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Doença E Família

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Por:   •  16/3/2014  •  3.623 Palavras (15 Páginas)  •  237 Visualizações

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DOENÇA E FAMÍLIA

O que é Doença?

A partir de que ponto um indivíduo se torna doente?

Doença Crônica X Aguda

Doença crônica: doença com duração prolongada, que ao invés de curada precisa ser gerida. Doença aguda: doença com duração limitada, curto período e possibilidade de cura.

Doença e Autocuidado

Mudanças ocorrem na vida do doente, levando-o a se deparar com limitações, frustrações, perdas. Essas mudanças serão definidas pelo:

Tipo de doença; // Significado que o paciente atribui à doença; // Significado que a família atribui à doença.

Para que o indivíduo assuma comportamentos saudáveis, é necessário que acredite:

Que é pessoalmente susceptível à doença; // Que a doença pode ter conseqüências; // Que o comportamento saudável é benéfico; // Que os custos (físicos, psicológicos, financeiros e outros) são ultrapassados pelos benefícios.

O paciente pode ter fantasias a respeito de sua doença, criadas a partir de fragmentos de discursos médicos, crendices, elementos conscientes ou não da vivência própria e representação cultural da doença. Tais concepções fantasiosas podem dificultar a compreensão do paciente a respeito de seu quadro, tão importante para a aderência ao tratamento.

Impacto da Doença

Impacto: Imagem corporal; // Auto conceito; // Desempenho de papéis familiares; // Dinâmica familiar.

É claro que o tipo de intensidade das reações vai variar de acordo com uma série de características da doença e do próprio indivíduo:

Caráter breve e duradouro da doença e seu prognóstico; // Personalidade e capacidade de tolerância a frustração do indivíduo; // Relação com o médico e demais membros da equipe de saúde.

Reação à Doença

Pode-se dizer que tais reações variam em torno de três possibilidades:

Pacientes que se entregam à doença, à dor e ao desespero, são aqueles que não lutam; // Pacientes que tratam a doença como se fosse banal, mesmo sendo grave; // Pacientes que promovem mudanças em sua vida, tentando se adaptar à situação adversa. Ganhos Secundários Com a Doença

Ganho secundário: (...) vantagens práticas que podem ser alcançadas usando-se de um sintoma para manipular e/ou influenciar outras pessoas. (...)

A determinação do ganho secundário pode ser influenciada pela sociedade (pensões ou pagamentos recebidos pela presença persistente dos sinais ou sintomas) ou cultura (desenvolvimento de uma condição clínica sob circunstância de extremo estresse cultural ou expectativas).

Simulação

Se houver acentuada discrepância entre o sofrimento ou deficiência alegado pela pessoa e os achados objetivos e falta de cooperação durante a avaliação diagnóstica, deve-se suspeitar de simulação. O diagnóstico de simulação fundamenta-se na identificação de um ganho externo ou secundário, como a principal motivação para o comportamento. As motivações comuns são escape de uma situação nociva (p.ex., prisão), monetárias (p.ex., indenizações), ou a obtenção de narcóticos (na forma de analgésicos ou sedativos). Quando o ganho é psicológico denomina-se transtorno factício.

Somatização

São considerados de natureza inconsciente e involuntários, ao contrário dos transtornos factícios e simulação, que são conscientes e voluntários. Somatização é diagnosticada quando uma pessoa apresenta padrão de queixas somáticas múltiplas, recorrentes e importantes clinicamente, a ponto de haver necessidade de um tratamento. A conversão é um tipo de somatização.

Conversão

Reação de conversão é caracterizada pela presença de sintomas ou déficits afetando a função motora ou sensitiva, que simulam uma condição neurológica ou outra condição médica geral. Os sintomas motores e sensitivos conversivos são diagnosticados pela sua variabilidade e distribuição que não se enquadram em padrões anatômicos e fisiológicos conhecidos.

Estes sintomas ocorreriam porque a pessoa deseja obter algum ganho, financeiro ou interpessoal. Os sintomas da reação de conversão são precipitados por conflitos ou outros fatores tensionais.

Aderência ao Tratamento

Os custos da não aderência ao tratamento são enormes: 10 a 20% dos pacientes necessitam de novas consultas por não seguirem corretamente o tratamento. // A tendência em longo prazo, segundo pesquisas, é que haja deterioração dos cuidados, sendo pequena a taxa dos doentes que o fazem de forma automática e habitual. // A aderência ao tratamento é maior em doenças agudas.

Doença e Família

As famílias se diferenciam pelos valores e crenças que adquire ao longo de seu histórico. As interações entre os membros, o comportamento e a postura diante dos acontecimentos são influenciadas por esses valores.

A família irá conviver com o paciente e a doença, portanto deve ser considerada como aliada no acompanhamento do doente crônico, compartilhando perdas, limitações e cuidados.

Demandas na Doença Aguda

O início agudo exige da família uma mobilização rápida para adaptar-se a este momento de transição e capacidade de lidar com a crise desencadeada. As famílias mais abertas no relacionamento entre seus membros, mais flexíveis e co uma rede de apoio consistente, presumivelmente terão mais facilidade no manejo da situação.

Demandas das Doenças Crônicas

Exigem que o indivíduo e a família avaliem sua existência, adaptando-se às limitações e novas condições geradas. // A família é reconhecida como a maior prestadora de cuidados a seus membros no caso de uma doença. // Os papéis e funções devem ser repensados e distribuídos de forma que auxilie o paciente. // As qualidades dos vínculos vão determinar uma significativa influência no andamento da doença, do doente, e do

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