecidas e os novos intentos tornam-se ineficazes - a tensão aumenta até ultrapassar as capacidades da pessoa.

É importante salientar que crise não é enfermidade ou patologia e sim uma resposta normal ante ameaças de fatores externos ou internos, portanto, não se deve confundir: Problema, Tragédia e Crise tudo depende de uma combinação de fatores:

a) Severidade do fato desencadeante;

b) Recursos pessoais (saúde, auto-estima, etc.);

c) Sistemas de crenças e valores;

d) (fé, espiritualidade);

e) Recursos materiais;

f) Recursos sociais (rede social de apoio.

As crises se caracterizam por serem experiências desagradáveis, comum a todos os humanos e são limitadas no tempo entre 4 a 8 semanas que é o tempo em que o organismo necessita para recuperação do equilíbrio. O organismo não tolera períodos longos de desorganização (indivíduos, famílias, sociedades, etc.) e elas seguem padrões sequenciais em seu desenvolvimento e tem potencial de resolução para diferentes níveis de funcionamento (Individualidade). As pessoas em crise também apresentam alto grau de acessibilidade psicológica – ABERTAS À AJUDA.

As crises geralmente transtornam os valores e o sentido da vida e durante este período a pessoa pode estar receptiva a reconsiderar suas posturas e dependendo de como ela faz este enfrentamento pode-se até iniciar um projeto de vida significativo. Está turbulência gera a possibilidade de uma pessoa/família recupera seu nível anterior de funcionamento ou alcançar um nível mais elevado e dependendo da pessoa ela realizar este avanço na qualidade de vida com ou sem aconselhamento, a maioria das pessoas se recupera de forma espontânea; a partir de seus próprios recursos, o que revela o potencial adaptativo existente em cada um de nós.

Uma das primeiras competências requeridas para uma pessoa que trabalha com socorro emergencial é o CONHECER-SE A SI MESMO. Compreender qual o seu tamanho, isto é quando um caso ultrapassa seu treinamento e ou seus limites individuais, podem garantir a sua vida e de outros, pois o individuo que desconhece suas limitações geralmente ultrapassar linhas perigosas no socorro emergencial.

O respeito pela cultura, crença e pertences das vítimas e estar preparado para envolver-se em assuntos do nível da fé também faz parte da bagagem que um socorrista deve ter. Estar pronto para compartilhar a fé com assertividade e confiança fará toda a diferença no trabalho.

O MAIS IMPORTANTE:

Escute empaticamente: Perceba o mundo através dos olhos da outra pessoa e. abstenha-se de pregar ou dar conselhos. A melhor abordagem a uma pessoa neste momento é a sua presença