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Esquizofrenia

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Por:   •  12/4/2014  •  1.257 Palavras (6 Páginas)  •  1.492 Visualizações

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ESQUIZOFRENIA

A esquizofrenia é um distúrbio mental grave caracterizado pela perda do contato com a realidade, alucinações, delírios, pensamento anormal e alteração do funcionamento laboral e social. A esquizofrenia é um importante problema de saúde pública em todo o mundo sendo mais prevalente que a doença de Alzheimer, a diabetes ou a esclerose múltipla, afetando 1% da população mundial. Diversos distúrbios compartilham as características da esquizofrenia, mas os seus sintomas estão presentes no mínimo seis meses, sendo denominados de distúrbios esquizofreniformes. Quando os sintomas persistem por pelo menos um dia, mas duram menos de um mês, eles são denominados distúrbios psicóticos breves. Um distúrbio caracterizado pela presença de sintomas do humor, tais como depressão ou mania, juntamente com sintomas mais típicos de esquizofrenia é denominada distúrbio esquizoafetivo. Um distúrbio da personalidade que pode compartilhar sintomas de esquizofrenia, mas no qual os sintomas em geral não são tão graves a ponto de satisfazer aos critérios da psicose, é denominado distúrbio da personalidade esquizotípica.

Os transtornos esquizofrénicos caracterizam‐se em geral por distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção e por afetos inapropriados ou embotados. Usualmente mantém‐se clara a consciência e a capacidade intelectual, embora certos déficits cognitivos possam evoluir no curso do tempo. Os fenómenos psicopatológicos mais importantes incluem o eco do pensamento, a percepção delirante, ideias delirantes de controle, de influência ou de passividade, vozes alucinatórias que comentam ou discutem com o paciente na terceira pessoa, transtornos do pensamento e sintomas negativos.

Os sintomas característicos da esquizofrenia podem ser agrupados, genericamente, em dois tipos: positivos e negativos. Os sintomas positivos são os mais floridos e exuberantes, tais como as alucinações, mais frequentemente as auditivas e visuais e, menos frequentes, as tácteis e olfativas; os delírios, persecutórios, de grandeza, de ciúmes, somáticos, místicos, fantásticos; perturbações da forma e do curso do pensamento, como incoerência, prolixidade e desagregação; comportamento.

Os sintomas negativos são, geralmente, de déficits, ou seja, a pobreza do conteúdo do pensamento e da fala, embotamento ou rigidez afetiva, prejuízo do pragmatismo, incapacidade de sentir emoções, incapacidade de sentir prazer, isolamento social, diminuição de iniciativa e diminuição da vontade.

Alguns sintomas, embora não sejam específicos da esquizofrenia, são de grande valor para o diagnóstico, seriam: a) audição dos próprios pensamentos, sob forma de vozes; b) alucinações auditivas que comentam o comportamento do paciente; c) alucinações somáticas; d) sensação de ter os próprios pensamentos controlados; e) irradiação destes pensamentos; f) sensação de ter as ações controladas e influenciadas por alguma coisa do exterior.

CLASSIFICAÇÃO DE PSICOSES

Tipo Paranoico

A característica essencial da esquizofrenia do tipo paranoico é a presença de delírios ou alucinações auditivas proeminentes no contexto de uma relativa preservação do funcionamento cognitivo e do afeto.

Tipo Desorganizado

As características essenciais da esquizofrenia do tipo desorganizado são discurso desorganizado, comportamento desorganizado e afeto embotado ou inadequado.

Tipo Catatónico

A característica essencial da esquizofrenia tipo catatónico, é uma acentuada perturbação psicomotora, que pode envolver imobilidade motora, atividade motora excessiva, extremo negativismo, mutismo, peculiaridades dos movimentos voluntários, ecolalia ou ecopraxia.

Tipo Indiferenciado

A característica essencial da esquizofrenia no tipo indiferenciado é a presença de sintomas que satisfazem o critério principal da esquizofrenia, mas não satisfazem os critérios para os tipos paranoico, desorganizado ou catatónico.

Tipo Residual

A esquizofrenia do tipo residual deve ser usada quando houve pelo menos um episódio de esquizofrenia, mas o quadro clínico atual não apresenta sintomas psicóticos positivos proeminentes, por exemplo: delírios, alucinações, discurso ou comportamento desorganizado.

GENÉTICA DA ESQUIZOFRENIA

Nas últimas décadas, devido a uma grande variedade de métodos laboratoriais e analíticos, a investigação genética deu um grande salto com enfoque sobre os fatores moleculares, denominando‐se, então, genética molecular. Entre as mais variadas áreas do desenvolvimento humano, houve um grande interesse da comunidade científica internacional nos estudos genéticos e moleculares da esquizofrenia.

Há suficientes evidências da presença de um componente genético familiar substancial na origem da esquizofrenia. Essas evidências provêm de um grande número de estudos familiares, em irmãos gémeos, não gémeos e adotados, realizados em diversas populações.

Os estudos familiares não fornecem uma avaliação direta e localizada do componente genético, mas sim uma ideia do carácter familiar para a doença. Esse carácter familiar da esquizofrenia poderia ser ocasionado por diversos fatores, entre os quais os fatores hereditários.

Normalmente, esses estudos familiares avaliam a prevalência da doença nos parentes de uma pessoa afetada e a comparam com a prevalência da doença num outro grupo de população chamado de grupo de controle. Em geral esse grupo controle é representado por parentes normais ou, mais frequentemente, pelos índices de prevalência da população geral.

As investigações genéticas têm‐se concentrado nos fatores relacionados com a consanguinidade, a adoção e gestação de gémeos

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