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FUNDAMENTOS Da Psicanalise: Morel

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Por:   •  27/11/2014  •  604 Palavras (3 Páginas)  •  332 Visualizações

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COMPLEXO DE ENSINO SUPERIOR DE CIENCIAS SOCIAIS DE SANTA CATARINA – CESUSC

CURSO DE PSICOLOGIA

DISICIPLINA: PSICOPATOLOGIA I

Resenha: Os Fundamentos da Clínica :Morel

As concepções psiquiátricas de Morel se inscrevem dentro de uma vasta concepção antropológica-psiquiatrica que ele expõe em seu Tratado das Degenerescências. “O homem foi criado segundo um tipo primitivo perfeito” , qualquer desvio deste tipo era uma degradação, uma degenerescência. O que compunha a essência desse tipo primitivo e portanto da natureza humana, era a dominação da moral sobre o físico, desse modo, segundo Morel, a moral humana deve prevalecer sobre o organismo, sobre a vontade e sobre o instinto. Quando há um desvio no campo da moral, logo irá desencadear no individuo o que ele chamou de degradação da vida e consequentemente um processo patológico.

A grande dificuldade das classificações patogênicas era a existência de várias e intermináveis causas, a exemplo de Wing, Hack Tuke e Maudsley, em seu tratado.

Morel, para fugir de uma simples enumeração etiológica, procurou estabelecer uma distinção entre causas racionais, que incluíam fatores físicos e morais e causas determinantes específicas, tais como as loucuras por intoxicação(alcoolismo), as loucuras consecutivas decorrente das grandes neuroses (histeria, hipocondria e epilepsia), as loucuras simpáticas, provenientes de outros órgãos que não o cérebro, e as loucuras idiopáticas, o cérebro era primitivamente lesado (paralisia geral, etc).

Para Morel, a doença mental estaria no conflito entre a inteligência e o corpo. Desse modo, a base da doença mental coincide com a das teorias organicistas.

O ponto fundamental da doutrina da degenerescência de Morel incidia no aspecto de transmissão hereditária, isto é, o ser humano que tivesse uma carga degenerativa herdada, seria levado à incapacidade e a transmitiria aos seus descendentes, em uma hereditariedade progressiva, ou seja, passava de geração em geração, levando a cada uma delas um agravamento do quadro, tornando assim, seus descendentes cada vez mais decadentes física e moralmente. Desse modo, os indivíduos que apresentavam traços de caráter anormal desde a infância, eram portadores de defeitos hereditários.

Com a sistematização da doutrina da degenerescência de Morel, desestabilizou o conceito de alienação mental.

Os casos de loucura inata, já eram citados desde Pinel e Esquirol, porém, eram marginalizados, não abalando critérios que permitiam delimitar entre Razão e Loucura. Livre arbítrio não era considerado mais um critério concreto, a mobilização do estado mórbido cobria somente parte dos distúrbios mentais, deixando de lado o que Esquirol chamava de monomanias.

Falret em seu artigo “De L’aliénation Mentale”, 1938, propôs a comparação do individuo enfermo com ele mesmo, nas diversas etapas da sua existência. Ate Morel, esse critério era adotado em casos excepcionais. Se esse continuava válido para as loucuras sintomáticas de Baiilarger onde intervinha um processo no sentido de Jaspers, não eram no tocante as loucuras hereditárias.

Morel atribui às degenerescências as seguintes

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